Moradores denunciam Celpa por omissão
Há oito anos os moradores do Residencial Muiraquitã, localizado na Alameda Montserrat, no bairro Caranazal, em Santarém, garantem que fazem a arborização no canteiro central, por conta do conjunto ter dois blocos. Porém, neste ano de 2014, após eles reivindicarem junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) o licenciamento ambiental para ser realizado o serviço de poda de uma mangueira e de ter sido licenciado, até o momento a Celpa ainda não fez o trabalho na árvore.
O problema em torno da mangueira, segundo os moradores, fica por conta do início do período chuvoso e os riscos que a árvore provoca em relação a cair galhos sobre as pessoas e causar danos a elas.
“Antes do Residencial ser construído já existia uma mangueira alta. Nós entramos como uma solicitação na SEMMA, no dia 15 de abril de 2013. A SEMMA enviou um técnico ao Residencial para ver justamente a situação da mangueira e liberou a poda”, afirma o engenheiro agrônomo Raimundo Nonato Viana da Silva, morador do Residencial Muiraquitã.
Ele esclarece que os moradores não querem que a mangueira seja totalmente retirada, mas que parte de seus galhos sejam cortados. “Que fique claro que não quero de jeito nenhum tirar a mangueira, tanto porque a árvore não é condenada, mas apenas que faça uma poda drástica. O que acontece é que a Secretaria mandou o técnico, conforme o documento, porque nós solicitamos além da poda drástica da mangueira, a poda das demais árvores e a limpeza de copa”, explica Raimundo Nonato.
Para ele, na eventualidade de uma tempestade muito forte, as pessoas que moram no entorno da mangueira correm sérios riscos. “Pelo menos 6 famílias moram perto. Se quebrar um galho, não digo a mangueira toda, mas um pedaço poderá causar um acidente sério. Então, para evitar isso, uma medida preventiva deve ser tomada. A SEMMA veio e recomendou uma poda drástica da mangueira”, reafirma.
COLETA: De acordo com Raimundo Nonato, os moradores chegaram a fazer uma coleta, para pagar uma empresa especializada para fazer a poda da árvore, devido a Celpa, que é a empresa responsável para fazer esse tipo de serviço, ainda não ter mandado nenhum funcionário ao local.
“Às vezes fazemos o trabalho da Celpa e da SEMMA. A empresa e o órgão é quem deveria ser encarregados de fazer essa poda preventiva como ocorre em qualquer lugar da cidade ou da rua ou qualquer praça. Estamos numa via sacra, desde o dia 15 de abril, conforme os documentos. Então, a SEMMA autorizou a poda da mangueira, e nas demais árvores e nós não fomos atendidos até então”, denuncia.
PERAMBULAÇÃO: Até o dia 16 de dezembro de 2013, segundo Raimundo Nonato, um grupo de moradores esteve na Celpa, protocolando a autorização da SEMMA junto a empresa, mas, ainda não conseguiram ser atendidos. “A Celpa teria a responsabilidade de fazer a poda, onde os fios de energia ficam perto das copas das árvores. Para se fazer uma poda particular ou até a própria Prefeitura, via Secretaria de Agricultura, teria que ter autorização da Celpa para desligar a rede por conta do risco”, aponta.
Raimundo diz que os moradores estão chateados com a falta de atenção por parte da empresa de energia elétrica. “A Celpa não atende e, nem o próprio Município atende a questão da poda geral das árvores. Agora nós retornamos no dia 03 de outubro de 2014, estivemos com o Corpo de Bombeiros, mas o órgão emitiu uma solicitação para que a Celpa fizesse esse serviço, porque isso também não é atribuição dos Bombeiros. O ideal é que a Celpa faça o serviço completo”, declara Raimundo Nonato Viana da Silva.
Nesta época do ano, com o início do período chuvoso, alguns locais ficam perigosos e precisam de atenção redobrada por parte dos órgãos de segurança, em especial a Defesa Civil, Celpa, SEMMA e Corpo de Bombeiros.
De acordo com um engenheiro agrônomo, a convivência satisfatória entre as árvores e a rede elétrica depende da execução periódica de podas dos galhos, a fim de diminuir as interrupções no fornecimento de energia elétrica. Segundo o engenheiro, a poda é uma atividade necessária e importante, porque evita: curto-circuito em redes aéreas; interrupção no fornecimento de energia; queima de eletrodomésticos; riscos para os pedestres; perda de eficiência da iluminação pública e rompimento de cabos condutores da rede elétrica.
Por: Sabrine Dalazen (estagiária)