Auxiliar portuário procura pais biológicos em Santarém
Depois de ter sido criado por um casal de caseiros, no balneário de Alter do Chão, o auxiliar portuário Augusto Sousa dos Santos, de 30 anos, procura seus pais biológicos em Santarém, Oeste do Pará. Ele conta que foi entregue para doação pela mãe biológica algumas horas depois de seu nascimento, no dia 26 de junho de 1984, na antiga Fundação SESP, hoje Hospital Municipal de Santarém (HMS).
Após ter sido informado por seus pais adotivos que sua mãe biológica lhe colocou para doação, porque não tinha condições de lhe criar, Augusto dos Santos garante que seu registro de nascimento pode confirmar que seu local de nascimento é mesmo Santarém. Ele relata que seus pais adotivos tiveram um filho na mesma época e, que morreu seis meses depois de ter nascido e, que por isso resolveram lhe criar.
“O filho deles veio a falecer com seis meses de nascido, por isso eles pediram para o proprietário da casa para conseguir uma criança para eles criarem, pois naquela época se sentiam solitários, por ter perdido um filho e ele disse que ia ver se conseguia. Tempos depois caiu no esquecimento e meus pais adotivos cobraram dele, que voltou a dizer que iria conseguir uma criança pra eles”, diz Augusto.
Diante da promessa, o proprietário do imóvel teria ido até a Fundação SESP e encontrado Augusto, ainda bebê recém-nascido, nos braços de sua mãe. “Minha mãe biológica disse que não tinha condições de me criar. Eu estava enrolado em uma fralda, e o meu pai biológico tinha me abandonado, foi embora e não tinha condições de criar, por isso ela me deu. O patrão dos meus pais adotivos, posteriormente às 10 horas da manhã, do dia 26 de junho de 1984, me levou para Alter do Chão, para o casal de caseiros me criarem”, narra Augusto dos Santos.
Segundo Augusto, em Alter do Chão foi feito todo o processo de adoção, onde seus pais adotivos lhe deram tratamento de filho, como comprando fraldas, remédios e tudo que foi possível, para que pudesse crescer de forma saudável.
O auxiliar portuário revela que foi registrado com o sobrenome dos pais adotivos Norberto dos Santos e Maria Sousa, hoje falecidos. “Eu fui muito bem criado por meus pais adotivos, mas espero ainda encontrar a minha família biológica. Quem me ver através deste jornal, se souber da minha história, se alguém conhece essa família, por favor, me ajude a encontrar meus pais biológicos!”, reivindica Augusto.
Ele reforça que está procurando seus pais biológicos não por interesse financeiro, mas por questão de saber sua origem e sua real história de vida. “Eu sei a história de um lado e não tenho a versão da outra parte. Gostaria muito de conhecê-los, de saber se tenho irmãos, sobrinhos e primos”, comentou Augusto.
PISTA: Augusto dos Santos revela que seu pai adotivo chegou a lhe contar que sua mãe biológica morava no bairro do Santarenzinho, em Santarém e, que essa pode ser uma pista para que descubra o paradeiro de seus verdadeiros pais.
“Como todo filho adotado tem esse sonho de saber e conhecer, assim é o meu. Eu nunca conheci ninguém por parte dos pais biológicos. Eu nasci e fui levado para Alter do Chão e, hoje só tenho o meu padrinho”, declara Augusto.
Segundo ele, a única historia que seu padrinho lhe conta, é de que ele chegou a encontrar sua mãe biológica em um determinado local em Santarém, por duas ou três vezes, mas que depois perdeu o contato.
“Ela tinha perguntado como eu estava, e ele disse que eu estava bem e estava sendo bem cuidado. Depois disso ele perdeu todo contato com ela, e não a viu mais. A única informação que ele me passou, era que ela morava em uma casa de madeira, cercada de ripas, no bairro do Santarenzinho”, declarou.
ABANDONO: O auxiliar portuário Augusto dos Santos disse que ficou sabendo através de outras pessoas, que seu pai biológico abandonou sua mãe quando ela estava grávida. “Quando minha mãe me teve, já não tinha mais o apoio do meu pai”, desvenda. De acordo com ele, seus pais adotivos foram casados por muitos anos e só vieram a se separar quando sua mãe faleceu no ano de 1998. Já o seu pai adotivo faleceu no ano de 2005. Augusto explica que mora atualmente em Santarém, mas trabalha no porto de uma empresa particular na Vila de Alter do Chão.
“Eu trabalho com navios de cruzeiro. Aqui em Santarém faço serviços particulares, como guia turístico e outros serviços de navios. Eu nunca tive a informação do nome da minha mãe biológica. Meu padrinho não lembra, ele seria a única pessoa que poderia me passar essa informação, mas o que sei é que ele encontrou com ela por três vezes”, diz Augusto, declarando que quem tiver qualquer informação, que entre em contato com ele.
“Podem me encontrar no escritório onde trabalho, que fica na Avenida Tapajós, nº 1.825, na Empresa MC Norte, ao lado da Capitania dos Portos. Meu contato é: 093 99227-9034”, informa Augusto dos Santos.
Por: Sabrine Dalazen (Estagiária)
Fonte: RG 15/O Impacto