Giorgio Napolitano renuncia à presidência da Itália
O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, renunciou oficialmente nesta quarta-feira (14). Após ficar quase nove anos no cargo, que assumiu em 2006, ele já anunciara recentemente que deixaria a presidência antes do fim de seu segundo mandato, que se estenderia até 2020. Napolitano tem 89 anos e está na vida política desde 1945.
Em um discurso no plenário do Parlamento Europeu sobre o balanço dos seis meses de presidência italiana da UE, o primeiro-ministro Matteo Renzi saudou o trabalho de Napolitano “horas antes de sua saída do cargo”.
— Gostaria que saudássemos Giorgio Napolitano, europeu convicto que confrontou dificuldades na Itália com grande inteligência e sabedoria — disse, anunciando sua saída.
Napolitano foi reeleito em 2013 por falta de um acordo no Parlamento sobre um novo candidato. Ele havia afirmado em ocasiões recentes que desejava se afastar para uma vida tranquila. Desde 2006 no cargo, ele teve cinco primeiros-ministros: Romano Prodi, Silvio Berlusconi, Mario Monti, Enrico Letta e Matteo Renzi.
Nascido em 1925, em Nápoles, Napolitano foi um dos nomes mais ativos no Partido Comunista Italiano após a Segunda Guerra Mundial. Ele foi eleito para a câmara dos deputados em 1953, assumiu a presidência da casa entre 1992 e 1994. Foi ministro do Interior entre 1996 e 1998, e em 2005 foi eleito senador vitalício pelo então presidente Carlo Azeglio Ciampi.
A votação no Parlamento italiano para eleger um novo presidente deve começar no final do mês. O vencedor deve ter ao menos dois terços dos votos nas duas câmaras. Os ex-primeiros-ministros Romano Prodi (presidente da Comissão Europeia) e Giuliano Amato poderiam concorrer.
Renzi disse nesta terça-feira que deseja fechar um acordo rapidamente tanto com seu partido como com a oposição para escolher um sucessor. Alguns analistas dizem que o premier pode pressionar por uma nova eleição geral caso não haja apoio amplo em torno de um nome para o próximo chefe de Estado.
O presidente italiano pode escolher primeiro-ministro, dissolver o Parlamento e organizar eleições antecipadas.
Fonte: Extra