Justiça libera 2º suspeito pelo incêndio criminoso
Os dois principais suspeitos pelo incêndio criminoso que aconteceu no dia 22 de fevereiro deste ano, no bairro do Amparo, em Santarém, Oeste do Pará, e que deixou duas pessoas mortas e três gravemente feridas, foram liberados pela Justiça.
Na segunda-feira, dia 23/02, a Polícia Civil prendeu Flávia da Cruz e seu cunhado, Delson Rodrigues, ambos apontados por testemunhas como os principais suspeitos do crime. Flávia negou o crime, mas ainda assim foi levada ao presídio de Cucurunã. Como a Polícia encontrou com Delson Rodrigues um revólver, ele foi preso também por porte ilegal de arma de fogo. Porém, no dia 24/02, a Justiça soltou Flávia da Cruz e, no sábado, dia 28, Delson Rodrigues, que só estava preso por porte ilegal de arma de fogo, também foi solto pela Justiça.
O Alvará de Soltura de Delson Rodrigues foi entregue por sua advogada, no sábado, ao diretor da Penitenciária de Cucurunã. Com a liberação de Delson Rodrigues, ninguém está preso pelo incêndio criminoso que deixou a população santarena revoltada.
O triste resultado do incêndio foi a morte da adolescente Jennifer Larissa Sousa da Cunha, de 14 anos, que não resistiu aos ferimentos e morreu na terça-feira, dia 24/02, na UTI do Hospital Municipal de Santarém e, de Raimunda Edileuza de Sousa Cunha, de 40 anos, que estava internada com queimaduras muito graves, em 70% da superfície corporal e faleceu na madrugada de domingo, dia 1º de março. O menor Edson Felipe Gonçalves da Cunha, de apenas 4 anos, foi transferido para Belém, onde recebe atendimento médico. Outras duas vítimas do incêndio criminoso permanecem internadas em Santarém: Davi Sousa Cunha, de 22 anos e Breno Paulo Matos Maciel, de 19 anos.
ACUSADA JÁ HAVIA SIDO PRESA EM 2011: Em Nota enviada à redação, o CPR-1 de Santarém informou sobre a prisão de Flávia da Cruz, em julho de 2011, no município de Juruti, pelo crime de tráfico de drogas. Veja o texto enviado pelo CPR-1, que na época tinha como comandante o Coronel Eraldo Paulino:
“Uma equipe do Núcleo Regional de Inteligência do Comando de Policiamento Regional I e mais 19 policiais militares do destacamento de Juruti durante uma operação contra o tráfico de drogas na quarta-feira (01/06/2011) por volta das 22 horas prendeu em flagrante Flávia Cruz da Costa, de 32 anos.
A mulher e mais uma menor comercializava droga na Travessa Marcos Belixa, no bairro Bom Pastor e com elas foram encontrados 125 papelotes de pasta base de cocaína e uma pedra de crack de aproximadamente 200 gramas, além de R$ 200,00 em espécie e mais uma câmera filmadora. A acusada usava a menor para guardar a maior quantidade da droga, pois parte do entorpecente estava escondido em partes intimas da menor apreendida.
Flavia já estava sendo monitorada desde a cidade de Santarém, pois segundo levantamentos a droga saia de Juruti chegava a Santarém e depois de preparada para a venda voltava já embalada pronta para ser vendida em Juruti.
Segundo informações repassadas à Polícia Militar, a clientela de Flávia Cruz da Costa era muito grande, pois seu produto “era de primeira” na linguagem do tráfico. Flávia Cruz da Costa estaria dando continuidade ao trabalho de seu esposo Edinaldo dos Santos Rodrigues, vulgo “Naldo”, que foi preso também por tráfico em Juruti.
A operação foi comandada pelo tenente Helder da Silva Brandão Esquerdo, que ressaltou a importância da atuação do serviço de inteligência no Município, “Sem dúvida a atuação do serviço reservado é essencial para a luta da Policia contra o tráfico, pois o Município é pequeno e todos os policiais militares são conhecidos e isso dificulta os flagrantes, mas com o serviço reservado o trabalho tem maior êxito”, disse o tenente.
A acusada foi apresentada na delegacia da Polícia Civil do Município onde foi lavrado o flagrante por tráfico de drogas. No momento da prisão Flávia estava com um bebê que foi encaminhado para o Conselho Tutelar local.
O comandante do CPR-I, coronel Eraldo Paulino, afirma que as ações de inteligência devem continuar em todos os municípios no combate ao tráfico de drogas e demais crimes que incomodam a população”.
Fonte: RG 15/O Impacto