Coreia do Norte pode lançar míssil nuclear ‘a qualquer momento’, diz embaixador
A Coreia do Norte tem a capacidade de disparar uma arma nuclear e usaria um míssil em retaliação caso fosse for atacada, afirmou o embaixador do país no Reino Unido à rede Sky News nesta sexta-feira.
— Os Estados Unidos não têm o monopólio de ataques de armas nucleares — afirmou o embaixador Hyun Hak-bong à Sky, na embaixada do país asiático.
Perguntado se isso significava que a Coreia do Norte — que saiu do Tratado de Não Proliferação Nuclear em 1993 — tinha a capacidade de disparar um míssil nuclear, ele respondeu: “Sim, a qualquer momento”.
— Se os Estados Unidos nos atacarem, devemos contra-atacar. Estamos prontos para a guerra convencional com a guerra convencional, estamos prontos para a guerra nuclear com a guerra nuclear. Nós não queremos guerra, mas não temos medo dela — afirmou o embaixador.
Em um discurso em 3 de março, o ministro norte-coreano das Relações Exteriores, Ri Su Yong, disse que seu país tinha o poder de deter uma “crescente ameaça nuclear” dos Estados Unidos com um ataque preventivo caso fosse necessário.
Ri também classificou exercícios militares realizados pela Coreia do Sul e os Estados Unidos como “provocações”.
Os Estados Unidos disseram estar seriamente preocupados com o desenvolvimento nuclear da Coreia do Norte, e acusa o país asiático de violar acordos internacionais.
A Coreia do Norte realizou três detonações nucleares, a mais recente delas em fevereiro de 2013, e o comandante das forças americanas na Coreia do Sul afirmou em outubro que acreditava que Pyongyang tinha a capacidade de construir uma ogiva nuclear que poderia ser acoplada a um míssil balístico, embora não tenham realizado testes ou apresentado outras provas que confirmassem as alegações.
Um porta-voz do Departamento americano de Estado se recusou a comentar “assuntos de inteligência” quando perguntado se a Coreia do Norte seria capaz de disparar um míssil nuclear, mas disse que os Estados Unidos permanecem “totalmente preparados para dissuadir, se defender e responder à ameaça representada pelo Coreia Do Norte”.
Fonte: O Globo