MILTON CORRÊA

OITAVO BEC 45 ANOS EM SANTARÉM

Em conversa com o atual comandante do Oitavo Batalhão de Engenharia e Construção (8º BEC), Coronel Menezes no último dia 17 de abril, por ocasião da comemoração do dia do Exercito Brasileiro, ele antecipou-me o convite para estar presente no dia 28 de agosto próximo, quando será realizada a solenidade de 45 anos do Batalhão em Santarém, completados no dia 24 desse mês.

Histórico

De acordo com o site http://www.dec.eb.mil.br/ Em julho de 1970, pelo Decreto Nº 66.976, o 2º Batalhão Rodoviário, sediado em Jaraguá do Sul – Santa Catarina, foi transformado no 8º Batalhão de Engenharia de Construção e transferido para SANTARÉM, no Estado do Pará, com a missão de construir a rodovia BR-163, em seu trecho SANTARÉM-CACHIMBO (cerca de 961 km), bem como preparar a reserva especializada do Exército, neste rincão do território nacional, ajudando, assim, a integrar o oeste paraense ao restante do pais. Seus primeiros elementos, constituindo o Escalão Avançado, chegaram à nova sede em 24 de agosto de 1970, ocupando os pavilhões do Parque de Exposição da Feira Agropecuária do Baixo Amazonas, onde foram instalados os alojamentos.

O sonho dos paraenses tornou-se realidade com a ligação Norte-Sul, proporcionada pela rodovia BR-163, parte do Plano de Integração Nacional, que para efeito de construção foi desdobrado em dois trechos: Norte (SANTARÉM-CACHIMBO) e Sul (CUIABÁ-CACHIMBO) entregues ao 8º BE Cnst e ao 9º BE Cnst, respectivamente. A inauguração da CUIABÁ-SANTARÉM ocorreu em 20 de outubro de 1976.

O Batalhão Rondon tem como característica atuar em diversas frentes de trabalho, como aconteceu no ano de 1986 quando, em um convênio firmado entre o então Ministério do Exército e o Governo do Amapá, além da conserva da BR 163, executou estudos topográficos, projetos de execução e abertura da rodovia da BR 156 (CASSIPORÉ – OIAPOQUE), no estado do AMAPÁ.

Segundo o Coronel Menezes, nesse período o 8º BEC já atuou em outros estados da Amazônia, como no Maranhão e no Amazonas, implementando rodovias, aeroportos e outras obras de interesse regional.

“Com relação a BR 163, é hoje uma rodovia estratégica para o desenvolvimento do País, por ela é exportada grande parte da produção de soja do Centro Oeste brasileiro”, argumenta.

AS ORIGENS DO EXÉRCITO

Fonte: http://exercito-brasileiro.info/historia-do-exercito.html

Desde os primórdios da colonização portuguesa na América, desenvolveu-se em terras brasileiras uma sociedade marcada pela intensa miscigenação.

A partir do século XVII, quando brancos, índios e negros expulsaram o invasor estrangeiro, em Guararapes, um sentimento nativista aflorou na população brasileira. Todos os matizes sociais eram vistos no Exército, que nasceu junto com a própria Nação e, desde então participa ativamente da história brasileira.

Posteriormente, ao descobrimento do Brasil, a Força Terrestre foi representada pelo povo em armas nas lutas pela sobrevivência, conquista e manutenção do território. A união entre a coroa lusa e a espanhola, em 1580, que tornou as terras da América pertencentes a um só rei e senhor, permitiu o alargamento da base física da colônia.

A visão estratégica dos portugueses fez com que buscassem fixar os limites da colônia em acidentes geográficos bem nítidos e direcionados a Oeste. Assim, no interior da Amazônia, nos pampas sulinos e os confins dos sertões, à medida que avançava a marcha desbravadora dos bandeirantes, surgiam fortes e fortins – sentinelas de pedra a bradar.

O Exército Brasileiro, após a independência, teve uma atuação, interna, decisiva para derrotar todas as tentativas de fragmentação territorial e social do país. Houve participações vitoriosas internacionalmente, como no conflito ocorrido na segunda metade do século XIX, no cone sul do continente sul-americano: a Guerra da Tríplice Aliança.

A sintonia permanente que havia entre o Exército e a sociedade brasileira teve um papel decisivo na Proclamação na Consolidação da República. O período era bastante conturbado e os militares desempenharam um papel de moderação, idêntico ao exercido pelo Imperador na monarquia, garantindo a sobrevivência das instituições.

Com a participação na I Guerra Mundial, o Exército experimentou um período de crescimento. Vários países ao redor do mundo reconheceram a importância dos brasileiros nos campos de batalha.

A participação na II Guerra Mundial trouxe modificações significantes na evolução do Exército brasileiro. Navios mercantes brasileiros foram bombardeados nas costas brasileiras e por causa disso o Brasil declarou guerra às potências do Eixo.

Corajosos militares, em um curto espaço de tempo, sob o comando do General Mascarenhas de Moraes, foram designados para operar na Itália, durante o tempo em que estiveram em combate, compondo o V Exército dos Estados Unidos da América.

A divisão brasileira sofreu mais de 400 baixas por morte em ação, porém antes que o conflito terminasse, havia feito mais de 15.000 prisioneiros de guerra e capturado duas divisões inimigas. Na Itália, a FEB cobriu-se de glórias, combatendo tropas aguerridas, ao lado de soldados calejados por anos de campanha.

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