Lavar as mãos: Gesto simples que combate a infecção hospitalar
A infecção hospitalar é um frequente e grave problema que os hospitais de todo o mundo enfrentam, pois contribui para o aumento da morbidade e letalidade, do tempo de internação e dos custos hospitalares. Questão tão importante para a saúde pública, a Organização Mundial da Saúde (OMS) oficializou a data de cinco de maio como o Dia Mundial de Higiene das Mãos.
Medida simples para minimizar os danos oriundos das chamadas Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) e da ameaça constante da disseminação de bactérias resistentes aos antibióticos, a higienização das mãos é considerada a principal medida de prevenção por ser mais eficaz, sendo responsável pela redução de até 50% das infecções hospitalares, segundo a OMS.
No Brasil, o Dia Mundial de Higienização das Mãos tem o apoio da ANVISA, que estabeleceu protocolos nacionais para as ações de prevenção e controle das IRAS. O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), administrado pela PRÓ-SAÚDE – Associação de Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sediado em Santarém, sob contrato com a Secretaria de Estado de Saúde Publica (Sespa), e que é uma referência no controle das infecções hospitalares, aproveitou a data e fez mais uma campanha educativa. Com o tema “Salve Vidas: Higienize suas Mãos”, o objetivo foi incentivar a adesão dos profissionais de saúde às medidas de prevenção e controle das infecções hospitalares. Mas os próprios pacientes, acompanhantes e visitantes são alvos das campanhas por serem, também, meios de propagação de microrganismos.
A higienização das mãos é considerada a medida de maior impacto e comprovada eficácia na prevenção das infecções relacionadas à assistência a saúde, pois impede a transmissão cruzada de microrganismos. Estudos mostram que a redução das infecções, mortalidade e transmissão de microrganismos multirresistentes, nos ambientes dos serviços de saúde, está associada à adesão às práticas de higienização das mãos.
Embora seja uma ação simples, a não adesão de profissionais de saúde a esse gesto ainda é considerada um desafio. É fato constatado ao longo dos anos e tem sido objeto de estudos em diversas partes do mundo. A pele tem enorme condição de abrigar microrganismos e transferi-los de uma superfície para a outra, por contato direto, pele com pele, ou por meio de objetos. A utilização de água e sabão, bem como a fricção com álcool gel pode reduzir a população microbiana presente nas mãos e, na maioria das vezes, interromper a cadeia de transmissão de doenças.
Por: Sheila Mara Oliveira (Enfermeira supervisora da Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital Regional do Baixo Amazonas)
Fonte: RG 15/O Impacto