Prisão arbitrária de médico é discutida no CRM
A prisão de forma arbitrária do médico Francenildo Gonçalves Sena foi discutida, na terça-feira (12), pelas entidades médicas, de acordo com informações do Conselho Regional de Medicina (CRM-PA). A reunião aconteceu no plenário do CRM. O caso aconteceu na quarta-feira passada (7). Participaram da reunião, o corpo de conselheiros do CRM-PA; Dr. João Gouveia, representando o Sindicato dos Médicos do Pará e o advogado, Dr. Raoni dos Santos, da Sociedade Médico-Cirúrgica do Pará, além dos assessores jurídicos, Dra. Marina Kaled, do CRM-PA e Eduardo Sizo, do Sindmepa.
De acordo com o documento enviado ao CRM-PA pela presidente do Hospital Santo Antônio, onde o fato aconteceu, o delegado de polícia do município chegou ao hospital com um corpo exigindo que o médico plantonista realizasse o laudo cadavérico. O médico estava na sala de cirurgia operando, e foi informado pela enfermeira da situação. O corpo foi deixado pelo delegado no necrotério do hospital. A enfermeira orientou o delegado que procurasse outro médico para emitir o laudo.
“Ao sair da sala de cirurgia para uma atender uma emergência, o médico foi derrubado no corredor do hospital, sendo pisoteado no pescoço e algemado. Diante disso, pacientes e funcionários entraram em pânico diante de tanta brutalidade”, diz a presidente do hospital Santo Antônio.
“Ao tomarmos conhecimento do fato, imediatamente entramos em contato com o diretor do hospital que nos solicitou orientação de quais medidas o CRM-PA poderia adotar sobre o fato. Colocamos à disposição nossa assessoria jurídica para que todas as medidas cabíveis fossem tomadas para evitar que tais abusos sejam veementemente repelidos”, disse o presidente do CRM-PA, Antonio Jorge Ferreira da Silva.
“Não vamos aceitar esse tipo de agressão contra médicos. Não é o primeiro caso registrado no estado, porém tomaremos medidas enérgicas para coibir essa e outras arbitrariedades contra os médicos”, finalizou Antonio Jorge.
O CRM denunciará o caso ao Ministério Público, OAB e Corregedoria da Polícia civil; a Instauração de procedimento de Desagravo Público (já em trâmite no CRM-PA); Audiência pública com o Secretário de Segurança do Estado, Polícia Militar, Corregedoria da Polícia Civil, Ministério Público e OAB seção Pará, entre outras medidas.
Fonte: DOL com informações do CRM
porque voces nao divulgam o nome do delegado? e porque nao cobraram explicações dele?