Crescimento da violência repercute na Câmara
O vereador Maurício Corrêa (PSD), na tribuna da Câmara, na quarta-feira, 17/06, destacou as elevadas ocorrências de diversos tipos de violência que tem assustado a população de Santarém, na cidade e no interior do Município. Registrou, também, a chegada de mais ônibus com maior número de sem-terras, para se unir as pessoas que estão ocupando o terreno da empresa Buriti, ao longo da rodovia Fernando Guilhon.
Sobre a falta de segurança pública, Maurício explicou que são reflexos da situação econômica que o País está enfrentando, como a carência de emprego. Segundo ele, esses reflexos incidem mais sobre os municípios menores e desprovidos de uma estrutura social consolidada, típicos do Norte do Brasil. “A falta de circulação de dinheiro tem alimentado os elevados índices de criminalidade em todo o País, mas o que está ocorrendo em Santarém é muito preocupante”, observou.
Segundo o Vereador, os meios de comunicação têm divulgado diariamente, que mesmo em locais que anteriormente foram eleitos como espaços de tranquilidade e de sossego, como a região da Santarém Curuá-Una, onde as pessoas estabeleceram suas moradias, para ter melhor qualidade de vida, agora estão sendo acoitadas dentro de suas próprias residências, muitas vezes por 100 ou 200 reais. Acrescentou que a violência está em todo lugar e citou como exemplo que na semana que passou, um morador de rua foi esfaqueado em frente de sua residência, às proximidades da Praça de São Sebastião, no Centro de Santarém.
Maurício disse, ainda, que a violência se alastra na cidade por falta de policiamento extensivo e fez um apelo a Polícia Militar, que reforce a segurança no centro, principalmente em locais mais afastados. Segundo o Vereador, a proposta para a PM é manter uma guarnição permanente na Praça de São Sebastião, para coibir a poluição sonora, a bebida alcoólica e o consumo de drogas que ocorre há muito tempo, nas imediações do Centro Cultural João Fona.
Outro assunto que o vereador Maurício Corrêa destacou foi de que recentemente aumentou o número de ônibus e, consequentemente, o número de pessoas para se alojar ao longo da Fernando Guilhon, na ocupação do terreno da empresa Buriti. Essas pessoas estão roçando a mata para ampliar a área de invasão e isso o preocupa por ser santareno, além disso, disse que não apoia de forma alguma a prática de invasão na cidade. “Já basta o crescimento desordenado de Santarém ao longo de décadas, o que impede organizar o sistema de urbanização da cidade, com os poucos recursos que o Município dispõe”, justificou.
De acordo com Maurício Corrêa, é preciso encontrar mecanismos legais para evitar ou até proibir as práticas de invasão. “Essas práticas não resolvem os déficit de moradia, ao contrário criam bolsões sociais complexos e problemáticos, inclusive dificultando as ações dos órgãos de segurança pública”, finalizou.
ORDENAMENTO TERRITORIAL: Falta de governança, ordenamento territorial e segurança pública nas comunidades às margens da BR-163, foram os temas abordados pelo vereador Erasmo Maia (DEM), na sessão da Câmara de quarta-feira, 17/06.
De acordo com Erasmo, por falta de governança, as comunidades em torno da BR-163, estão crescendo de maneira desordenada, devido a abertura de loteamentos irregulares, que não obedecem a legislação municipal, sem deixar áreas públicas para a construção de escolas, e de outros serviços necessários.
Para o Vereador, essa região já possui característica de zona urbana, dispondo de serviços como: iluminação pública, coleta de lixo, escolas, abastecimento d’água, e atendimento à saúde. “Essa qualidade de vida, está fazendo com que novos moradores sejam atraídos para aquela região”.
O Vereador, no entanto, esclarece que no quesito segurança publica, esta região está a mercê de assaltos, violência, tráfico de drogas e até mesmo assassinatos, que ocorrem diariamente na região, por não haver policiamento adequado, já que essa região ainda é considerada zona rural.
O Vereador enfatiza que nesse espaço residem cerca de 10 mil famílias, havendo uma necessidade urgente da segurança pública. “Precisamos da atenção desta Casa de Leis e do governo municipal para um ordenamento territorial, para que os serviços públicos possam atender essa população.”
Visando uma solução a estas demandas, o vereador apresentou dois requerimentos, um para a criação de uma comissão, para debater este assunto e o outro propondo uma audiência pública na região, no mês de agosto.
PARÁ VIVE CAOS NA SEGURANÇA PÚBLICA: A vereadora Ivete Bastos (PT), na sessão de quarta-feira 17/06, mais uma vez abordou a questão da falta de segurança publica e a ausência do governo do Estado.
De acordo com a Vereadora, estamos vivendo o caos na segurança pública. “O governo do Estado virou as costas para o município de Santarém, pra região Oeste do Pará e por que não dizer para todo o Estado”.
Bastos destaca, os altos índices de assalto e criminalidade em todo o território paraense. Para ela, esses episódios já fazem parte do cotidiano paraense, porque o Estado deixou de cumprir seu papel. “Não existe uma política de segurança nem na área urbana e muito menos na área rural” ressalta.
Além das denúncias que a Vereadora vem fazendo contra a falta de atuação do governo do Estado, ela propõe, também, maior empenho em favor da criação do Estado do Tapajós. “Esta deve ser uma luta unificada em favor da nossa independência e autonomia, para que essas regiões que estão mais isoladas possam ser valorizadas e receber recursos que hoje não recebem porque foram enganadas” finaliza a Vereadora.
Fonte: RG 15/O Impacto e CMS