Delegado diz que Polícia trabalha com eficiência e elucida crimes

Diversos crimes foram registrados recentemente em Santarém, no oeste do Pará, muitos com vítimas fatais. As Polícias Civil e Militar estão fazendo seus trabalhos de investigar e prender os culpados. Nossa reportagem conversou com o delegado Germano do Valle Filho, que faz parte da Divisão de Homicídios da 16ª Seccional de Polícia Civil de Santarém, ocasião em que foi questionado sobre a morte do ancião Francisco Ferreira Aguiar, que aconteceu na semana passada, quando a Polícia agiu rápido e prendeu o autor do crime no mesmo dia.

“A Homicídios é uma Divisão especializada da 16ª Seccional. O último crime que aconteceu em Santarém e desvendado em tempo recorde, foi do ancião Francisco Ferreira Aguiar, conhecido como “Chiquinho Promissória”. Ele foi morto no início da manhã de quinta-feira (18), pelo cidadão Generino Libério dos Santos, o “Carequinha”. Ambos moravam juntos em uma residência, mais precisamente em uma movelaria. Na ocasião, houve uma discussão entre os dois, haja vista que o crime teve como foco uma adolescente, e ambos estavam alcoolizados. O acusado pegou uma peça automotiva, um cardam de um trator e desferiu somente uma cacetada certeira em Francisco, que estava deitado em uma rede. Francisco teve praticamente morte instantânea no local, conforme apontam os peritos criminais, uma vez que atingiu sua caixa craniana”, disse Dr. Germano do Valle.

O Delegado informou que ao amanhecer o dia, os familiares de Francisco o encontraram morto dentro da rede. “Generino logo no primeiro momento dizia que não tinha ouvido e nem visto nada. Só que a Polícia conseguiu algumas informações de que ele já vinha ameaçando Francisco e, diante disso foi só uma questão de tempo. Generino confessou o crime, foi levado para a Divisão de Homicídios, foi autuado e encaminhado para a Penitenciária de Cucurunã, onde encontra-se à disposição da Justiça”, declarou o Delegado de Polícia.

“Esse é o nosso trabalho da Divisão, que é apoiar as equipes de plantão da Seccional, e no momento que faltam elementos para fazer a lavratura ainda naquele dia, ou seja, no ato flagrante, é passado para Divisão, que pega todos os detalhes e começa a ouvir testemunhas, trazer informações e documentos, e representa muitas das vezes ao Judiciário para que seja presa a pessoa que cometeu algum delito e responda já preso na Penitenciária de Cucurunã, pelo crime cometido”, informou.

A morte de Francisco Ferreira Aguiar foi desvendada em tempo recorde pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil, fato que foi motivo de elogios dos meios de comunicação e também da população. O delegado Germano Filho declarou que a Polícia sempre foi eficiente para desvendar qualquer crime, alguns demoram em virtude da Polícia ter que ouvir testemunhas, esperar resultado das perícias, mas sempre os crimes são desvendados.

“Acredito que seja também pela confiança das pessoas ainda no aparelho policial. Com todas as dificuldades que nós temos, as polícias Civil e Militar de Santarém ainda tem uma certa credibilidade perante a população. Então, tão logo souberam do crime ligaram para o 190, a viatura da Polícia Militar da área permaneceu no local, isolou as partes, começou a checar algumas informações, de imediato foi comunicado o crime na Seccional, em especial à Divisão de Homicídios. Solicitei logo a perícia, a remoção cadavérica e levantamento do local de crime (quando os peritos criminais vão ao local), por isso é importante para você que está lendo essa matéria, que no local de crime não se mexe nada, porque algum detalhe que o acusado deixou cair lá na frente será necessário. Então, o local foi isolado, um serviço bem feito por parte da PM. Nós chegamos com os investigadores, chefia de operação e equipe, e passamos a trabalhar em cima das informações que tínhamos. Logo depois da chegada da Polícia Civil, no máximo em 10 minutos nós já tínhamos todas essas informações. Fizemos a retirada do acusado do local do crime, uma vez que estavam chegando muitos familiares da vítima, e podia ter alguma revolta por parte deles querendo fazer justiça com as próprias mãos. Então, o acusado foi conduzido para a Seccional, onde depois de passar o efeito da bebida alcoólica que havia ingerido, foi falando melhor e confessou como ele cometeu o crime. Então, essa questão da rapidez, se deve a isso também, ao imediatismo do caso, às evidências”, declarou Dr. Germano.

O Delegado de Polícia Civil disse que os vizinhos cooperaram com as investigações. “Olha, o seu Chiquinho era ameaçado por ele”, disse um vizinho. “Então, no primeiro momento que ele negava, foi desmentido pelos familiares da vítima, pela vizinhança, até pelos familiares da jovem, pivô do crime, dizendo que também já havia essa intriga. Isso evoluiu ao crime, um cidadão de 57 anos que matou outro que faria 75 anos na próxima semana. Então, essa rapidez se deve a isso também, a checada de informações, e hoje com a velocidade das informações que chegam até nós, através de celular e internet, graças a Deus concluímos ainda pela parte da manhã todo o procedimento, já sabendo quem seria o autor, a causa do crime e a vítima também”, finalizou o delegado Germano do Valle Filho.

Por: Edmundo Baía Filho