Polícia Federal investiga corrupção no INCRA

Delegado Olavo Pimentel está à frente das investigações que apuram supostas fraudes. Luiz Bacellar não acredita no envolvimento de servidores do Incra
Delegado Olavo Pimentel está à frente das investigações que apuram supostas fraudes. Luiz Bacellar não acredita no envolvimento de servidores do Incra

A Polícia Federal, ao comando do delegado Olavo Pimentel, deflagrou na semana passada, nos municípios de Santarém e Mojuí dos Campos, a operação denominada “Filial”, em alusão a um escritório de consultoria onde se realizavam os processos de intermediação e venda ilegal de lotes, que seriam originalmente destinados aos beneficiários da Reforma Agrária. Entre os assentamentos que podem ter sido alvo dos infratores, está o Corta Corda, na região da Rodovia Estadual Curuá-Una.

Participaram da ação aproximadamente vinte e cinco policiais federais, que tem como objetivo investigar o envolvimento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), na venda ilegal de lotes, uso de laranjas para regularização fundiária com vista a favorecimento de madeireiros.

De acordo com a PF, ao todo foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão de documentos, pastas, pendrives, HDs externos e notebooks. Sendo: um na Sede do INCRA em Santarém, outro no escritório da empresa de consultoria que intermediava as negociações, e na casa de um servidor do INCRA e nas casas de mais duas pessoas envolvidas nas fraudes.

“Recebemos informações, com denúncias de que um escritório estaria fazendo regularizações em nome de ‘laranjas’, pessoas, e os verdadeiros beneficiados seriam outros, com possível participação de alguns servidores públicos do INCRA”, ressaltou o delegado de Polícia Federal, Olavo Pimentel, à nossa reportagem.

Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal com a intenção de que entre os materiais constem provas que possam ajudar a investigar e confirmar as possíveis irregularidades.

Entre os crimes cometidos estão: corrupção de servidores públicos, prevaricação, invasão de terras públicas e crimes ambientais.

A investigação encontra-se sobre segredo de justiça, portanto, não foram divulgados nomes das pessoas envolvidas.

SUPERINTENDENTE DO INCRA SE PRONUNCIA: Na tarde de terça-feira, dia 07, nossa reportagem esteve na sede da Superintendência do Incra em Santarém, quando o titular do órgão federal, Luiz Bacellar Guerreiro Junior, falou sobre o caso. “Fui comunicado pela Polícia Federal, de uma denúncia que foi feita, onde acusavam um servidor nosso, que teria uma suposta ligação com um escritório, que estavam negociando áreas no Assentamento Corta Corda. Procuramos o delegado Olavo Pimentel, da Polícia Federal, e nos colocamos à disposição, para o que for necessário. Nós desconhecemos cem por cento da existência dessa denúncia, assim como desse relacionamento, do qual não tenho nenhum julgamento a fazer, mas estamos aí para apurar”, informou o Superintende do Incra em Santarém, Luiz Bacellar.

De acordo com Luiz Bacellar Guerreiro Júnior, ainda não foi aberto nenhum procedimento interno para apurar o caso. No entanto, ressalta que já conversou e ouviu o servidor que supostamente participava da fraude, e que está consultando a Procuradoria Jurídica do órgão, para ver que atitude deve ser tomada.

INVESTIGAÇÕES PROSSEGUEM: O material apreendido foi encaminhado para análise e perícia. Os envolvidos na suposta fraude foram intimados para comparecer na delegacia da Polícia Federal de Santarém, onde estão sendo devidamente ouvidos em suas defesas. Segundo a PF, ainda não é possível estabelecer valores arrecadados pela organização criminosa, e muito menos a quantidade de terra negociada. As investigações prosseguem com o objetivo de ampliar o número de provas, em vista à elaboração do inquérito. Após ser concluído, o inquérito será encaminhada à justiça.

Por: Edmundo Baía Junior

Um comentário em “Polícia Federal investiga corrupção no INCRA

  • 12 de abril de 2016 em 10:18
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    estou aqui torcendo pra que tudo ocorra nos conformes da lei sou ciente que agora vamos ter um ótimo resultado pois existe milhares de acampamentos que se ver da dor fome doenças assolam por falta de acompanhamento publico,e triste a situação a minha e de milhares de pessoas no brasil aqui na região nortão de mato grosso quer ver desão pra cá ai vocês vao ver o que e injustiça social aqui não tem lei não tem direitos aqui quem manda e os que tem grana,noretão Araguaia nortão de mato grosso pedimos socorrro

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