Rede Celpa acusada de desrespeitar consumidor
Após inúmeras idas e vindas às Agências de Atendimento da concessionária de energia, o ilustre e respeitado cidadão santareno Paulo Gilberto Pereira (Mestre Paulo), proprietário de uma casa na Vila de Alter do Chão, no município de Santarém, oeste do Pará, cansado de não ter retorno, resolveu procurar nossa redação para reclamar da falta de respeito com qual a Rede Celpa trata seus consumidores.
Disse que há muito tempo vem solicitando à empresa que encaminhe uma equipe de funcionários para realizar a transferência do relógio medidor de consumo. O equipamento fica muito distante de sua residência.
“Quando comprei minha casa, não havia rede elétrica na frente dela. Então, a Celpa instalou o medidor na outra rua, cerca de cinquenta metros de distância, colocando inclusive o disjuntor, que hoje, se encontra no meio da rua”, relata o aposentado de 75 anos.
De acordo com Paulo Gilberto Pereira, hoje existe uma rede elétrica que passa em frente de sua residência, inclusive um dos postes da nova rede fica bem próximo ao muro de sua casa. Ainda assim, a Celpa se nega a realizar o serviço.
“A fiação está mostrando iminência de perigo muito grande, porque as crianças estão mexendo nestes fios. Eu quero eximir-me de qualquer culpa, porque não fui eu que coloquei o medidor lá no poste, não coloquei aquela instalação lá. O fio está arriado do lado do muro do meu vizinho, e as crianças andam mexendo nesses fios, e nos disjuntores, sendo passíveis de um acidente a qualquer momento”, alerta Paulo Gilberto Pereira.
Indignado, revela que são diversos os prejuízos por causa dos constantes desligamentos do disjuntor que fica no meio da rua.
“Tive vários prejuízos com esses disjuntores que são desligados. Porque tudo que eu tinha na minha geladeira apodreceu. No final de semana, quando chego à minha casa na Vila de Alter do Chão, encontro tudo podre, sem condição de uso”, revelou o aposentado à nossa redação.
COMPRA DE NOVO PADRÃO: Dando prosseguimento ao seu relato, Paulo Gilberto disse que o atendimento da CELPA se nega a fazer a mudança por ele solicitada. E caso o consumidor queira ter o seu problema resolvido, é necessário que realize a compra de um novo padrão, que segundo ele, custa em torno de 700 a 800 reais.
“Já estive na Celpa. Ela me obriga a gastar certa quantia, para fazer o padrão. E o que eu quero é apenas fazer a transferência do meu medidor. Fui ao Ministério Público, e a Promotora mandou um ofício para a Celpa, porém, até agora a concessionária de energia elétrica não fez nada a respeito. Não temos respostas”, lamenta Paulo Pereira, que não aguenta mais tanto desrespeito.
COBRANÇA EM DOBRO: Como se não bastasse a verdadeira odisséia vivida pelo aposentado, com objetivo de garantir a transferência do medidor de consumo e do disjuntor da ligação para sua residência, a Celpa constantemente encaminha para o consumidor duas faturas para pagamento dentro do mesmo mês.
“Com esse problema do medidor estar longe da minha casa, eu tenho recebido contas em duplicidade, para pagamento em um mês só. Já reclamei e também não tive uma resposta satisfatória a respeito disto. O pagamento da minha conta de luz é colocado em débito automático, porém, fui lá e tive que retirar uma delas, porque eu não aceitei duas contas no mesmo mês. Como é que pode haver uma medição antecipada? Eu pergunto para Celpa, o medidor mede por telepatia, será?”, questiona Paulo Gilberto.
CAMPEÃ DE RECLAMAÇÕES: Mesmo após assinatura de Termo de Ajuste de Conduta (TAC) proposto pelo PROCON, juntamente com o Ministério Público, a Celpa continua liderando o ranking de queixas no órgão de defesa do consumidor. Entre as principais reclamações estão: Cobranças indevidas, ou cobranças acumuladas, cortes ilegais, pedidos de instalação e religação não atendidos.
Segundo informações do Ministério Público Estadual, com assinatura do TAC, a empresa se comprometeu em melhorar os serviços prestados aos consumidores dos municípios de Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos. No entanto, a população continua a sofrer com o desrespeito que a Celpa trata seus consumidores. As constantes interrupções de fornecimento de energia são o exemplo do descaso. Acabam prejudicando a economia local, danificam equipamentos e eletrodomésticos.
RUAS DE ALTER DO CHÃO EM PÉSSIMO ESTADO: O ilustre morador da Vila Balneária aproveitou a oportunidade para relatar o estado de abandono em que vias de Alter do Chão se encontram.
“Quero pedir ao prefeito Alexandre Von e ao seu Secretário de Infraestrutura, que tomem providências para isso. Afinal de contas, Alter do Chão é conhecida mundialmente. O Sairé já é em setembro, é triste saber que os turistas podem chegar lá, fotografar e mostrar as condições das ruas da Vila. É horrível isso, é deplorável a situação. Por favor, senhor Prefeito, mande ajeitar os acessos às ruas de Alter do Chão“, declarou.
Paulo Gilberto diz que, se a Prefeitura não realizar uma ação imediatamente, os turistas em vez de falar maravilhas sobre o balneário, vão guardar na lembrança, além das belezas naturais, a péssima situação da infraestrutura que a praia oferece.
Por: Edmundo Baía Junior