CPC de Santarém anuncia greve geral
Uma onda de greve está prevista para iniciar ainda nesta semana, em Santarém e em todo o Estado do Pará. Após o anúncio dos professores da rede estadual de que vão cruzar os braços na próxima quinta-feira, 13, os funcionários do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC) de Santarém adiantaram que vão aderir à greve geral, no dia 18 deste mês.
Os peritos do Pará decidiram entrar em greve, durante assembléia geral da classe no auditório do Centro de Perícias (CPC) Renato Chaves, localizado na Rua Trasmangueirão, bairro do Bengui, na manhã de ontem, 10, em Belém do Pará. Os trabalhadores querem reajuste salarial e melhores condições de trabalho.
Com o objetivo de chamar atenção do Governo do Estado diz respeito aos baixos salários, funcionários do Centro de Pericias Cientificas Renato Chaves (CPC) realizaram no dia 03 deste mês, em Santarém, uma paralisação de 24 horas. O protesto encerrou no dia 04 deste mês.
Uma faixa colocada em frente ao prédio do CPC, na Avenida Moaçara, no bairro do Aeroporto Velho, expressou a revolta dos peritos criminais e médicos legistas com as atitudes do Governo do Estado relacionado a falta de atenção ao funcionalismo público. A faixa mostrou a seguinte frase: “Sem perícia não há culpados, inocentes. Valorização aos peritos”.
A categoria reivindica aumento salarial, realização de concurso público e melhores condições de trabalho. Os peritos se reuniram em frente à unidade com faixas e cartazes, e afirmaram que o percentual mínimo de 30% dos funcionários, assegurado por lei, foi garantindo para que a realização das atividades não fosse totalmente prejudicada.
Eles se reuniram em uma assembléia na manhã de ontem e definiram que a categoria entrará em greve.
“Estamos desde 2013 negociando com o Governo e agora em junho disse que não vai conceder o reajuste aos peritos. Enquanto os peritos estão mostrando um bom trabalho, o salário não valoriza o profissional”, contou o perito criminal, Elinaldo Silva.
Segundo Silva, 30% dos funcionários, assegurado por lei, ficaram disponíveis para realizar os serviços de necropsia e perícia, em casos de crimes contra à vida, e flagrante delito, durante a paralisação do dia 03. A paralisação encerrou às 00h desta terça-feira, 4.
Além de Santarém, as unidades de Altamira, Marabá, Castanhal e Belém também paralisaram as atividades por 24 horas.
De acordo com a Associação de Peritos Oficiais do Pará (Aspop), o efetivo seria de apenas 362 profissionais, número considerado insuficiente para atender às necessidades no estado, sobrecarregando os trabalhadores. Ainda segundo a Associação, o último concurso público foi realizado em 2007 e desde então, a demanda na prestação de serviços cresceu, mas sem aumento no quadro de pessoal.
A Aspop informou que destes 362 servidores que atuam no Pará, apenas 30% dos peritos atenderão aos casos de flagrantes de drogas, locais de crime e liberação de cadáveres, durante a greve que inicia no dia 18 próximo.
Fonte: RG 15/O Impacto