PMDB deve indicar cinco ministros em reforma ministerial
A bancada peemedebista na Câmara deve indicar dois nomes, um para a Saúde e outro para uma pasta da área de infraestrutura. A bancada do Senado também deve indicar dois ministros. O quinto ministro seria um nome de consenso entre as bancadas das duas Casas.
Hoje, o partido comanda seis pastas. Na cota do Senado, Pesca, Agricultura e Minas e Energia. Na cota da Câmara, Turismo. Já na cota do vice-presidente Michel Temer estão sob comando do PMDB Portos e Aviação Civil.
O PMDB encontra ao menos dois focos de resistência para fazer as indicações. O primeiro é um grupo minoritário na bancada da Câmara que faz oposição ao governo. O outro vem do próprio Temer, que terá que administrar uma redução de ministérios e, ao mesmo tempo, entregar cinco pastas ao seu partido.
“A maioria dos parlamentares do PMDB é governista, portanto, acho natural que participemos do ministério”, disse o deputado Sérgio Souza (PMDB-PR).
No PT, há quem entenda que o partido precisa se sacrificar para garantir apoio a Dilma. “Pela governabilidade, o PT tem que ceder espaço aos aliados”, disse o senador Paulo Rocha (PT-PA).
POR AMPLA MAIORIA, PMDB DA CÂMARA FECHA APOIO A DILMA. DEPUTADO JOSÉ PRIANTE, DO PARÁ, SERÁ UM DOS INDICADOS PARA MINISTÉRIO
Por 42 votos a 9, a bancada do PMDB na Câmara decidiu continuar no governo, indicando nomes para os ministérios da Saúde e uma pasta de Infraestrutura, que ainda será criada e deverá unir as secretarias de Portos e Aviação Civil.
A bancada vai levar à presidente Dilma os nomes de Marcelo de Castro (PI), Manoel Júnior (PB) e Saraiva Felipe (MG), que já foi ministro no primeiro mandato do ex-presidente Lula, para a Saúde, atualmente ocupada pelo PT.
Para Infraestrutura, os nomes são Newton Cardoso Júnior (MG), Mauro Lopes (MG) e José Priante (PA).
O atual ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que ocupa uma vaga por indicação do vice-presidente Michel Temer, não teve seu nome endossado pela bancada.
A bancada também decidiu apoiar a manutenção dos vetos da presidente que aumentam despesas, como o reajuste salarial dos servidores do Judiciário.
Na reunião, o líder da bancada, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), fez um apelo para que a legenda demonstrasse unidade na votação dos vetos. Seria, segundo afirmou aos parlamentares peemedebistas, uma retribuição a Dilma pela reaproximação da presidente com o partido. O pedido foi acatado por ampla maioria.
Picciani, que se reaproximou de Dilma nos últimos dias, a ponto de ser recebido isoladamente por ela, disse que a bancada fechou questão sobre os vetos.
“A bancada fechou questão pela manutenção de todos os vetos que têm impacto financeiro, entendendo que a situação do país requer austeridade fiscal e um compromisso com o equilíbrio com as contas públicas”, disse.
Sobre a participação no governo, ele afirmou que irá levar os nomes a ela, para que Dilma decida.
“Ficou sinalizado que um dos ministérios seria o da Saúde e que o outro seria algo na área de infraestrutura. A presidente demonstrou ter predileção por deputados do PMDB, então vamos definir nessa reunião da bancada agora à tarde para levar esses nomes. Existe um desejo de participar e ser ouvido nesse processo. A presidente foi expressa ao dizer que a partir de agora haverá a mesma correlação de forças para as bancadas da Câmara e do Senado”, afirmou Picciani.
Fonte: Ércio Bemerguy
Esses abutres só pensam em poder, enquanto o Zé povão come lixo nas ruas.