Transamazônica volta a ser interditada por caminhoneiros em Miritituba
Na segunda-feira, 28, caminhoneiros que fazem o transporte de grãos do Mato Grosso para os portos graneleiros de Miritituba, no município de Itaituba-Pará, interditaram a rodovia Transamazônica, trecho Miritituba/Campo Verde.
A interdição aconteceu nas proximidades da logística (estacionamento) da Bunge, aproximadamente no quilometro, 5, sentido Miritituba-Campo Verde. O protesto organizado pelos caminhoneiros (motoristas de carretas) está acontecendo, devido invasores de uma área de terra na Vila de Miritituba, terem interditado a estrada portuária, que dá acesso às carretas que transportam grãos do Mato Grosso para o porto da Bunge.
Segundo os líderes dos caminhoneiros, a rodovia só será liberada, quando os invasores que estão interditando a estrada portuária liberarem o tráfego ali. Enquanto isto, as carretas que chegam com grãos procedentes do Mato Grosso estão ficando estacionadas nas margens da rodovia, já que o pátio da logística do Bunge está lotado de carretas há mais de 5 dias, devido a interdição na estrada portuária.
Os motoristas reclamam, que não tem mais dinheiro para se manterem, pois o que trazem é contado para pagar a diária da carreta de no máximo três dias no pátio e se alimentar. Entretanto, já estão parados ali há mais de 5 dias e sem previsão de continuarem a viagem. No outro lado da interdição, carretas vazias e carregadas de grãos aguardam a liberação das manifestações, tanto da estrada que dá acesso aos portos quanto na rodovia.
Os manifestantes de Miritituba, da estrada que dá acesso aos portos, alegam que estão há quinze dias ali e até agora nenhuma autoridade da Prefeitura esteve presente para negociar com eles. Prometem só sair dali, quando houver uma negociação com o Município. Enquanto nada se resolve, as fileiras de carretas se formam nas margens da Rodovia Transamazônica, no trecho Miritituba – Campo verde. Com estes soma-se três interdições em menos de trinta dias na área.
Fonte: RG 15/O Impacto, Junior Ribeiro e Luiz Sadeck