Professores da Ufopa decidem manter greve em Santarém

Em assembléia realizada na tarde de terça-feira, 13, os professores da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) decidiram manter a greve, que já dura mais de 128 dias. Desde o início da greve no primeiro semestre deste ano, cerca de 4 mil acadêmicos continuam fora das salas de aula em Santarém.
O presidente do Sindicato dos Professores da Ufopa (Sindufopa), Amadeu Cavalcante, informou que nem as reivindicações em nível nacional, nem em nível local foram atendidas. “O movimento não quis negociar os 10,8% parcelados em dois anos. Foi rejeitada aquela proposta e foi decidido pela saída unificada do dia 13 ao 16, mas aqui na Ufopa os professores não decidiram sair ainda essa semana. Vamos aguardar um pouco e, no dia 19, segunda-feira, fazer nova assembléia para avaliar as condições”, comentou.
As reivindicações nacionais da categoria são: defesa do caráter público das instituições federais de ensino; melhoria nas condições de trabalho; garantia de autonomia universitária; reestruturação da carreira e valorização salarial de ativos e aposentados.
No dia 07 deste mês, os técnicos administrativo da Ufopa encerraram a greve, após 132 dias e decidiram retomar às atividades no dia 8 último. A decisão foi tomada após um acordo assinado na noite do dia 6, em Brasília, entre o governo federal e a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnicos-Administrativos em Educação Pública do Brasil (Fasubra).
FIM DA GREVE NACIONAL: Em Brasília, nesta semana, professores e funcionários decidiram encerrar a mais longa greve já registrada nas universidades federais, que durou 139 dias.
A decisão pela saída unificada da greve foi tomada após assembléias das categorias nas últimas semanas. A estimativa do movimento é de que 39 universidades ainda estejam em greve. Segundo informações do Sindicato Nacional das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que representa os professores, a previsão é de que as atividades sejam retomadas até sexta-feira, 16. Apesar da paralisação, ainda não há acordo entre os docentes e o Ministério da educação (MEC). O grupo pretende continuar as negociações nos próximos dias.
Fonte: RG 15/O Impacto