Henderson Pinto: “Cosanpa deve sair de Santarém”
Inconformado com as constantes falhas no serviço de abastecimento de água em Santarém, pela Companhia de Saneamento do Pará (Consapa), o vereador Henderson Pinto (DEM), em entrevista à nossa reportagem, defende a saída da estatal da cidade. Para ele, somente a municipalização será capaz de solucionar os problemas de abastecimento de água em Santarém.
“A Consapa não vem cumprindo com o contrato de concessão que foi aprovado e renovado em 2011 com a população, através da Prefeitura. No contrato, havia a ampliação do sistema e a mudança da tubulação de amianto. Infelizmente a prestação de serviço da Cosanpa não melhorou em Santarém, em cima desse contrato. É claro que a equipe local tem vontade, se esforça e faz o que é possível, mas não tem condições e nem estrutura para garantir água de qualidade e quantidade para a nossa população”, afirma o parlamentar.
Por causa do grande número de reclamações da população, Henderson Pinto destaca que a Câmara Municipal começou a tomar posição, no sentido de buscar ajuda da Prefeitura, para que faça um estudo de viabilidade, para rescindir o contrato com a Cosanpa. Caso ocorra a rescisão de contrato com a estatal, a Prefeitura deve assumir o serviço, que segundo Henderson, é de sua responsabilidade.
“Não tem mais como a população agüentar. Nós demos créditos para a Cosanpa, mas a central de Belém não tem dado apoio para que os funcionários daqui possam dar um atendimento de qualidade, com quantidade de água para atender nossa população. Atualmente a população passa por longos períodos com falta de água. Em alguns bairros, as famílias chegam a passar semanas e até meses sem água nas torneiras. Isso nos preocupa!”, declara o Vereador.
AÇÕES: De acordo com o vereador Henderson Pinto, entre as ações que a Câmara está cuidando em relação às reclamações dos serviços ruins da Cosanpa em Santarém, estão: encaminhamento de uma proposta ao prefeito Alexandre Von, no sentido de que faça o estudo de rescisão de contrato com a estatal, além de uma reunião no dia 30 de outubro, para discutir o modelo de gestão do abastecimento de água em Santarém
“Estaremos fazendo uma reunião juntamente com os colegas Silvio Amorim, Junior Tapajós e todos os vereadores, no sentido de buscarmos com todas as lideranças dos bairros da nossa cidade, um debate sobre esse modelo de gestão da água em Santarém e os serviços prestados pela Cosanpa”, adianta o parlamentar.
PROCEDIMENTOS: Segundo Henderson Pinto, houve uma audiência no Ministério Público Estadual (MPE), sob a coordenação da promotora Maria Raimunda, que tratou sobre o problema da falta de água em Santarém. Durante a audiência, Henderson Pinto destacou que a promotora Maria Raimunda informou que já está trabalhando, no sentido de buscar soluções para o abastecimento de água, que aflige as famílias de Santarém.
“Vamos juntar forças, e no próximo dia 18 de novembro vamos fazer uma reunião no MPE, com a Prefeitura, Câmara e Cosanpa, para debater esse modelo de gestão. Se a Cosanpa não nos der garantia de que vai melhorar a qualidade do serviço vamos tomar outras providências, porque nós somos cobrados todos os dias pela população de Santarém. Tem essa rede de tubulação de cimento amianto, que é antiga e já foi proibida por lei e pode causar problema de saúde, que não foi trocada até hoje e são aproximadamente oito quilômetros”, avisa o parlamentar.
PROMESSA NÃO CUMPRIDA: Em janeiro de 2014, o Governo do Pará anunciou que as obras de ampliação do sistema de abastecimento de água da cidade de Santarém, no oeste do Pará, seriam retomadas, ainda em fevereiro do ano passado. O contrato com a empresa vencedora da licitação, a CMT Engenharia, foi assinado no dia 7 de janeiro de 2014, por Antonio Braga, na época, presidente da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), e Francisco de Moura Filho, diretor-presidente da CMT Engenharia.
O investimento total seria de R$ 110,9 milhões. Da solenidade também participaram o prefeito de Santarém, Alexandre Von; o deputado estadual Nélio Aguiar, e o diretor de Expansão e Tecnologia da Cosanpa, Flávio Proença.
Com as obras, a cobertura de distribuição de água em Santarém passaria de 57% para 95%. A população atendida pela rede de água saltaria de 122 mil habitantes para 204 mil. Toda a ampliação da rede de distribuição de água deveria ser concluída no início de 2016. Atualmente, a captação de água em Santarém é feita de 14 poços profundos e oito poços rasos, para uma rede de distribuição de 361 quilômetros. O projeto de ampliação implantaria oito novos poços, com 250 metros de profundidade, e implantaria mais 316 km de rede, quase dobrando a capacidade de distribuição. O projeto também contemplaria a implantação de quatro reservatórios elevados e nove reservatórios apoiados. Passado mais de um ano, a obra não saiu do papel e virou motivo de críticas da população de Santarém.
Por: Manoel Cardoso
Fonte: RG 15/O Impacto
EI DEPUTADO, NOBRE DEOUTADO ESTADUAL KKKK EU APOSTO SE NA TUA CASA FALTA AGUA. ME PROVE O CONTRARIO
O ideal seria terceirizar. Seria melhor administrado.
O ideal seria uma empresa terceirizada, sem políticos por perto.
Uma cidade rodeada de água (privilégio de pouquíssimas cidades)e faltar água por vários dias é sinônimo de incompetência e irresponsabilidade do órgão responsável. Uma ótima saída para resolver o problema seria municipalizar. Mas o município estaria preparado para assumir?. Não seria outro cargo político a frente de uma empresa tão importante. O município não consegue nem tapar os buracos de várias ruas da cidade.