MÁRIO GOMES: “JATENE NÃO GOSTA DE SANTARÉM”
A falta de atenção por parte do governador do Pará, Simão de Oliveira Jatene (PSDB), relacionada a investimentos em Santarém e na região oeste do Pará motivou o líder comunitário do bairro São José Operário, Mário Gomes, a criticar o gestor estadual. Entre os principais problemas da má administração do governador Jatene, em Santarém, segundo Mário Gomes, estão: falta de conclusão das obras do Estádio Barbalhão e do ginásio poliesportivo, além da falta de investimento em saúde, segurança pública e principalmente nas áreas de infraestrutura e educação.
Para Mário Gomes, a única saída para Santarém ficar independente de Belém e com isso ter o seu desenvolvimento consolidado, é a criação do Estado do Tapajós. “O Governador tem desprezo pelo povo de Santarém e pelo Oeste do Pará. Infelizmente, nosso povo ainda não entendeu que é viável para todos nós, a criação do Estado do Tapajós. Durante a gente não ter a nossa independência, vamos continuar reféns da vontade do Governador e da marginalidade que impera na região”, argumenta o líder comunitário.
Mário Gomes aponta os principais problemas cometidos pela gestão estadual em Santarém: “O estádio de futebol até hoje não foi concluído. Está pra começar o inverno e a situação da cidade é calamitosa. A falta de segurança pública também é muito grande. Onda assaltos, arrombamentos e até seqüestro já estão acontecendo aqui na cidade de Santarém. Infelizmente, nós não temos pra quem recorrer”, reclama.
Segundo ele, a sociedade tem recorrido à administração pública querendo melhorias, mas o Governador não atende nenhuma solicitação vinda de Santarém e das cidades vizinhas que compõem a Calha Norte e o Oeste do Pará. “Vamos continuar batendo na mesma tecla, até o nosso povo entender que somente ganhando nossa independência com a criação do Estado do Tapajós, vamos sair desta solidão e deste abandono”, comenta Mário Gomes.
Para ele, pelo que acontece com Santarém totalmente abandonada, tudo leva a crer que para o Governador, o Estado do Pará é somente a Região Metropolitana de Belém (RMB), onde o restante das cidades, ele esquece que existe. “Na verdade, ele não gosta do povo de Santarém. Ele gosta do povo de Belém. Eu, como cidadão, venho aqui pra cobrar o direito, que é nosso. Nós pagamos nossos impostos e ainda tem os royalties, que levam aqui das nossas mineradoras e, esse dinheiro não volta pra Santarém e as cidades da Calha Norte. É por isso que estamos abandonados e vou continuar cobrando melhorias pra nossa região”, avisa Mário Gomes.
INSEGURANÇA: O líder comunitário Mário Gomes declarou que gostaria que o Governador do Pará mostrasse serviço e garantisse segurança pública à população local, como manda a Constituição Federal.
Segundo ele, diariamente é possível observar todo tipo de violência que acontece na grande área do Maicá, São José Operário, Jutái e Urumari, onde ‘rola solto’ o tráfico de drogas, a disputa por ‘clientes’ e ‘bocas de fumo’, entre os traficantes, sem falar no grande número de assaltos, fazendo com que a zona leste de Santarém se torne, praticamente um ‘território sem lei’.
“O bairro São José Operário encontra-se abandonado. Nossas ruas estão escuras, o tráfico de drogas é muito forte e a prostituição infantil impera. Temos constantemente assaltos, arrombamentos, espancamentos, mortes e crimes hediondos”, expõe o líder.
Para Mário Gomes, a população não tem mais a quem recorrer, a não ser a Deus. “O governador Simão Jatene vira as costas para nossa comunidade e pra nossa cidade. Ele, até o momento, não fez absolutamente nada em favor da nossa sociedade!”, exclama.
Mário Gomes esclarece que está mais uma vez reclamando e reivindicando melhorias, por acreditar que o que está pedindo não é favor nenhum, mas um direito do cidadão brasileiro que está explícito na Constituição Federal e, que garante segurança pública a todos.
“A segurança é dever do Estado e não favor que eles prestam à sociedade. Nossa reclamação é justa, porque a escuridão e tudo o que não presta impera na periferia da nossa cidade”, diz Mário Gomes, denunciando que o tráfico de drogas está levando muitos jovens ao caminho da marginalização e, que só um bom acompanhamento governamental daria um novo formato a juventude santarena.
Por: Manoel Cardoso
