CPI suspeita que ex-namorada de presidente da CBF pode ter sido usada como laranja
Por iniciativa do senador Romário, a modelo e apresentadora Carolina Galan, ex-namorada de Marco Polo Del Nero, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), pode ter os seus sigilos fiscal, bancário e telefônico quebrados pela Comissão Parlamentar de Inquérito do Futebol (CPI). Há a suspeita de que Carolina tenha sido usada como intermediária em transações em benefício de Marco Polo, e a comissão pretende investigar se algumas doações feitas a ela tiveram como finalidade trazer alguma vantagem ilícita ao presidente da CBF.
Os depósitos bancários datam de 2013 até 2014, quando os valores repassados para Carolina atingiram a soma de R$ 1,1 milhão. À época, esta quantia correspondia a aproximadamente 20% dos rendimentos de Del Nero. Caso estas informações sigilosas sejam obtidas pelos parlamentares, a comissão poderá averiguar se a modelo declarou este valor. O relacionamento amoroso dos dois durou de 2010 até 2014.
O desejo do ex-jogador, contudo, encontra forte oposição dentro do Senado Federal. Ligado à CBF, o senador Romero Jucá (RR), relator da CPI, não é favorável à quebra destes sigilos.
O assunto já foi discutido em uma sessão privada entre os senadores integrantes da CPI, mas o requerimento do senador fluminense só deverá ser apreciado e votado em um próximo encontro, que deverá acontecer ainda durante esta semana.
Além da tentativa de esclarecer dúvidas referentes às movimentações financeiras que ligam o cartola à ex-namorada, Romário também protocolou requerimentos que visam a obtenção de informações sigilosas sobre Rogério Caboclo, diretor financeiro da CBF, Júlio Avelleda, ex-secretário-geral da entidade, e José Maria Marin, antecessor de Del Nero na presidência da CBF.
Procurada, a assessoria de imprensa da CBF informou que não se manifestaria sobre o assunto. A assessoria de Carolina Galan não retornou o contato feito pelo EXTRA.
Fonte: Extra