Vergonha – Urubus invadem Orla da Cidade

Localizada em um cenário paradisíaco no encontro das águas dos rios Tapajós e Amazonas, no coração da Floresta Amazônica, Santarém se consolida como um dos principais atrativos turísticos da região Norte do Brasil. Porém, nas últimas semanas, o acúmulo de sujeira na orla da cidade vem ofuscando a sua beleza. Por conta da sujeira, uma revoada de urubus foi vista no último sábado, na Avenida Tapajós, na área central da cidade. Nossa reportagem flagrou o momento em que dezenas de urubus tomaram conta da Avenida Tapajós e de várias lojas às proximidades.

Lixo é visto por quem trafega em vários pontos da orla. Dezenas de pessoas reclamam da grande quantidade de sujeira, o que pode estar contribuindo para a permanência dos urubus na via. Comerciantes e transeuntes são apontados por moradores como os principais responsáveis pela sujeira, na orla da cidade.

A nova Orla Fluvial de Santarém fundada em 2001 é considerada um dos pontos turísticos mais visitados e, que embeleza a frente da cidade, dando um charme todo especial. A grande maioria dos eventos que acontecem em Santarém é realizada na Orla, local privilegiado e ponto de encontro da juventude da cidade. Porém, a falta de manutenção do espaço público virou motivo de denúncia de dezenas de pessoas.

A sujeira que toma conta de Santarém afeta os principais cartões postais da cidade. A orla do Município virou um imenso depósito de lixo a céu aberto. Em vários pontos é possível notar o amontoado de entulho acentuando o desleixo do Poder Público com a coleta de lixo.

Além do lixo acumulado, a ocupação do espaço por usuários de drogas também gera críticas de quem freqüenta a orla de Santarém. O trenzinho construído na orla para ser mais um espaço de diversão das crianças, se transformou em ponto de encontro para o consumo de drogas na cidade. Moradores e trabalhadores próximos à orla reclamam da sujeira, do barulho e do incômodo causados pelos viciados.

O espaço foi inaugurado pela Prefeitura como parte do Projeto Orla, em 2008, contando com símbolos que destacam a cultura do Pará e realçando a fauna e a flora da região, retratando o peixe, a tartaruga e o boto.

Funcionários que trabalham no Mercado Municipal dizem que nem mesmo uma base da Polícia Militar, o PM Box, a um quarteirão do local, intimida os usuários. Eles relatam que a PM é acionada e dispersa os ocupantes do trenzinho, mas eles retornam depois que os policiais vão embora.

OUTROS PROBLEMAS NA ORLA: Já se foi o tempo em que as pessoas podiam caminhar livremente e sem perigo pela orla de Santarém, no Oeste do Pará. Nos dias de hoje isso está quase impossível, devido aos diversos perigos em que esse logradouro público se transformou.

Entre os problemas, um grupo de moradores de rua “pés inchados” transformou o trecho entre a Praça do Relógio e o Mercado Modelo em domínio próprio. Quando um praticante de caminhada passa pelo local, é afrontado pelos “pés inchados” que cobram dinheiro para comprar cachaça.

Outro fato denunciado por usuários da orla é a presença de hippies em vários pontos do logradouro público, que fazem o que querem e não são incomodados. Inclusive droga é consumida livremente por eles. No trecho localizado em frente ao bar Mascotinho, os hippies tomaram conta e até redes eles atam nas árvores, fazendo com que dezenas de pessoas que freqüentavam o local se afastassem, nas últimas semanas.

No último final de semana, um advogado que fazia sua caminhada diária pela orla da cidade sofreu tentativa de assalto, mas o advogado conseguiu dar um tapa no ladrão, que caiu orla abaixo. Mesmo assim o advogado teve um corte em sua mão e foi medicado no Pronto Socorro Municipal de Santarém. Outras pessoas já foram vítimas de agressões e foram assaltadas durante suas caminhadas.

Por: Manoel Cardoso