Audiência pública em Itaituba promove debate sobre possíveis impactos de hidrelétrica
O Ministério Público Federal (MPF) publicou nesta terça-feira, 3 de maio, edital com convite a todos os cidadãos de Itaituba e região oeste do Pará para participação em audiência pública sobre possíveis impactos da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, que o governo federal pretende instalar no rio Tapajós.
A audiência pública será realizada no próximo dia 25, a partir das 14 horas, no Instituto Federal do Pará – campus Itaituba (IFPA-Itaituba), localizado na Estrada do Jacarezinho, km 5, s/n, bairro Maria Madalena, em Itaituba.
Assim como em audiência pública sobre o mesmo tema realizada em janeiro em Santarém, com o evento em Itaituba o MPF pretende novamente estimular o compartilhamento de dados úteis para que a população do oeste paraense possa conhecer mais aprofundadamente o projeto e suas possíveis consequências.
A programação da audiência pública prevê a apresentação de detalhes sobre o processo judicial por irregularidades no licenciamento ambiental e investigações do MPF sobre o projeto. Em seguida cientistas e outros especialistas apresentarão as principais falhas e omissões nos estudos ambientais.
Também serão discutidos os principais impactos sociais, ambientais, econômicos e turísticos decorrentes desse tipo de empreendimento. Pesquisadores e representantes do MPF apresentarão as irregularidades encontradas durante o planejamento e instalação da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, e a possibilidade de reincidência do mesmo tipo de ilegalidade no Tapajós. Especialistas debaterão a realidade energética brasileira.
O público-alvo da audiência é toda a sociedade de Itaituba e região, movimentos sociais, organizações indígenas e de povos tradicionais, universitários, dentre outros. Também foram convidados representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Centrais Elétricas do Brasil (Eletrobrás), da prefeitura de Itaituba e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Fonte: RGB 15/O Impacto e MPF