Pará tem 29 casos notificados de microcefalia, diz boletim
O Informe Epidemiológico de Microcefalia divulgado ontem (18) pelo Ministério da Saúde confirmou 29 casos notificados de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita no Pará. Desses, 28 são casos suspeitos (em investigação) e um já foi confirmado. O boletim, com dados apurados pelas secretarias estaduais de saúde até 14 de maio, repete os números do Pará da última semana (até 7 de abril).
Já em todo o Brasil, o número de casos confirmados passou de 1.326 para 1.384 em uma semana. No total, foram notificados 7.534 casos suspeitos desde o início das investigações, em outubro de 2015, sendo que 3.332 permanecem em investigação (eram 3.433). Outros 2.818 foram descartados por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia e ou malformações confirmadas por causa não infecciosas ou não se enquadrarem na definição de caso.
Os 1.384 casos confirmados em todo o Brasil ocorreram em 499 municípios, localizados em 26 unidades da Federação. Não há registro de confirmação apenas no estado do Acre. Desses casos, 207 tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus Zika. O Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.
Em relação aos óbitos, no mesmo período, foram registrados 273 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto) no país. Destes, 59 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 177 continuam em investigação e 37 foram descartados.
O Ministério da Saúde ressaltou que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.
A pasta orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
Fonte: O Liberal