Reginaldo: “Coordenador da Sefa é mal educado e ignorante”
A vida do empresariado santareno não tem sido fácil. Além da crise econômica que afeta o Município, o empreendedor é constrangido em relação às imposições realizadas pela Regional da SEFA em Santarém. O coordenador do órgão, Nivaldo Brederode, foi o responsável por tornar a Regional que comanda, na primeira em arrecadação em todo o estado do Pará. No entanto, segundo denúncias de empresários, a maneira arrogante e ignorante que trata os contribuintes, tem dificultado a vida daqueles que atuam no mercado.
São tantas a denúncias, que o tema foi abordado na Câmara Municipal, o presidente da ‘Casa do Povo’. Vereador Reginaldo Campos (PSC), em pronunciamento na tribuna, na terça-feira (17), disse que o Governo do Estado age como um opressor contra Santarém.
Segundo Reginaldo Campos, essa opressão se dá principalmente com a cobrança dos impostos junto ao empresariado local, no momento em que o País passa por uma crise econômica grave, comparada, segundo ele, à de 1929, quando houve uma grande depressão na economia. “Portanto, uma crise sem paralelo e o Estado do Pará está com a sua mão forte opressora, buscando arrecadar a qualquer custo onde já há dificuldades”, ressalta.
De acordo com Reginaldo Campos, o coordenador local da Fazenda Estadual, Nivaldo Brederode, está cobrando austeridade fiscal, num momento em que é preciso buscar o diálogo, ter alternativas criativas para arrecadar. “O Estado precisa arrecadar para pagar salários dos servidores, viabilizar obras. Mas, para isso precisa haver o diálogo, o que não está havendo em Santarém, através do coordenador da SEFA local, que está oprimindo nosso empresariado e não aceita conversar”, diz.
O Vereador foi enfático ao afirmar que o atual coordenador da SEFA em Santarém “é ignorante, mal educado, não age com equilíbrio e pessoas assim não merecem trabalhar em um órgão público, e não queremos em nosso Município”, disse o presidente da Câmara Municipal de Santarém.
Em contato com nossa equipe de reportagem, Reginaldo Campos declarou que o assunto é de extrema importância, pois se está falando de uma ação que impacta negativamente no desenvolvido e geração de empregos na cidade.
“Nós fomos procurados por empresários e comerciantes, de Santarém da região oeste do Pará, preocupados com a forma como a SEFA vem agindo. De maneira arbitrária, sem dialogo. Diferente de outras vezes, onde havia esse diálogo. O Estado precisa urgentemente trabalhar a questão da Educação Fiscal na nossa região, e não exigir aquilo que ele não pode. Porque nossa região está com dificuldade econômica, precisando de apoio, e não de uma mão forte do Estado para vir prejudicar ainda mais o desenvolvimento da nossa região oeste do Pará”, declarou.
O legislador, disse que “entende que o Estado precise arrecadar, para manter seus compromissos, mas não pode arrecadar de qualquer forma. Tem que a haver diálogo com a comunidade empresarial de Santarém e do Oeste do Pará, e espera que a SEFA local atenda as solicitações”.
Campos também informou que o assunto foi tema de reunião junto ao vice-governador do Estado, que é de seu partido, e com o secretário da Fazenda, Nilo Noronha. Nas reuniões, o Vereador solicitou providências com relação ao que vem ocorrendo em Santarém, sobre a atuação da SEFA Regional e da forma como seu coordenador trata o empresariado local.
Reginaldo Campos pediu, ainda, que haja uma fiscalização mais efetiva da SEFA com relação aos produtos das zonas francas de Manaus e Macapá, que fazem circular seus produtos em Santarém, dificultando ainda mais a vida do empresariado local, somando-se a isso, o crescimento do índice de desemprego.
VOLTANDO À ÉPOCA DO BRASIL COLÔNIA: A população, que através dos impostos que paga, deveria ter retorno em serviços e investimentos, está sendo lesada. Por todo Município, obras paralisadas ou que estão seguindo a passos de lesma, são o retrato de que como o cidadão tem usurpado o seu suado dinheiro.
Lideranças comunitárias, já fazem analogia, da atual situação que Santarém vem enfrentando, com a época do Brasil-Colônia, onde os impostos arrecadados aqui no País eram enviados para Portugal, mantendo assim a vida de ostentação da Corte Portuguesa.
A única diferença, é que não é Portugal o destino, mas, sim a capital do estado, Belém e sua Região Metropolitana.
Por: Edmundo Baía Junior