Obra do estádio Colosso do Tapajós abandonada por Jatene
Será que os políticos de Santarém e os diretores dos clubes se contentaram apenas com gramado novo? Infelizmente, a resposta já se sabe! As cobranças pararam, e como diz o ditado, – Quem cala, consente!
Quando, na história do futebol santareno, a dupla Rai-Fran disputou junta uma competição nacional? Bem, há um consenso entre os desportistas de que, se tal fato histórico não é suficiente para que tenhamos um estádio completo e bem equipado – que deveria ser uma bandeira de luta dos políticos e dirigentes das equipes -, como prometido pelo governo estadual, nada mais será capaz de fazer isso acontecer.
Então, já passou da hora dos políticos de coragem, se unirem novamente, – como na época da questão do gramado – para que a obra do estádio Colosso do Tapajós seja concluída.
Arrastando-se por vários anos, pouca coisa foi concluída. Um ciclo de quatro anos é pouco? Será que nossas autoridades deixarão novamente o governador Jatene, na próxima eleição, vir fazer campanha para seu sucessor, prometendo novamente a conclusão das obras do estádio?
SEM PREVISÃO DE ENTREGA: Deixando de cumprir o cronograma da obra por inúmeras vezes, o governo estadual não divulga uma data, para que a obra seja concluída e entregue para a população santarena.
De acordo com o administrador do estádio Colosso do Tapajós, Lúcio Santarém, apesar do ritmo desacelerado, e de não ter uma data oficial para entrega, as obras estão acontecendo.
“As obras no estádio estão acontecendo, porém, não em ritmo acelerado, mas ela nunca deixou de acontecer. Neste momento, estão concluindo as arquibancadas da parte inferior. Também tem a questão da revitalização da parte que existe, como por exemplo, a área das cabines de imprensa”, diz o administrador.
JOGOS DA SÉRIE D: Segundo informações repassadas por Lúcio Santarém, o estádio tem laudo de vistoria com validade até o final deste ano, e que o mesmo deve manter sua capacidade máxima de público em oito mil torcedores.
“Nós temos o laudo com validade até o final. Aguardamos a vinda da comissão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para que ela analise e verifique se tem alguma pendência, para que assim a gente possa tomar as devidas providências” informa Lúcio.
O DESPERDÍCIO DO DINHEIRO SUADO DO POVO: O santareno vê aproximar-se mais uma eleição municipal, após de ter visto a reeleição do governador Simão Jatene, que em campanha eleitoral visitou vários municípios da região, com promessas de ações para melhorar a infraestrutura e a qualidade de vida da população, inclusive, pregava seu comprometimento em trabalhar de forma descentralizada. Em cada obra, as placas são obrigação legal e é necessária ter as informações relativas ao investimento realizado naquele projeto, citando no mínimo, o valor total da obra, órgão a qual pertence a despesa, data de início e término, bem como a empresa executora. As placas do governo do Estado acrescentam ainda a frase: “O imposto que você paga está aqui”. O que poderia soar como uma ousadia, resultado do excelente trabalho que o governo vem desenvolvendo, vira piada daquelas de muito mau gosto. Se o dinheiro está aqui, por que a obra se encontra paralisada ou executada a passos de tartarugas?
A cada dia cresce a insatisfação da população, que está cansada de esperar de tais investimentos sejam concluídos. Em Santarém é grande o número de projetos não concluídos. O Estádio Colosso do Tapajós, Ginásio Poliesportivo e reformas em diversas escolas são exemplos da falta de zelo na utilização do dinheiro público.
“A má fé é tanta que a placa da obra não informa a data de início e nem de seu término”, diz João Raimundo, morador que reside próximo ao estádio Colosso do Tapajós.
GINÁSIO PARA BANDIDOS: Os moradores que residem próximo à área onde está sendo construído o Ginásio Poliesportivo, reclamam, além, do abandono da obra, o dês-serviço prestado pelo governo do Estado, que acabou com uma área de lazer importante para comunidade, que agora serve somente para bandidos e marginais usarem drogas e cometerem ilícitos, sem falar do grande criadouro de mosquitos.
LOGRADOUROS PÚBLICOS ABANDONADOS: Nesta semana, de forma indignada, a vereadora Ana Elvira (PT), durante a sessão na Câmara de Vereadores, pediu providências do Executivo quanto ao abandono de importantes logradouros públicos de Santarém, onde foi investido muito dinheiro e hoje a população não pode desfrutar. Como exemplo, ela cita o Parque da Cidade, “que está ficando perigoso, onde ninguém pode mais fazer caminhadas, porque está sendo renegado pelo poder público”.
Ana Elvira também citou as praças da Prainha, bairro onde ela e os vereadores Silvio Neto e Maurício Corrêa residem, como é o caso da Praça São Sebastião e Gigi Alho (nome dado em homenagem ao pai da Vereadora, já falecido) que, segundo ela, hoje é um antro de desocupados, viciados em drogas e prostituição em plena luz do dia. Esses logradouros estão em péssimas condições. “São praças bonitas e importantes para o entretenimento das famílias, que hoje estão oferecendo até mesmo risco para o direito de ir e vir das pessoas” assegura.
De acordo com a legisladora, a razão para o abandono desses locais é a falta de gestão do atual governo. Diante de tantas denúncias recebidas junto a comunidades e aos meios de imprensa, Ana Elvira solicitou à Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (SEMTRAS) que faça um trabalho social junto às pessoas que usam a praça Gigi Alho para atividades criminosas, “que elas sejam coibidas de estarem ali fazendo o que não presta, para que as pessoas de bem possam desfrutar desse local”, determinou a Vereadora.
PARQUE DA CIDADE: Alvo de inúmeras denúncias por parte de nossos leitores que frequentam o logradouro público – realizamos reportagem publicada na edição 1093 do Jornal O Impacto, com o título ‘Descaso – Parque da Cidade abandonado pelo poder público’. Após repercussão junto às autoridades, os usuários já podem verificar alguma melhoria na limpeza do espaço de entretenimento, esporte e lazer dos santarenos.
Por: Edmundo Baía Junior
Fonte: RG 15/O Impacto