Alberto Batista: “Comércio santareno vive pior crise dos últimos tempos”
Uma crise sem precedentes, tanto moral, quanto política e financeira, está colocando em polvorosa o povo e principalmente a classe empresarial. O presidente do Sindilojas, empresário Alberto Batista de Oliveira declarou ao jornal O Impacto: “Estamos bastante preocupados com a situação que o comércio atravessa neste ano de 2016”.
Conforme o empresário, desde o ano passado a crise se pronunciava. “Mas este ano a queda nas vendas está muito mais acentuada. Seguramente podemos afirmar que em relação ao ano passado as empresas estão com 30 a 40% com queda em seus faturamentos, gerando quadro de incerteza, de estabilidade, com bastante demissões”, citou com tristeza o presidente do Sindilojas.
Alberto Batista disse que os dados econômicos colhidos no mês de abril, mostraram queda em 50 postos de trabalho. “Nossa preocupação é que no mês de maio estes índices negativos tenham aumentado consideravelmente”, citou o líder do comércio lojista santareno.
Um dos maiores indicativos da crise são as lojas fechadas; os pontos à venda ou com placa de aluga-se no centro comercial. “Isso mostra que houve um fechamento de muitas empresas. Só na Rua Siqueira Campos temos 16 pontos comerciais disponíveis para aluguel, isso é bastante preocupante, porque o comércio é a principal fonte de economia do Município”, ressaltou.
“Esse aumento no desemprego, essa queda nas vendas, pode causar uma situação bastante preocupante para economia”, avisou o empresário. “Seguramente, essa é uma das maiores crises que o comércio atravessa, esse cenário de incerteza gera muita preocupação para os empresários, além do que o acesso ao crédito ficou mais restrito e caro”, destacou.
Alberto Batista citou, também, que o número de inadimplentes ficou muito forte e muito alto. “Além da diminuição do crédito; as operadores de cartão reduziram o limite de crédito para o usuário”, disse o empresário.
FANTASMA DA RECESSÃO À SOLTA: Dados recentes do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) indicaram que também na zona rural, o fantasma do desemprego se materializou com seus tentáculos destruidores. Sem ajuda de caça fantasmas para afugentar a recessão da economia nacional. O Pará foi o Estado que mais perdeu emprego formal no campo na região Norte do País no mês de abril, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos. O balanço feito pelo órgão indicou queda de 264 postos de trabalho no setor agropecuário. No mesmo período do ano passado (Abr/2015), o setor também apresentou queda na geração de Empregos Formais, só que menor que o verificado este ano. Foram feitas naquela oportunidade, 2.086 admissões contra 2.199 desligamentos, gerando um saldo negativo de 113 postos de trabalhos.
Comparados com os demais estados da Região Norte, o Pará lidera como o Estado que possui o maior saldo negativo de emprego formal no comparativo entre admitidos e desligados, com perda de 264 postos de trabalho. O Tocantins vem em segundo, com 152, e Rondônia o terceiro, com 50 perdas. O Acre foi o Estado que teve o melhor destaque positivo no setor com geração de 42 novos postos de trabalho.
No confronto do balanço sobre a Flutuação dos Postos de Trabalhos no Setor da Agropecuária no Pará nos últimos 12 meses (maio de 2015 a abril de 2016), o Pará teve saldo negativo de empregos formais no comparativo entre admitidos e desligados com queda de 5,61%. No período analisado, foram feitas no Setor em todo o Pará 28.179 admissões contra 31.211 desligamentos, gerando um saldo negativo de 3.032 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o Pará foi o grande campeão no desemprego no campo na Região Norte, ficando à frente de Rondônia, com perda de 59 postos de trabalho. Pior que essa tempestade de recessão, parece que se alonga a cada momento e ninguém acena com uma solução para um final feliz.
Por Carlos Cruz
Fonte: RG 15/O Impacto
Nao se trata apenas de crise.
o q tem feito as lojas fecharem é o “efeito shopping”.
Pra q ir no centro passar calor ou ficar com os pés dentro da água se no shopping tem ar condicionado, segurança, cinema e praça de alimentação num padrão mto melhor?
Santarém ta vivendo um momento que outras cidades já viveram. Pra mudar isso a primeira coisa é cair preço dos alugueis das lojas do centro a fim de baixar custo do empresario e este repassar ao consumidor preços mais baixos e mais atrativos q no shopping. Aí quem sabe.