Fórum de debates do Corredor Arco Norte reúne dois ministros do Governo Temer em Santarém

Ministros Helder Barbalho e Maurício Quintella
Ministros Helder Barbalho e Maurício Quintella

Políticos, empresários e demais representantes de vários estados confirmaram presença no “Fórum de Debates: A Logística Voltada Para o Arco Norte”, que busca viabilizar o transporte pela Região Norte, que acontece nesta sexta-feira, 24, em Santarém, oeste do Pará. O evento está previsto para iniciar as 09h, com encerramento programado para as 17h, no Barrudada Tropical Hotel.

Segundo a coordenação, já confirmaram presença o titular do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, e o ministro da interação nacional, Hélder Barbalho, além de Lúcio Vale, deputado federal do Pará, Remidio Monai, deputado federal de Roraima, Eraldo Pimenta, deputado estadual do Pará, diversos deputados estaduais de Roraima, prefeitos e autoridades da Região Norte.

De acordo com a coordenação do Fórum, se estendendo de Rondônia até a Bahia, a nova rota de escoamento da produção agrícola tem seus principais portos e investimentos no Pará, firmando-se como opção viável aos tradicionais terminais do Sul e Sudeste, que ainda embarcam 80% da soja.

Somente no ano passado, as exportações totais pelo chamado Arco Norte foram de 20 milhões de toneladas, 54% superiores às de 2014, segundo o Ministério da Agricultura. Para 2016, a previsão é de novo crescimento, mas não sem um atraso nos embarques. O tempo seco no Centro-Oeste no segundo semestre de 2015 atrasou o plantio e, em fevereiro, a chuva prejudicou a colheita e o transporte de soja pela BR-163, principal eixo rodoviário do Arco Norte.

A atratividade do escoamento pela região – o custo mais barato em relação aos portos de Santos e Paranaguá (PR) – só não é maior justamente porque as ligações entre as áreas produtoras e os terminais nos rios amazônicos apresentam graves deficiências. A BR-163 tem mais de 200 km sem pavimentação. Já o projeto da Ferrogrão, elaborado por tradings e que prevê a implantação de uma ferrovia de 1 mil km entre o médio-norte de Mato Grosso e Miritituba, distrito de Itaituba no sudoeste do Pará, às margens do Rio Tapajós, ainda não saiu do papel, apesar de promessas do Governo Federal.

Mesmo com as dificuldades e eventuais atrasos no transporte, pelas estimativas do governo do Pará, estado que concentra o maior número de portos da região, o custo logístico para o produtor do Centro-Oeste exportar por Vila do Conde, em Barcarena, ou Santarém é de US$ 20 a US$ 30 por tonelada menor do que enviar a produção para Santos e Paranaguá. De olho nesses cálculos, as principais tradings com operações no País estão investindo na região há pelo menos três anos. No Pará, elas teriam, também, uma rota mais curta para chegar ao Canal do Panamá e, de lá, até o principal comprador da oleaginosa brasileira, a China.

Fonte: RG 15/O Impacto

 

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