Ivete Bastos: “Governador Simão Jatene é irresponsável”
Avereadora Ivete Bastos (PT) acusou o governador Simão Jatene de não ter responsabilidade com a região Oeste do Pará. “Tudo o que vem acontecendo com a COSANPA é reflexo da irresponsabilidade do governador Simão Jatene com esta região”, disparou, ao comentar o caos ao qual está entregue a COSANPA na região e particularmente em Santarém.
A Vereadora se disse indignada em saber que de todo o dinheiro arrecadado em Santarém e região, apenas R$ 7 mil são repassados mensalmente para a Gerência Regional o que, segundo ela, não dá nem para comprar papel para os escritórios da companhia. “Muito menos para fazer manutenção dos equipamentos. Por isso, está na hora de uma atitude radical”, sugestionou.
Ivete Bastos pediu ao Ministério Público que exija do governador do Estado uma solução quanto ao fornecimento de água, não só em Santarém, mas em toda a região. Para ela, tudo na COSANPA está sucateado. “Os servidores, inclusive, estão em greve, isso significa que nem eles têm recebido atenção devida da companhia. Sem condições de trabalho, eles sentem vergonha da má qualidade do serviço prestado à população”, apontou.
Ivete Bastos denunciou que caminhões da companhia estão parados embaixo de uma mangueira, e empresas terceirizadas pararam de atuar por não receberem seus pagamentos. “A situação pode ficar ainda pior, pois os poços que seriam revitalizados estão sem condições de serem recuperados. Isso é ainda mais grave do que vinha sendo mostrado. Agora foi aberta a caixa preta da COSANPA”, disparou.
Depois da reunião do último dia 16, entre vereadores e a Gerência Regional da COSANPA, onde as constatações foram feitas, Ivete diz que é preciso união de esforços para saber por que em outras regiões do Estado a empresa atua “e aqui presta um serviço de péssima qualidade”.
O caso é sério e deve ser rapidamente analisado pelo Ministério Público. Isso sem falar no material de amianto das tubulações, que são bastante antigos e não são mais usados nas principais cidades do Brasil e do mundo, em virtude deste material ser cancerígeno e prejudica a população. Aqui em Santarém parece que o governo do Estado não está nem um pouco preocupado e esse material que ainda é usado em várias partes da cidade. Os órgãos ligados à saúde devem entrar em ação e cobrar do Ministério Público uma punição severa ao estado, por descaso à saúde pública da população santarena. A gerência da Cosanpa em Santarém está de mãos atadas, pois o Estado não manda recursos para que esses equipamentos sejam retirados.
MORTE DE CRIANÇA PODE TER SIDO POR NEGLIGÊNCIA MÉDICA: Ivete Bastos criticou mais uma vez a situação precária que a população de Santarém vive em diversos setores, a exemplo dos serviços essenciais, como a saúde. “Eu considero negligência por parte do atendimento da UPA, que provocou a morte de mais uma criança, em Santarém, depois de repetidas vezes ter recebido uma negativa de que não tinha problemas de saúde”.
A Vereadora detalhou que a criança teve parada cardíaca, mas por conseqüência de uma pneumonia avançada e, segundo Ivete, se não houve negligência, mas há um visível descaso para com o sistema de saúde pública em Santarém.
A Vereadora disse que a mãe da criança Ana Clara, de quatro anos de idade, foi três vezes levá-la à UPA, mas não foi diagnosticada. Disseram apenas que a criança não tinha nada e orientaram que retornasse para casa. No entanto, disse Ivete, em exame fora da UPA foi constatado que a criança estava com pneumonia, foi quando os pais procuraram o Hospital Municipal, mas como a doença já estava muito avançada, a criança veio a falecer na quinta-feira, dia 16 de junho.
Ivete Bastos disse que se sente muita abalada pelo óbito de mais uma criança, pois Ana Clara já estava estudando na Escola Municipal Sérgio Henn e teve a vida ceifada por falta de mais atenção ou quem sabe até por negligência. Além disso, segundo Ivete, todos os meses são feitas denúncias sobre a falta de um bom atendimento, pois ela não sabe se é pela falta de profissionalismo dos médicos ou de problemas nos laboratórios, para diagnosticar as doenças com mais precisão. “Não sei o que acontece, mas quando o médico diz que a pessoa não tem nada e manda que vá pra casa, o paciente não está sendo investigado completamente pra ver se pode fazer alguma coisa ou não e isso é lamentável”, criticou.
Por: Edmundo Baía Junior