Bairros planejados avançam em Parauapebas

Bairro Planejado Cidade Jardim, em Parauapebas .
Bairro Planejado Cidade Jardim, em Parauapebas

O conceito de bairro planejado, produto ainda recente no urbanismo brasileiro, ganha espaço no município de Parauapebas, localizado a 700 quilômetros da capital Belém. Atualmente, a expansão ordenada da cidade, que tem 189.921 habitantes, de acordo com dados de 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está diretamente relacionada com esse modelo de urbanização. Para se ter uma ideia, estima-se que hoje mais 16% da população resida em locais inseridos nesta formatação, sendo que, entre cinco e dez anos, tal número deve avançar para 55%.

As áreas urbanizadas neste padrão geralmente ocupam grande extensão territorial e, por isso, estão relativamente afastadas do centro.  Com a intenção de se criar o senso de comunidade entre os moradores, são dotadas de equipamentos comunitários, arborização, ruas largas, sistema viário e infraestrutura básica. Outra característica dos bairros planejados abertos é a oferta de lotes de uso misto, ou seja, que podem ser comerciais ou residenciais. Esse aspecto garante o fortalecimento do comércio na região, permitindo que os moradores trabalhem ou façam compras nas proximidades de casa.

PIONEIRA

Em Parauapebas, o conceito de bairro planejado foi implantado, em 2008, pela Buriti Empreendimentos, com o Cidade Jardim. Atualmente, o residencial está em sua 11ª etapa, a qual foi lançada em 2013. No total, o empreendimento ocupa uma área de 8.523.348,62 m2, com 21.596 lotes disponibilizados para venda. “Neste bairro, já existem escolas, igrejas, mercados, lojas varejistas, padarias, farmácias, áreas de lazer, bares e restaurantes, além de equipamentos de uso comunitário introduzidos pelo município como creche e Unidade de Pronto Atendimento. Contempla ainda serviços urbanos como iluminação pública e coleta de lixo”, relata Sidney Guimarães Penna, diretor da Buriti.

Além do Residencial Cidade Jardim, situado na zona de expansão do município, a incorporadora também lançou, em 2012, o Jardim Ipiranga, que tem área de 513.941 m2, sendo 1.315 lotes; e o Jardim Tropical – 1ª e 2ª etapas, com 1.271.734,45 m2 de extensão, sendo 3.403 lotes. Moisés Carvalho Pereira, que também é diretor da Buriti, acredita que esses empreendimentos têm muita procura porque atendem aos anseios da população. “Nossos residenciais primam pelo esmero e cuidado desde a execução até a manutenção. Dispõem de itens diferenciados da realidade paraense, como rede de distribuição de água e rede de drenagem pluvial. Além disso, a possibilidade de aquisição da unidade diretamente com a empresa, sem a necessidade de agentes financeiros intermediários, faz com que a comercialização seja potencializada”, explica.

Outro diferencial dos terrenos situados em bairros planejados, segundo Moisés Carvalho Pereira, é seu poder de valorização. Ele cita que, nas primeiras etapas do Residencial Cidade Jardim, a média de preço de um lote de 237 m2 era de R$ 26 mil. “Atualmente, considerando-se a média de todas as etapas do empreendimento, o valor gira em torno de R$ 60 mil. Penso que o preço dos lotes tende a se estabilizar com o tempo. Mas acredito que o pico da valorização ainda não chegou. A tendência geral de mercado é que os lotes mantenham sempre maior taxa de valorização do que a das edificações”, analisa.

RESGATE DA QUALIDADE DE VIDA

O conceito de bairro planejado é originário do Novo Urbanismo (New Urbanism), movimento que surgiu nos Estados Unidos entre as décadas de 1980 e 1990. O modelo propõe o resgate da qualidade de vida, o convívio em comunidade e a valorização do meio ambiente. Os bairros planejados são pensados para oferecer conforto e o lazer em família. A ideia é recriar nas grandes metrópoles o jeito interiorano de viver, aliando a comodidade de ter serviços próximos, fácil acesso ao centro e tranquilidade de morar em um espaço planejado e cercado de áreas verdes.

NÚMEROS DA BURITI EMPREENDIMENTOS EM PARAUAPEBAS

ü    Área Total Loteada: 10.309.024,07 m²;

ü    Área de APP (área de proteção permanente em cursos d’água): 331.983,22 m² – 3,36%

ü    Áreas institucionais (a serem utilizadas pelo poder público para implantação de equipamentos comunitários): 215.550,23 m² – 2,15%

ü    Áreas Verdes (destinadas para praças e arborização): 837.034,50m² – 8,96%

ü    Sistema viário: 2.667.901,49 m² – 26,36%

Fonte: RG 15/O Impacto e Duo Comunicação

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