Farinha aumenta 62% e encarece alimentação
Apesar de o Pará ser o maior produtor de mandioca do País, preço da farinha chega a R$7 o quilo Bastante consumida pelos paraenses, a farinha de mandioca teve um reajuste de 62,24%, no 1º semestre deste ano, chegando a custar R$ 7 o quilo. Essa alta, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), contribui para que a alimentação dos paraenses seja uma das mais caras do Brasil.
No mês passado, a cesta básica no Estado custou R$ 419,28, comprometendo quase a metade do salário mínimo, de R$ 880. A pesquisa do Dieese foi feita nas feiras e supermercados de Belém (veja a evolução do preço, à direita). O mais contraditório, segundo o Dieese, é que os reajustes na farinha ocorrem no Pará, o maior produtor de mandioca do País.
ARTESANAL
As causas desses constantes aumentos no preço da farinha e de outros produtos básicos da mesa dos paraenses, de acordo com a pesquisa, passam por fatores estruturais. A maior quantidade do produto consumido na capital vem de municípios próximos da cidade, como Castanhal, Capanema e Bonito. Entretanto, mais da metade da produção é artesanal.
Segundo o Dieese, o grande número de atravessadores entre os produtores e os consumidores ajuda a encarecer o produto. “Faz com que o consumidor paraense continue a ser penalizado por reajustes acima da inflação”, diz o texto da pesquisa do Dieese/PA.
PREÇOS MÉDIOS DO KG DA FARINHA
Dezembro/ 2015
R$ 4,37.
Janeiro/16- R$ 5,43
Fevereiro- R$ 6,58
Março – R$ R$ 6,89 .
Abril – R$ 7,03
Maio – R$ 7,05
Junho – R$ 7,09.
Segundo o Dieese/PA, o kg da farinha vendida nas feiras e supermercados de Belém apresentou alta, no mês passado, de 0,57% em relação a maio. Entretanto, o reajuste no 1º semestre de 2016 alcançou 62,24 %. A infração no período foi de 5,09%.
Fonte: Diário do Pará