Radialista: “PT usou meu nome para me prejudicar”

Edevaldo dos Santos “Carga Pesada” diz que trabalhou na campanha dos deputados Airton Faleiro e Zé Geraldo
Edevaldo dos Santos “Carga Pesada” diz que trabalhou na campanha dos deputados Airton Faleiro e Zé Geraldo

 “Eu fui julgado e condenado por uma ação que nunca pratiquei”, assim desabafou o conhecido radialista santareno Edevaldo Sousa dos Santos, o popular “Carga Pesada”, com exclusividade à equipe do jornal O Impacto. “A Justiça Eleitoral me penalizou com uma multa no valor de 3.400 reais, e quem levou a fatura para ser paga, na época, foi uma pessoa que disse ser assessor do deputado Airton Faleiro, de pré-nome Gustavo, conhecido por Guto, porque não tive condições de pagar essa multa”, disse o radialista. “Tenho ligado para esse assessor, exponho minha atual situação para ele; mas eles não me deram nenhum recibo comprovando o pagamento da multa”, afirmou.

FATOS: O comunicador narra que no ano de 2010 foi procurado por uma mulher, de pré-nome Lineide, irmã do ex-vereador Carlos Jaime, que se identificou como sendo assessora do deputado estadual Airton Faleiro.

“Na época, eu estava desempregado, tinha recém saído da Rádio Rural e ganhava a vida com propaganda volante (em carros). Foi quando fui contratado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) para prestar serviços para a coligação que trabalhava entre outros, para a reeleição do deputado estadual Airton Faleiro e deputado federal Zé Geraldo”, falou o radialista.

O comunicador lembra que trabalhou utilizando seu carro som em favor da coligação e do partido, durante toda a campanha política. “Eles demoraram a me pagar. Fato que ocorreu com outras pessoas que também trabalharam para eles, fazendo propaganda volante”, denuncia Carga Pesada.

Edevaldo dos Santos declarou: “Recebíamos por semana trabalhada, acontece que às vezes eles passavam quinze dias após o prazo para nos pagar”, conta o radialista.

“Ao final da campanha eles (membros do PT), me chamaram para receber o que me deviam alegando que a demora no pagamento, era devido a um problema de documentação que houve em Belém. Mesmo assim eu recebi, através da assessora responsável”. Um detalhe é que o comunicador recebia o pagamento diretamente. “Ela (Lineide) levava o dinheiro do pagamento na minha casa, ou então recebíamos na casa dela, no bairro do Uruará”, conta Carga Pesada.

NEGÓCIOS ESCUSOS: Edevaldo Sousa recorda que, na mesma época, uma noite recebeu a visita de Lineide, que alegou o seguinte: “Eu trouxe estes documentos para você assinar e receber o restante do dinheiro”, um total de 2.000 mil reais. “Ela tinha me pago uma parte antes, faltava esse complemento”, confirma Edevaldo.

MUDANÇA NEGATIVA REPENTINA: O comunicador lembra que; “desde essa época, para minha surpresa, nas empresas onde eu trabalhei, o Departamento de Recursos Humanos, inexplicavelmente sempre perguntava se eu estava respondendo algum processo. Eu sempre respondia que não”. Moral da história: o conhecido radialista santareno só veio tomar conhecimento que havia algum processo rolando contra sua pessoa, quando foi fazer o recadastramento eleitoral biométrico. “Meu Título de Eleitor não saiu. Foi, então, que eu procurei o chefe do Cartório Eleitoral e ele me comunicou que havia um processo tramitando contra minha pessoa em segredo de justiça”, disse alarmado o radialista.

DOAÇÃO INEXISTENTE: “A partir dessa data, iniciei a busca; após tantas idas e vindas, pude descobrir qual era esse processo”, conta o comunicador. “A acusação feita pelo Ministério Público contra minha pessoa é que eu havia doado a quantia de dois mil reais em dinheiro para a coligação a qual pertencia o deputado Airton Faleiro, sendo que o valor total seria de dois mil e cinqüenta reais”, conta ele. “Dois mil reais eu teria doado ao candidato Airton Faleiro e cinqüenta para o candidato a deputado estadual Reginaldo Campos, atual Vereador e presidente da Câmara Municipal de Santarém”, cita ele.

AJUDA DO VEREADOR: O radialista Edevaldo Sousa dos Santos ‘Carga Pesada’ recorda que, nessa mesma ocasião estava com um sobrinho que necessitava trabalhar. “Todos sabem que o período de eleições é oportunidade das pessoas ganharem um dinheiro extra; e falei para meu sobrinho que tinha um amigo que poderia ajudar”, conta o comunicador. “Eu possuía umas caixas de som, disse que poderia conseguir um carro e meu sobrinho poderia fazer propaganda volante para ele, Reginaldo Campos, que era candidato a Deputado Estadual. Para minha surpresa, o que apareceu na Justiça é que eu tinha doado 50 reais para campanha dele. Nunca assinei qualquer documento que comprovasse doação minha a campanha de quem quer que seja, muito menos de Airton Faleiro e Reginaldo Campos”, afirmou.

ACUSAÇÕES SEM FUNDAMENTO: “Se eu fosse doar dois mil reais para qualquer candidato, eu teria no mínimo que estar ganhando mensalmente em torno de 7 a 10 mil reais. Inclusive na época eu estava desempregado, tinha saído da Rádio Rural, onde eu ganhava um salário mínimo naquela ocasião, no valor de pouco mais de 300 reais. Como é que eu iria ter dois mil reais para doar para um candidato?”, indaga com estranheza.

“Na época e nem nos dias de hoje, eu não tenho condições de fazer doação para nenhum candidato”, afirmou o comunicador. “Eu quero provar para a Justiça e para as pessoas que não fiz doação para o PT, muito menos para qualquer outra coligação”, afirmou o comunicador.

ENDEREÇO ERRADO: Outra indagação é feita pelo comunicador: “Por que a Receita Federal me encontrou e a Justiça não achou meu endereço para me notificar? Muita gente sabe que eu moro na Trav. Dom Frederico Costa. O Promotor de Justiça encarregado para me comunicar desse processo, não me encontrou, fui julgado à revelia”, finalizou o comunicador.

Por: Carlos Cruz

Um comentário em “Radialista: “PT usou meu nome para me prejudicar”

  • 19 de agosto de 2016 em 14:28
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    O Certo é cassar os direitos políticos de Reginaldo Campos e Airton Faleiro, quem faz isso não merece e nem deve ser representante do povo em coisa alguma.

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