Prefeitura acusada de aplicar calote em empresa que plantou gramado no Barbalhão
O empresário e agricultor Luciano Huppes entrou em contato com nossa equipe de reportagem para denunciar que a prefeitura de Santarém está como mais de dois meses sem pagar a empresa que faz a manutenção do gramado do estádio Colosso do Tapajós, conhecido por Barbalhão.
“A empresa, conforme o contrato, ficou responsável pela manutenção do gramado que consiste em: comprar e aplicar inseticida, herbicida, adubos. Também realizar o corte da grama, pintura do campo nos jogos oficiais e limpeza das ervas daninhas, já no contrato, a Prefeitura é responsável pelo pagamento, no final de cada 30 dias, fornecer os seguintes equipamentos: 1) Trator cortador de grama; 2) Automação das bombas e sua respectiva manutenção”, explica Luciano, que é proprietário da empresa prestadora do serviço para a Prefeitura.
O empresário lamenta o descumprimento do contrato por parte da Prefeitura, e diz que sua empresa está se esforçando para manter em boas condições o gramado do estádio santareno. “O gramado está perfeito e a empresa está cumprindo todos os requisitos do contrato, mas a Prefeitura não. Ela está há 75 dias atrasada no pagamento, não comprou o trator cortador de grama e não automatizou as bombas, mais outras questões”, disse.
Por conta própria, o empreendedor disse que investiu em equipamentos para não deixar de cumprir o estabelecido no contrato, e por isso está angustiado, pois precisar arcar com as despesas deste investimento, mas que até o momento a Prefeitura não se manifesta sobre o pagamento.
“Compramos um trator cortador com coletor de grama por R$ 19.500,00, financiado pelo banco SICREDI, com parcelas mensais. Para funcionamento da irrigação, é necessário ligar manualmente as três bombas para manter vivo o gramado, isso todos os dias”, afirma.
Luciano diz que apesar de sua empresa não ter feito a implantação do gramado, ele acompanhou de perto o trabalho realizado pela GREEN Gramados. “Participei desde a implantação da drenagem, do nivelamento, da irrigação, plantio da grama e da entrega do estádio, pronto para jogos dia 31 de janeiro de 2016. Nossa empresa começou a cuidar do gramado no dia 01 de fevereiro de 2016, foi contratada através de licitação número 002-2016, para o período de 15 de março 2016 a 15 de março de 2017. Vamos cumprir o contrato até o final, a irresponsabilidade do secretário Alexandre Leite, que ocupa o cargo de Secretário de Esporte, com função fictícia, pois não tem autonomia de gastar nem 50 reais para a compra de um disjuntor, causando prejuízos maiores para o contribuinte. Dias atrás, o Lúcio como administrador resolvia todos os problemas, tirava dinheiro do seu bolso ou usava o seu prestígio, ficando no crediário nas lojas para o Colosso ser o que é hoje, imagina o Secretário pagar a empresa Maracanã Gramados em dia, ou comprar o trator e automatizar as bombas, não é por falta de solicitações por escrito, tanto para o Prefeito como para o Secretário. A Prefeitura tem que colocar suas responsabilidades em dia. A solução pessoal minha é extinguir e incorporar a Secretaria de Esporte à Educação, pois a finalidade é a mesma, educar e aplicar práticas esportivas formando as crianças e jovens para a vida, tornando-os verdadeiros seres humanos. A economia do aluguel do prédio, cargos e despesas gerais traria uma economia de aproximadamente 200 mil reais por mês. Daria para manter o Colosso e mais 10 campos ou quadras esportivas nos bairros ou interior, com dois professores de educação física uma vez por semana em cada comunidade, dando uma ocupação aos nossos filhos”, sugere o empresário Luciano Huppes.
Por: Edmundo Baía Júnior
Fonte: RG 15/O Impacto