Odebrecht negocia com Brasil, EUA e Suíça maior acordo de leniência do mundo

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Fachada do prédio da Odebrecht no Rio

A Odebrecht negocia um bilionário acordo de leniência com o Brasil, os Estados Unidos e a Suíça, que será possivelmente o maior do mundo, segundo a agência de notícias Reuters. A negociação deve superar o acordo de 2008 no qual a alemã Siemens pagou 1,6 bilhão de dólares a autoridades norte-americanas e europeias por pagar propinas para obtenção de contratos governamentais.

Segundo a Reuters, autoridades dos EUA e Suíça concordaram em cobrar somente multas dos executivos da Odebrecht, deixando para a Justiça brasileira determinar eventuais penas de prisão.

Autoridades norte-americanas estão envolvidas, porque parte do dinheiro usado como propina pela Odebrecht passou por bancos dos EUA e também por projetos realizados pela empreiteira em território norte-americano. O governo americano também investiga se cidadãos ou empresas americanos podem ter cometido crimes em acordos com a Odebrecht.

No mês passado, o governo suíço concordou em dar informações a autoridades brasileiras sobre transações financeiras realizadas por executivos da Odebrecht dentro de contas secretas na Suíça.

Nenhum dos envolvidos na negociação, porém, confirmou à Reuters que o acordo esteja sendo debatido.

A Procuradoria-Geral da Suíça informou ter enviado uma equipe ao Brasil no mês passado “com objetivo de coordenar as ações mútuas dentro do panorama dos procedimentos criminais em curso”. Não foram dados mais detalhes. O Departamento de Justiça dos EUA se negou a comentar sobre o assunto.

O procurador da força-tarefa da operação Lava-Jato Carlos Fernando dos Santos Lima confirmou à Reuters que negociações da operação muitas vezes envolveram os governos dos EUA, da Suíça e de outros países, mas não deu detalhes.

A finalização das delações premiadas e do acordo de leniência da Odebrecht envolve diversas etapas. Investigadores devem primeiramente aceitar a continuação dos acordos com base nos depoimentos por escrito dos advogados de cada executivo, sobre o que querem divulgar.

Fonte: O Globo

 

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