Famílias recebem vítimas de acidente aéreo da Chapecoense com choro e palmas
Com palmas e choro, cerca de 50 familiares de vítimas do acidente com a delegação da Chapecoense assistiram à chegada dos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) carregando os corpos de atletas, membros da comissão técnica e jornalistas ao Aeroporto Serafim Enoss Bertasso, em Chapecó na manhã deste sábado. A aeronave pousou às 9h28m; a segunda às 9h44m.
Antes da chegada dos corpos, os familiares foram cumprimentados pelo presidente Michel Temer. Em uma cerimônia fechada, Temer ofereceu suas condolências na forma de apertos de mão a cada um dos presentes. Depois desse ato, os familiares puderam ir até a lateral da pista de pouso para ver o avião Hércules.
O grupo bateu palmas para homenagear seus entes queridos, mortos na queda do avião da Chapecoense. Muitos choravam ao ver a aeronave e precisaram de apoio de outros parentes. Temer e outros políticos que foram ao aeroporto ficaram em uma ala separada, a poucos metros das famílias. Médicos e psicólogos voluntários oferecem assistência aos familiares das vítimas e a todo momento oferecem seu auxílio.
Cinquenta caixões viajaram nos aviões da FAB. Durante a cerimônia, um a um os caixões foram sendo retirados do avião. Cada um era conduzido por seis oficiais do exército brasileiro por um corredor formado por militares. Alguns deles se emocionaram enquanto conduziam os caixões.
Três caminhões abertos levarão os corpos em cortejo até a Arena Condá onde será realizado um velório coletivo.
TEMER VAI AO VELÓRIO
A comitiva presidencial chegou às 8h50m em Chapecó. Além de Temer, viajaram a Chapecó o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. O presidente foi recepcionado pelo governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, além de parlamentares da região. O presidente deve entregar uma medalha para representantes do jogadores e de membros da comissão técnica que morreram no acidente.
Ao longo da semana, auxiliares de Temer disseram que ele não iria acompanhar o velório na Arena Condá por medo de vaias e protestos. A atitude gerou reclamação de alguns parentes, que preferiram não se deslocar até o aeroporto para participar da cerimônia com a comitiva presidencial.
Segundo o “Sportv”, diante da repercussão negativa, Temer decidiu ir para a Arena Condá. A presidência não confirmou a informação, mas a Chapecoense já vinha se preparando para essa possibilidade e preparou uma sala para receber o presidente na Arena Condá. Não está confirmado, no entanto, se Temer irá ao gramado para a cerimônia junto com os familiares.
Enquanto isso, na Arena Condá, desde a madrugada torcedores formavam filas para participarem da homenagem aos jogadores no estádio.
Fonte: O Globo