TCU e Justiça Federal investigam empresa de santareno que faturou R$ 36 milhões do governo do Amazonas
A Tapajós Comércio de Medicamentos, dos mesmos donos das drogarias Santo Remédio, que mantém negócios com o governo, destinou R$ 250 mil para a campanha de 2014 do senador Omar Aziz
A empresa Tapajós Comércio de Medicamentos Ltda., dos mesmos donos da rede de drogarias Santo Remédio, no Amazonas, faturou mais de R$ 36 milhões em negócios com o governo do Amazonas, desde 2010, de acordo com números disponíveis no Portal da Transparência do Estado, principalmente com venda de medicamentos para as unidades hospitalares da capital e do interior. Não há dados, no site, de anos anteriores. A empresa doou R$ 250 mil para a campanha de 2014 do senador Omar Aziz (PSD), de acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral.
De acordo com o site de pesquisa sobre empresas no Brasil Consultasocio.com, a empresa pertence aos empresários Pedro de Alcantara Garcez Pereira e Francisco Rogerio Moita Cunha. Pedro tem cinco empresas no Estado do Amazonas, com capitais sociais que comam R$ 16.450.000,00. Francisco é sócio de três empresas no Estado de Pará, cinco no Amazonas e uma em São Paulo, com capitais sociais que somam R$ 23.175.000,00.
Ainda de acordo com o site Consultasocio.com, além da rede de drogarias Santo Remédio e da Tapajós Comércio de Medicamentos Ltda. (Tapajós distribuidora), eles também são sócios da Flex Farma Distribuidora Farmaceutica Ltda., da PR Transportes de Cargas e Investimentos Imobiliarios Ltda., da RP Pharma Comercio de Medicamentos Ltda, da Moita & Cunha Ltda (Laboratório de Análises Clínicas Tapajós Diagnóstico), das Farmácias Primavera Ltda., da Cunha Empreendimentos e Participações Ltda. e da Glauben Farmacêutica Ltda.
A Tapajós Distribuidora foi envolvida em processo do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Justiça Federal, acusada de indícios de irregularidades na aquisição e distribuição de remédios pela Central de Medicamentos do Governo do Estado do Amazonas (Cema), nos períodos de 2003 e 2005, durante os quais houve repasse de recursos federais. O TCU determinou a citação dos responsáveis para que restituíssem recursos aos cofres do Fundo Nacional de Saúde, por superfaturamento na aquisição de medicamentos. Numa ação civil pública do Ministério Público Federal, na Justiça Federal, Pedro de Alcantara Garcez Pereira foi um dos requeridos.
No seu site oficial, a Drogaria Santo Remédio informa que tem 40 lojas distribuídas nas seis zonas de Manaus. No Governo do Amazonas, a empresa vende medicamentos para a Secretaria de Estado da Saúde, a Central de Medicamentos do Estado, o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto e o Hospital e Pronto-Socorro Dr. João Lúcio.
Fonte: RG 15\O Impacto e portal@d24am.com
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