Eduardo Fonseca Ed. 1136
BR 163 – 40 ANOS DE DESCASO, DE ABANDONO, DESMAZELO, PERDA DE DINHEIRO PÚBLICO E ENGANAÇÃO
Se você, caro leitor, tiver mais algum adjetivo, complete a definição, porque esta estrada que seria rodovia tem recebido muitas denominações, menos a que seria o seu princípio inicial, qual seja: Rodovia de Integração nacional, juntamente com a Transamazônica.
Lembro-me bem foi no mês de setembro de 1969, quando aqui pousou o primeiro Hércules da FAB trazendo maquinários, homens e equipamentos do que seria hoje o 8º BEC. Estava no velório do meu Avô paterno, o mestre Luiz Fonseca, Carpinteiro Naval, trabalhador do estaleiro do Capiberibe e membro fundador da Sociedade Artística de Santarém. Então, ouvia a conversas dos mais adultos,: “…agora vai sair a nossa estrada, porque será feita pelo Exército Brasileiro… coisa e tal”, o que demonstrava a confiança, nos homens que trajavam, na época, o “Verde Oliva”, mas foi justamente, pela presença do Exército Brasileiro, porque não puderam superfaturar, nem usar propina para as empreiteiras sublocarem os trabalhos, como nas outras rodovias, no Brasil, aí ficou e está como está…
Mas a presença do 8º BEC foi muito importante para o desenvolvimento econômico da região, na época e para os costumes, pois aqui introduziram mais amiúde a cultura do churrasco de carne de boi gorda, juntando-se a nossa caldeirada de peixe e piracaia e ao peixe assado.
Mas voltemos para os heróis anônimos que têm trafegado quase que diariamente, por essa estrada, levando para cima e para baixo a nossa riqueza, mas que muitas vezes, se transforma em prejuízo. E haja barro, lama, chuva, frio, fome morte e solidão no meio da mata.
Após 40 anos, finalmente, o País, pode ver mais demoradamente, em mídia nacional, em todas as grandes e pequenas redes de comunicação o abandono de mais de dois mil caminhoneiros, “atolados” no lamaçal em se forma na BR-163, todos os anos durante o período chuvoso, forte, como é o inverno amazônico.
E o homem fica abandonado à própria sorte, sem água, sem comida e esperando ajuda do céu, ou de um trator que chegou a cobrar cento e cinquenta reais, para “puxar“ um caminhão do atoleiro. E os motoristas, se obrigavam a fazer o pagamento, para poder chegar a tempo com a carga, nos portos de Miritituba ou de Santarém, onde os navios estrangeiros e barcaças, aguardam, principalmente, aos grãos. Se não chega no dia, pagam multa contratual e o que seria lucro, passa a ser prejuízo.
Essa estrada já serviu de bandeira para muitos políticos se elegerem, mas depois de eleito, como sempre ocorre, esquecem da promessa feita para o povo, em fazer, algo em favor do povo e para o povo.
Neste momento, é a grande oportunidade de se fazer uma pressão e “pegar a barca” dada pela mídia nacional e pressionar para o asfaltamento, dos 100 quilômetros que faltam, mas querem, dizem as autoridades do governo, que farão 60 quilômetros até o final do ano. E adivinhem aonde? No estado do Pará, o filho bastardo da federação, que seus representantes assim o deixaram que ficasse. A pressão da imprensa foi tanta, que se criou um grupo (Oh! País para se criar grupo de trabalho, secretaria. Isso faz parte da burocracia estatal), formado pela Polícia Rodoviária Federal, Pessoal do inoperante DNIT, militares do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira, que por determinação do Ministro da Integração, mandou distribuir três mil cestas para os caminhoneiros, atolados na BR 163, entendam que esse gesto não foi nenhuma filantropia do Helder Barbalho, foi mais uma vez oportunista e usou o dinheiro do contribuinte para fazer sua campanha, pelo menos nisso foi sensato, com os caminhoneiros “famintos” e “isolados” no meio da floresta Amazônica, exposto, ainda, o frio, a chuva e demais intempéries da natureza.
Acordai-vos, políticos regionais! E aproveitem o calor dos acontecimentos e se unam e forcem a “barra” para que “estiquem” o asfalto até chegar aos cem quilômetros restantes. Juntando-se os mais diversos setores representativos da sociedade como Associação Comercial de Santarém, Associações de classes, economistas, administradores, contadores, corretores, OAB e os sindicatos de todos os segmentos e em especial, o dos transportes rodo fluvial. É que o povo da região da abandonada região do Oeste do Pará espera, de cada um de vocês, nossos representantes; ou como disse Almirante Barroso, antes da Batalha de Riachuelo na Guerra do Paraguai, aos seus comandados: “O Brasil espera que cada um cumpra com o seu dever”.
///////Quarta feira, dia 08, foi comemorado o Dia Internacional da Mulher, quero externar meus parabéns, a todas elas. São aquelas que se tornam a nossa companheira inseparável, e embora outros tentem, mas só a mulher pode ter a bendita graça de ser mãe. Parabéns a todas as mulheres. /////// Também, quarta feira, dia 08, no final da tarde a Academia Brasileira de Letras elegeu um novo imortal, o Diplomata e escritor João Alvino, natural do Rio Grande do Norte, para assumir a cadeira que pertenceu a ferreira Goulart. Aí me lembrei qual o destino da ACADEMIA SANTARENA DE LETRAS E ARTES??? Após tantas lutas de abnegados para criá-la, como Wilde Fonseca, Eriberto Santos, Antônio dos Santos Pereira, Edinaldo Rodrigues, Odilson Matos e Emir Bemerguy, além dos ex-presidentes, Gumercindo Rebelo, e eu que tive a felicidade de também dar uma singela contribuição como Presidente. E hoje, após ter recebido do governo municipal anterior, no revitalizado (num belo trabalho) o museu João Fona, uma sala para ali mostrar sua presença física. Sumiu. Por onde andará???. Quando voltará a funcionar e a reunir-se???.////// Estou gostando da operação “Tapa Buracos” promovida pela SEMINFRA, desta vez veio da periferia para o centro e bem rápido, espero que o serviço esteja bem feito. /////// Pela sua cidadania, educação e trabalho dedicado à Santarém, o senhor JOÃO ALHO, “seu GIGI” que foi imortalizado por uma Praça na orla da cidade, não merecia o abandono em que se encontra. Além de causar perigo à saúde dos moradores da Rua do Imperador e mau aspecto no visual, sendo ponto negativo para quem nos visita. ////// Quero me solidarizar com a família do senhor PEDRO, conhecido popularmente, como Pedro da PLUS, grande benfeitor do bairro da Prainha. Ele era um dos brasileiros que fazia o bem, sem olhar a quem. Incentivador da cultura regional e criador da Farmácia, Loteria, Lanchonete e centro comercial na Rua Elinaldo Barbosa com a Gonçalves Dias, além de grande dançarino, mais uma perda para as noites mocorongas. ////// Também quero me solidarizar com a Família da Professora ELISIA PEDROSO, colega de magistério e minha solidariedade ao meu colega do Seminário São Pio Décimo de Santarém, José Pinto, que perdeu sua genitora que contava com 96 anos, a todas as pessoas que partiram para os braços do nosso Pai Eterno: REQUEST IN PACEM. ////// Hoje, no FLUMINENSE, numa promoção da Associação dos Moradores do Conjunto da COHAB, haverá um Baile da Saudade, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, ocorrido no dia 08 com toque musical da melhor dupla romântica de Santarém: MILTON E MILENA, a partir das 22: 45 horas.