Denúncia – Crateras tomam conta das ruas de Santarém
Trecho na Rua Olavo Bilac, próximo à Rua Joana D’arc, no Santarenzinho, está intrafegável.
As fortes chuvas que atingem o município de Santarém têm ocasionado uma série de transtornos à população. Em um Município que a grande maioria dos bairros padece por falta de infraestrutura urbana; as vias sem pavimentação asfáltica e sem calçadas representam um perigo. Mesmo todos os anos pagando o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), os contribuintes não têm o retorno em serviço e obras por parte do governo municipal.
Com objetivo de cobrar das autoridades soluções de problemas que afetam dia a dia da população, a TV IMPACTO (www.oimpacto.com.br) vai até os bairros ouvir os moradores e lideranças.
Nesta semana o repórter da TV IMPACTO, Alan Patrick, foi acionado pelos moradores do bairro Santarenzinho, especificamente da Avenida Olavo Bilac. Famílias que residem na via não aguentam mais conviver com o descaso.
Conforme demonstrado na imagem em destaque, uma enorme cratera ocupa um trecho da avenida, no perímetro próximo à Avenida Joana D’arc.
O morador Elias Coelho que reside no local há 32 anos, relata indignado o caos que tornou-se morar ali, e afirma que se algo não for feito, as residências podem ser afetadas.
“Nosso bairro, principalmente para quem mora na parte do fim da rua, que na verdade é uma ladeira, é o principal prejudicado, foi asfaltada a parte superior da rua, e a parte baixa da rua foi esquecida, quando a água escorre decorrente das chuvas, vem com força total, alagando casas, destruindo as ruas, nos deixando nesta triste condição. Pedimos ajuda dos nossos governantes que olhem com mais carinho para essa situação. A mínima chuva é capaz de alagar os quintais, a água fica empossada, só não entra lama na minha casa porque o piso é bastante alto. E não tem jeito, se quiser sair de casa tem que mergulhar os pés na lama ou ficamos ilhados até a chuva passar e a água escoar. Tem um determinado trecho que a rua faz uma curva, em que um carro particular caiu em um buraco gigantesco camuflado em razão da lama que o cobria completamente, a senhora que conduzia o carro teve muitos ferimentos e machucados, sendo encaminhada para o Pronto Socorro Municipal. Nessa rua já aconteceram diversos acidentes, mas graças a Deus nunca houve mortes e espero que não aconteça”, desabafa o morador.
Ainda que os moradores se esforcem tentando amenizar a situação – alguns compram carradas de areia para tampar os buracos -, somente um trabalho efetivo da Prefeitura poderá resolver a situação de precariedade.
Segundo o morador Elias Coelho, manter as condições de trafegabilidade da Avenida Olavo Bilac é necessário, pois ela é uma importante alternativa à Avenida Fernando Guilhon, para quem se desloca para os bairros que ficam localizados na grande área do Santarenzinho.
Em 2016, grande parte a Avenida Olavo Bilac recebeu pavimentação asfáltica. O trecho asfaltado compreende o perímetro entre a Avenida Tomé de Sousa e a Rua Resistência. Porém, para que a via contribua de fato com a mobilidade urbana, cerca de um quilômetro e duzentos metros necessitam receber pavimentação.
Percorrendo a Avenida Olavo Bilac, entre as Avenidas Joana D’arc e João Tomé, é fácil perceber o drama que os moradores enfrentam. Muitos, para saírem de suas residências, improvisam pontes e passarelas.
Nossa reportagem também conversou com duas simpáticas senhoras que residem no trecho, e solicitaram para as autoridades que possam olhar com a devida atenção as precárias condições, e entrem em ação para resolver o problema.
“Eu moro aqui há 32 anos, e nunca vi melhora alguma. Tem uma máquina da Prefeitura que passa por aqui uma vez ao ano, e faz um serviço tão mal feito, que no dia seguinte está do mesmo jeito ou até pior. Às vezes o buraco é melhor que serviço feito pela máquina, prejudicando os moradores com mais lama e buracos. Quando chove é um Deus nos acuda. Para sair de casa, eu saio contornando a rua, nas calçadas dos vizinhos e por dentro do mato até onde não tem enxurrada, todo mundo é obrigado a fazer isso. A água em alguns locais atinge até um metro. O que eu mais queria, era um asfalto bem feito, que não prejudicasse ninguém e que fizessem uma caneleta em que a água corresse até seu destino sem invadir a rua ou nossas casas. Porque do jeito que está ninguém pode fazer nada. Só vejo colocarem aterro para a água levar, e peço a ele como novo Prefeito, que inclusive é médico e conhece todos nossos direitos, gostaria que ele tivesse muita compreensão com nosso sofrimento e faça um trabalho bem feito aqui na Rua Olavo Bilac, porque precisamos e merecemos”, diz Dona Amélia.
Para a aposentada Marilda, os moradores já não aguentam conviver com a situação. Algo de urgente tem que ser realizado.
“Quando chove, tudo fica horrível, só buracos. Ano passado no período do governo do Alexandre Von em que ele passou sua máquina aqui, empurrou a lama para dentro da minha casa. Pois não fizeram as sarjetas para reter a água, sendo que a lama só escorre para o lado direito da rua, ocasionando o alagamento de todas as casas desse lado da rua”, afirma.
De acordo com o repórter da TV IMPACTO, Alan Patrick, a situação é realmente de abandono, e moradores precisam rapidamente de uma solução.
“Chamamos a atenção das autoridades competentes, na pessoa do secretário de Infraestrutura, Daniel Simões, para olhar com mais carinho para essa situação que há muito tempo traz preocupação e sofrimento para os moradores da Avenida Olavo Bilac”, diz.
OUTRAS VIAS INTRAFEGÁVEIS: No cruzamento da Avenida Quixadá com Frei Vicente, no bairro da Esperança, veículos e principalmente os ônibus do transporte coletivo, têm que fazer malabarismo para seguir em frente. No bairro Jardim Santarém, os moradores convivem com um verdadeiro caos. Como sempre, as linhas de ônibus mudam o trajeto, e deixam na mão quem depende do transporte público.
Se você, assim como os moradores da Avenida Olavo Bilac está enfrentando dificuldades em relação à infraestrutura do seu bairro ou qualquer tipo de situação que esteja prejudicando acesso ao serviço público de qualidade, acione nossa equipe, pelo whatsapp (93) 99163-4434.
Por: Edmundo Baía Júnior
Fonte: RG 15/O Impacto