MILTON CORRÊA Ed. 1142
Dengue, Zika e Chikungunya: Do trabalho dos Agentes Comunitários ao Investimento do Ministério da Saúde
Com Informações da Agência do Rádio
O TRABALHO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS
O trabalho dos agentes de combate à Dengue, Zika e Chikungunya contribui de forma significativa para a melhoria da saúde da população, especialmente no período de maior incidência de proliferação do mosquito transmissor.
Estes profissionais passam o dia fazendo vistorias em casas, depósitos, estabelecimentos comerciais e terrenos, à procura de objetos e locais que acumulam água, como vasos de planta, lixos, calhas, caixas d’água e piscinas.
Tudo deve ser inspecionado, para que nada passe despercebido.
Mas, para que eles consigam fazer um bom trabalho no combate à Dengue, Chikungunya e Zika, é preciso que a população ajude.
Além de abrir a porta para os agentes, é preciso que a população continue seguindo as orientações que foram repassadas pelos profissionais.
Para entrar nos imóveis, os agentes devem apresentar documentos básicos de identificação. O grande problema é que o acesso deles às residências é difícil.
É comum os agentes encontrarem casas fechadas e de difícil acesso.
Faça também a sua parte! Mobilize a sua família, seus amigos. Afinal, contra o mosquito não dá para ficar parado! Cuidados simples e de rotina podem salvar uma vida.
Para saber mais sobre as doenças e formas de combate, acesse saude.gov.br/combateaedes.
O Investimento do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde vai investir mais de 135 milhões de reais para custear 52 novos centros de reabilitação, com foco no atendimento de crianças com microcefalia.
Atualmente, existem 187 em todo país. O recurso também vai ser usado para a implantação de 51 novas equipes para o Núcleo de Apoio de Saúde da Família, que contam com profissionais de fisioterapia, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos.
A microcefalia é uma condição neurológica rara em que a cabeça e o cérebro da criança são menores do que outras do mesmo sexo e idade.
No ano passado, foram notificados mais de três mil e quinhentos casos suspeitos da doença, identificados em 720 municípios de vinte e um estados do país.
A criança que tem microcefalia deve ser acompanhada pelo serviço de saúde, afinal, a maioria delas não se alimenta de forma adequada, não conseguem dobrar as pernas, os braços, são crianças que choram muito e ficam bastante irritadas.
Até março deste ano, foram confirmados 2.542 casos de microcefalia em todo o país. Para saber mais informações sobre Dengue, Zika e Chikungunya, acesse saude.gov.br/combateaedes.
Conjunto de ações para eliminar o mosquito
O conjunto de ações voltadas para a eliminação do mosquito resultou na queda expressiva nos casos de Chikungunya no país.
Se comparado com o mesmo período do ano passado, a redução foi de 74%. Até o final de março deste ano, foram registrados 26.854 casos e no ano passado, foram registrados 101.633 casos.
A doença se caracteriza pela febre alta, pode aparecer manchas no corpo com coceira, os olhos podem ficar avermelhados, a pessoa pode sentir dor de cabeça, náuseas, mas o que realmente marca a doença é a capacidade de comprometer as articulações. O tornozelo, punho, joelho, podem ficar inflamados, inchados, ocasionando uma dor incapacitante.
A Chikungunya é a grande preocupação do Ministério da Saúde para este ano, afinal, é uma doença que pode deixar sequelas.
Para evitar que o mosquito nasça é preciso que haja mobilização de todos. Desde o final do ano passado, está em andamento a Campanha Nacional de Combate ao Mosquito, em que ficou definida que toda sexta-feira é dia de mobilização para eliminação de focos e possíveis criadouros de larvas.
Internet é ferramenta indispensável
A internet é uma ferramenta que nos dias atuais se tornou indispensável para o desenvolvimento de muitas profissões, para o lazer e estudos.
Por meio da internet, as informações e a comunicação tornaram-se mais rápidas, ajudando, assim, a vida de milhões de pessoas no mundo.
E, em sintonia com essa ferramenta, pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz, produziram um conjunto de vídeos-aulas para mostrar à população, aos estudantes e aos professores de todo país os aspectos da vida do mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika.
O material foi publicado na internet e distribuído para as secretarias estaduais de Educação dos estados com registros altos de infestação do mosquito transmissor.
O objetivo dos vídeos-aulas é capacitar os professores para que eles repassassem o conhecimento adquirido aos alunos.
Os vídeos foram editados com linguagem simples e de fácil entendimento para que os estudantes, de todas as idades, pudessem entender o ciclo da vida e formas de combate ao mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika.
Os pesquisadores acreditam que os jovens e as crianças podem levar as informações aos pais, às famílias e, sendo assim, propagar a necessidade de combater o mosquito por toda a cidade.
Os vídeos-aulas produzidos pela Fiocruz ultrapassaram a marca de 200 mil acessos na internet. Para ter acesso ao material, basta digitar o endereço eletrônico:ioc.fiocruz.br/auladengue.
Como se não bastasse a tuberculose é doença paralela
A tuberculose é a doença que mais mata no mundo atualmente. No Brasil, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos a cada ano.
É importante ressaltar que a tuberculose não é uma doença do passado. Ela existe, tem cura e o tratamento é gratuito e disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde.
Todos os pacientes com suspeita da doença devem fazer o Teste Rápido Molecular, ferramenta que começou a ser utilizada no Brasil em maio de 2014. A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível.
Lembrando que a responsabilidade pelo sucesso do tratamento não é somente do usuário, mas deve ser compartilhada com a equipe de saúde, com a família e amigos, para que eles sejam solidários e ajudem. Para saber mais acesse saude.gov.br
Prevenir é melhor que remediar
Prevenir é melhor que remediar, não é? É o que a Secretaria de Saúde do Pará está fazendo para reduzir o número de casos notificados no estado: prevenção do nascimento do mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika.
Dados do Informe Epidemiológico de 2017, emitido pela Secretaria de Estado de Saúde, apontam queda de 74% nos casos de Dengue no Pará, em relação aos dois primeiros meses do ano.
A Coordenadora Estadual de Controle da Dengue, Zika e Chikungunya do estado, Heloísa Porto destaca a importância de os municípios repassarem os dados do LIRAa – Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Mosquito, para o controle e prevenção das doenças.
A capital paraense, Belém teve, até o início de março, 18 casos confirmados de Dengue. No mesmo período, no ano passado, foram registrados 366 casos confirmados de Dengue.
Diretora do Departamento de Vigilância e Saúde da Secretaria Municipal de Belém, Leila Veras, acredita que o trabalho contínuo colabora com a diminuição do agente transmissor.
Segundo o Departamento de Vigilância e Saúde, cerca de mil agentes de Endemias estão nas ruas de Belém combatendo a proliferação do mosquito.