Defesa Civil de Óbidos assegura assistência à população redobrando o monitoramento nas áreas de risco

Município teve a situação de emergência reconhecida pelo Ministério da Integração, devido os danos causados pelas enxurradas da chuva.

O planejamento desenvolvido pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), para atender as famílias em situação de risco e prevenir catástrofes durante o período mais rigoroso do inverno, foi divulgado durante entrevista coletiva concedida na manhã desta quarta-feira (3), pelo coordenador do órgão, Ary Franco, em conjunto com o secretário de infraestrutura, Marcos Maciel.

O município está em um momento considerado crítico pela órgão responsável pelo monitoramento das áreas de risco, devido os inúmeros problemas ocasionados pelas fortes chuvas que caíram na região oeste do Pará. O Ministério da Integração Nacional já oficializou a decretação de situação de emergência. A medida foi adotada pelo prefeito Chico Alfaia, após o registro de vários casos de desabamento de encostas, inundação de casas e interdição de estradas e vias urbanas, destruídas pelas enxurradas.

Até o início do mês de maio 3 famílias foram retiradas de suas residências por estarem em situação de risco, e encaminhadas para o programa de assistência da prefeitura de Óbidos, ofertado por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Semdes).

Além dos problemas ocasionados pela força da água da chuva, a Comdecestá enfrentando outro problemas com à elevação do nível do Rio Amazonas que está 17 centímetros acima da cota de alerta para Óbidos, que é de 7,73cm. Com isso as ruas da parte mais baixa da cidade e algumas vias do centro comercial já estão parcialmente submersas.

“Nós temos acompanhado diariamente as áreas de risco e as famílias que estão sendo atingidas. Já tivemos a situação de emergência reconhecida pelos estragos das enxurradas e agora estamos estudando os meios necessários para também decretar situação de emergência por conta da enchente do rio. Todo a estrutura do governo está sendo colocada à disposição para dar assistência a quem precisa”, explicou Ary Franco.

Enquanto mantém o trabalho redobrado de monitoramento a Defesa Civil aguarda o envio da ajuda assegurada pelo Ministério da Integração, após o reconhecimento da situação de emergência, para atender as famílias afetadas. Até agora 17 áreas de risco foram catalogadas. O levantamento leva em consideração as áreas que apresentam maior risco à população.

Segundo os órgãos que monitoram o clima na região, a previsão de chuva para Óbidos no mês de maio é de 91 milímetros. Se comparado a 2009, ano em que foi registrada a maior enchente dos últimos anos, o nível do Amazonas em 2017 está apenas 52 centímetros da maior marca daquele período. “Isso tem nos deixado cautelosos quanto o que ainda pode ocorrer nesses mês de maio, mas asseguramos a população que estamos preparados para atender a todas as situações das quais nossa ajuda for necessária”, enfatizou Franco.

Remoção

As chuvas tem agravado ainda mais a situação das áreas de barreira. Vários pontos no trecho entre a área atrás do Cliper de Sant’Ana no centro da cidade, e a sede da Associação Atlética Banco do Brasil (Aabb) em Santa Terezinha, apresentam sérios riscos de desmoronamento. Na tarde de terça-feira (2), uma família que morava em frente ao campo da Aabb, precisou ser retirada de casa, após a cratera ao lado da residência aumentar e ameaçar o imóvel.

Infraestrutura

O secretário de infraestrutura, Marcos Maciel, falou durante a coletiva sobre a situação precária da maior parte da malha viária da cidade. O titular da pasta afirmou não ser possível fazer as intervenções necessárias nesse momento, devido à chuva não permitir que seja feito um trabalho de melhor qualidade. “Nós sabemos o quanto nossas ruas estão esburacadas e como isso tem afetado a nossa população. Infelizmente realizar o trabalho de terraplanagem nesse momento na maior parte das nossas ruas é inviável e não surtirá o efeito esperado. Estamos focados em ajudar as famílias que vivem em áreas de risco e assegurar a trafegabilidade, na medida do possível, nos locais de maior movimentação. Assim que for possível faremos a recuperação das vias em todos os bairros da cidade”, garantiu.

Madeira

A prefeitura, por meio das secretarias de meio ambiente e infraestrutura, estão contactando com os órgãos de fiscalização estadual e federal, para que liberem parte da madeira que está apreendida em um porto particular da cidade. O material será utilizado na construção de pontes e assoalhos, mas o fechamento das serrarias da cidade dificulta o processo de doação, já que só é permito serrar madeira em estabelecimentos legalizados. “Estamos inclusive recorrendo a juíza da Comarca de Óbidos, para que ela acione esses órgãos e seja feita a liberação instantânea dessa madeira, pra que a gente possa atender a grande demanda que existe de construção de pontes e assoalhos, tanto na cidade como non interior. Hoje nós só dependemos da liberação desses órgãos para fazer esse trabalho”, explicou Marcos Maciel.

Contato

O número de telefone para informar casos de emergência ou mesmo para obter informações da Coordenadoria de Defesa Civil são: (93) 99178-8942/ (93) 99100-2322/ (93) 99209-2675.

 Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/PMO

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *