Deputado Rocha Loures entrega mala com R$500 mil na Polícia Federal
O deputado é apontado como intermediário de Temer para assuntos do grupo J&F com o governo. Por determinação do ministro Edson Fachin, do STF, Rocha Loures está afastado das funções parlamentares.
O deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB), filmado recebendo uma mala de dinheiro, entregou na noite de ontem (segunda-feira, 22) a mala com R$ 500 mil na sede da Polícia Federal de São Paulo. Aliado do presidente Michel Temer (PMDB), o parlamentar foi flagrado saindo apressado do estacionamento de uma pizzaria nos Jardins, carregando uma mala preta com R$ 500 mil em dinheiro.
O flagra foi realizado por agentes da Polícia Federal, no dia 24 de abril, que o filmaram. O deputado é apontado como intermediário de Temer para assuntos do grupo J&F com o governo. Por determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), Rocha Loures está afastado das funções parlamentares, assim como o senador Aécio Neves (PSDB-MG). A Procuradoria-Geral da República pediu a prisão dos dois. Fachin negou o pedido. No entanto, a PGR recorreu e o pedido ainda será analisado pelo plenário do Supremo.
De acordo com a delação de Joesley e seu irmão Wesley Batista, o paranaense foi indicado pelo presidente Michel Temer para resolver uma disputa relativa ao preço do gás fornecido pela Petrobras à termelétrica do grupo JBS. O presidente também orientou Joesley a conversar com o colega de partido para tratar de qualquer assunto.
Já em uma das tratativas, Joesley marcou um encontro com Rocha Loures em Brasília e contou sobre sua demanda no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Na ocasião, o empresário ofereceu propina de 5% e o deputado deu o aval.
O deputado foi filmado pela PF recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados pelo empresário, após combinar pagamento semanal no mesmo valor pelo período de 20 anos. Segundo o relatório da Procuradoria-Geral da República, Rocha Loures telefonou para o presidente interino do Cade, Gilvandro Araújo, para interceder pelo grupo.
Fonte: Congresso em foco