Crime brutal em Belterra: Filho culpa descaso do Estado por morte de sua mãe

Guttemberg diz que sua mãe esmeralda foi brutalmente morta e seu corpo jogado no rio

O bárbaro crime que tirou a vida da mãe de Guttemberg Bentes aconteceu na quinta-feira (15), na comunidade de Pini, interior do Município de Belterra, mas somente foi descoberto depois da localização por comunitários, do corpo da vítima, encontrado boiando nas águas do rio Tapajós. A morte da pescadora Esmeralda Bentes, de 62 anos, chocou a população devido a vários fatores. Primeiro pelo requinte de crueldade que os suspeitos utilizaram, espancando a idosa e matando-a com golpes de terçado, depois jogando o corpo no rio. Informações dão conta que os suspeitos também a estupraram; segundo, pelo fato de um menor de 15 anos de idade ser um dos suspeitos; e terceiro, pelo motivo torpe, no caso, um furto de malhadeira.

Em entrevista exclusiva à TV IMPACTO, o filho da pescadora, fez um desabafo em relação, o que ele chama de ‘omissão do Estado’. Guttemberg Bentes solicita apoio da sociedade, da imprensa e do Ministério Público para que o caso tenha justiça.

“Tudo teve início por meio de um roubo na casa dela. Fizemos o Boletim de Ocorrência na delegacia de Belterra, pedindo que o Delegado tomasse alguma providência a respeito. Nesse dia não falamos com o Delegado e sim com escrivão Marcos Massaranduba, que nos atendeu muito bem, fez todos os procedimentos e repassou ao Delegado. O Delegado foi uma vez pessoalmente intimar os dois meliantes, intimou um, mas não conseguiu falar com o outro, por ventura ele preencheu a intimação e entregou para minha mãe entregar na mão do vagabundo, almoçou depois olhou para cara da minha mãe e disse, ‘- infelizmente eu tenho mais o que fazer em Belterra, do que ficar esperando vagabundo’ e foi embora. Desde esse dia, não voltou mais lá. Não houve a audiência porque não compareceu nenhum dos dois. Depois disso minha mãe começou a ser ameaçada. Tratava-se de um menor de idade e um rapaz chamado Fernando, nosso conhecido, morou por muito tempo na casa da mamãe, ele e a mulher dele. Minha mãe costumava dizer que ele era afilhado dela, ela sempre ajudou a família deles, porque a mãe deles foi embora para o garimpo e abandonou eles lá, o pai e as crianças; quando mais eles precisavam eles iam para casa e comiam conosco, almoçavam e jantavam, sempre que precisavam eles iam lá em casa, minha mãe sempre ajudou. Minha mãe procurou o Delegado para falar sobre as ameaças, e o mesmo não fez nada. Quando ela voltou para o sítio, esse Fernando gritou no meio do caminho, ‘eu quero ver qual é o Delegado que vem me buscar sem antes meu tio passar a mão na cabeça’, e houve outras ameaças.Minha mãe passou na casa do Fernando e ele gritou lá de dentro, ‘uma dia eu vou dar uma facada no seu bucho e vou tirar suas tripas e vou jogar no rio’. A mesma coisa o meliante menor de idade falou, ao encontrá-la: ‘um dia eu vou lhe dar uma peixeirada no teu bucho e vou jogar dentro do rio’”, relatou.

De acordo com o filho da vítima, na segunda-feira (12), estava marcada uma audiência, cujos intimados não compareceram. “Quando o Delegado chegou, entramos na sua sala e perguntamos para ele o que poderíamos fazer e ele respondeu ‘olha, Dona Esmeralda, infelizmente não posso fazer mais nada pela senhora’. Minha mãe retrucou: ‘Delegado, pelo amor de Deus, eles vão me matar lá dentro da comunidade’ e ele respondeu novamente que não podia fazer nada. Então, ela contou a história de domingo, onde houve uma brincadeira lá na comunidade, ela andando pelo meio do pessoal e esse moleque de menor a seguindo, de um lado para outro, foi quando ela parou e perguntou ‘menino, o quê que tu queres, por que tu ficas me seguindo?’ E o menino respondeu ‘eu quero saber porque a senhora está me acusando de roubar sua casa?’. Ela disse: ‘olha, se tu não tens nada haver. Por que tu não vai comigo lá em Belterra para falar com o Delegado, aí tu explicas para ele, diz quem é, que não vai acontecer nada, ninguém mais vai te chamar de ladrão’. Ele respondeu: ‘eu não tenho dinheiro para estar andando para Santarém, se o Delegado quiser vir me buscar, ele que venha aqui’. Depois que ela falou tudo isso para o Delegado, ele simplesmente olhou na cara dela e riu. Como se minha mãe fosse um nada lá na frente dele. Logo depois ele apontou para o carro que estava lá fora e disse: ‘olha só temos aquela viatura ali, e está sem gasolina e eu não posso deixar aqui e prender o rapaz lá se eu não tenho o flagrante`. Então, eu olhei para a cara dele e disse: ‘quer dizer que o senhor vai esperar eles matarem minha mãe, para poder ir buscar ele preso em flagrante?”, falou indignado Guttemberg.

Ele diz que tem medo do crime ficar impune, mesmo com o menor já preso na Fasepa, pois o outro suspeito ainda goza de liberdade.

“Eles alegam que o de menor assumiu toda a culpa, mas sabemos que no dia que o menor foi apresentado à Delegacia ele confessou diante de muita gente, inclusive estava cheia a Delegacia de pessoas, que ele e o Fernando tinham matado minha mãe, e agora chega aqui no Ministério Público e vem dizer que foi só ele quem matou. Será que o vento da estrada de Belterra até aqui deu uma lavagem cerebral nele? O delegado afirma que o Fernando não sabe andar de moto. Como o Delegado conhece tanto a vida do Fernando desse jeito, se ele não sabia quem era ele, e tenho certeza que alguém levou o Fernando até o local onde eles fizeram essa atrocidade?”, diz, cobrando do Estado providências para que todos os envolvidos sejam levados à Justiça, e paguem pelo crime. Acompanhe a entrevista na íntegra acessando o site www.oimpacto.com.br/tv-impacto.

Por: Alan Patrick

Fonte: RG 15/O Impacto

Um comentário em “Crime brutal em Belterra: Filho culpa descaso do Estado por morte de sua mãe

  • 25 de junho de 2020 em 23:58
    Permalink

    crime que ate hoje nao foi desvendado por motivo de irresponsabilidade das autoridade que se vende por qualquer merda, se fosso parente dele isso ja estaria resolvido, mas pena que nao ne, mas espero a deus da essa resposta.

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *