MILTON CORRÊA Ed. 1151

DESMATAMENTO NA FLORESTA AMAZÔNICA BRASILEIRA: PRINCIPAIS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

Fonte: http://alunosonline.uol.com.br/geografia/desmatamento-na-floresta-amazonica-brasileira.html
Atualmente, é grande o desmatamento na floresta amazônica, que vem cedendo espaço para lavouras e pastos, provocando diversos impactos ambientais.
A floresta Amazônica ocupa hoje uma área 6,5 milhões de km², revestindo nove países da América do Sul (Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana Suriname e Guiana Francesa) com a maior floresta tropical do mundo. Rica em biodiversidade e com uma grande quantidade de reserva de água doce, a Amazônia é muito importante tanto para os países em que está localizada quanto para o equilíbrio do meio ambiente mundial, mas, apesar disso, nas últimas décadas tem sofrido uma devastação gradativa que pode comprometer a existência desse importante bioma.
O Brasil possui a maior área dessa floresta, cerca de 85% da floresta Amazônica está no território brasileiro e, embora a floresta Amazônica brasileira seja o bioma mais preservado do Brasil, os índices de desmatamento são alarmantes. Estima-se que de 10% a 30% da área coberta pela floresta legal já tenha sido desmatada. Segundo o IBGE¹, somente entre os anos de 1997 a 2013 foram desmatados cerca de 248 mil km² da floresta no Brasil, que corresponde à, aproximadamente, área do estado de São Paulo. Outras estimativas acreditam que no ritmo de exploração atual a Amazônia pode desaparecer quase totalmente em 40 anos.
A principal causa do desmatamento da Amazônia é a ocupação de áreas de reserva florestal por diversas empresas estrangeiras e nacionais que são atraídas para a região por incentivos do governo, que visa dinamizar a economia da região norte, e que, por falta de fiscalização adequada, acaba por desmatar ilegalmente grandes áreas de reserva florestal. Como a região norte é a nova fronteira agrícola do país, as atividades econômicas relacionadas ao espaço agrário vem sendo as principais responsáveis pelo desmatamento da Amazônia.
Assim, em busca de um desenvolvimento econômico que favoreça uma pequena parcela da população e que não é revertido em qualidade de vida para a população, a floresta amazônica vai dando lugar a pastagens e lavouras. Provocando uma série de impactos para o meio ambiente do Brasil e do mundo, dentre eles estão:
A perda de biodiversidade, uma vez que várias espécies de plantas são desmatadas. Além disso, algumas espécies de plantas e animais não conseguem sobreviver nas pequenas áreas florestais que restam.
Impactos no ciclo hidrológico da região, uma vez que as árvores exercem uma função fundamental no processo de infiltração e percolação da água no solo.
Empobrecimento do solo exposto, que passa a ser mais lixiviado pela água.
Erosão, já que, em razão da exposição, o solo fica mais suscetível à ação da chuva e acaba sendo transportado com mais facilidade.
Modificação no clima mundial. As árvores são as grandes responsáveis pela absorção do gás carbônico da atmosfera, com o desmatamento aumenta-se a quantidade de CO2 na atmosfera, impactando assim o clima mundial.
Dessa forma, é extremamente importante conter a ocupação e o desmatamento na Amazônia, pois, mais do que o equilíbrio ambiental de um bioma, sua preservação contribui com o equilíbrio ambiental mundial.


Fronteira Agrícola no Brasil
Por Rodolfo F. Alves Pena
Fronteira agrícola é uma expressão utilizada para designar as áreas de avanços da ocupação de terras para a realização de práticas agropecuárias. No caso do território brasileiro, ela existe desde os tempos coloniais, quando se iniciou o avanço territorial sobre a faixa da Mata Atlântica para a implantação de práticas monocultoras.
Ao longo da história brasileira, a fronteira agrícola já passou por diversos estágios. Depois da ocupação da Mata Atlântica, ela disseminou-se no Sul do país e, mais recentemente, ocupou toda a região correspondente ao Cerrado brasileiro. Atualmente, ela encontra-se em ampla expansão em direção à Floresta Amazônica.
A instrumentalização dos avanços da agricultura sobre os espaços rurais acontece, predominantemente, pela expansão do agronegócio, além da exploração das madeiras retiradas das áreas florestais devastadas. Essa zona, em geral, costuma marcar o conflito pela posse da terra, geralmente envolvendo posseiros (trabalhadores rurais que ocupam terras públicas em busca de alimento) e grileiros (pessoas que falsificam documentos e tomam posse de áreas públicas para a realização de práticas agrícolas ou pecuárias).
Antes das décadas de 1960 e 1970, a região do Cerrado brasileiro era considerada um verdadeiro entrave para a expansão agrícola. Isso porque a maioria dos solos não era considerada agricultável, em função de seus elevados índices de acidez. No entanto, com os avanços tecnológicos que caracterizaram a Revolução Verde, esse problema foi superado através do descobrimento da técnica de calagem, que permitiu a correção dos solos. Além disso, a difusão de uma rede de infraestrutura, logística e serviços acelerou o então recente processo de ocupação agrícola do Cerrado.
O resultado foi o rápido e intenso avanço – sobretudo da soja – sobre o Cerrado, que teve a maior parte de suas reservas devastadas pelo agronegócio, com menos de 20% de sua área original ainda restante. Tal contexto suscita as grandes críticas referentes à modernização do campo, uma vez que o espaço natural foi amplamente destruído e, em contrapartida, os problemas alimentares não foram resolvidos, haja vista que a maior parte da produção atual no Brasil dedica-se ao mercado externo.


Revolução Verde
Por Wagner de Cerqueria e Francisco
A mecanização no campo, aliada ao desenvolvimento de pesquisas em sementes adaptáveis a diferentes solos e condições climáticas, é conhecida como Revolução Verde.
O processo de modernização da agricultura ocorreu no final da década de 1940 e início de 1950. Foram várias as transformações tecnológicas inseridas nas atividades agrícolas, modificando a estrutura agrária, principalmente nos países em desenvolvimento como Brasil, México e Índia.
Conhecida como Revolução Verde (expressão criada em 1966 por William Gown), a mecanização no campo aliada à fertilização do solo e desenvolvimento de pesquisas em sementes adaptáveis a diferentes solos e condições climáticas, tinha o discurso de aumentar a produção agrícola e acabar com a fome mundial.
Esse programa foi financiado pelo grupo Rockefeller, sediado em Nova Iorque. Com a “proposta” de aumentar a produção de alimentos para acabar com a fome no mundo, o grupo Rockefeller expandiu seu mercado consumidor, fortalecendo a corporação com vendas de verdadeiros pacotes de insumos agrícolas, principalmente para países em desenvolvimento.

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