Moradores de sete comunidades do Rio Amazonas participam de capacitação para manejo do Pirarucu
Curso será realizado na comunidade Tapará Grande no próximo sábado (05) e deve reunir cem pescadores da região.
Nas comunidades Santa Maria, Pixuna e Tapará Mirim há pelo menos 15 anos os moradores desenvolvem as atividades pesqueiras com o monitoramento e controle do recurso pesqueiro seguindo modelo de gestão consciente pensando na conservação da espécie.
O cumprimento do acordo de pesca tem inspirado outras comunidades da várzea, como Tapará Grande, Costa do Tapará, Santana do Tapará e Boa Vista do Tapará que devem participar do curso que tem por finalidade elaborar propostas para construção de um plano de manejo comunitário do pirarucu.
“A idéia é avaliar as experiências de manejo realizadas na região. Estimular e sensibilizar outras comunidades que vão estar presentes na oficina a adotarem processos de uso sustentável do recurso da pesca na região” – explicou o coordenador da Sociedade Para pesquisa e Proteção do Meio Ambiente (SAPOPEMA) e organizador do curso, Antônio José Bentes.
Os comunitários estão mobilizados para ouvir dos pescadores que já desenvolvem o manejo as experiências que deram certo e o que não deram ao longo dos anos na atividade manejada da pesca.
Além de fortalecer a cadeia produtiva do pirarucu manejado, a capacitação vai possibilitar a avaliação para melhorar o processo realizado no Rio Amazonas, que é acompanhado pela Sapopema.
De acordo com levantamento, no ano passado [2016] foram contados 1.225 peixes em 5 lagos na comunidade Pixuna – região do Tapará que tem o maior registro da espécie na região devido a atividade conservação. Os moradores protegem os recursos naturais, com a utilização racional, garantindo a sustentabilidade e existência para as futuras gerações.
Porém os comunitários enfrentam dificuldades com pouco retorno financeiro e furtos dos pirarucus nos lagos por parte de invasores.
Bentes ressalta ainda a importância de promover o encontro entre os moradores das sete comunidades: “Melhorar a qualidade de vida da comunidade que mora na região ribeirinha. Queremos discutir a produtividade e a rentabilidade da atividade de pesca no manejo do pirarucu para que os moradores obtenham maior produtividade, produzindo com mais qualidade e tendo maior retorno pra viver com dignidade nas suas regiões” – finaliza.
Fonte: RG 15/O Impacto e Sâmela Bonfim/Sapopema