Embarcação Abaré I é doada em definitivo para Ufopa
Ong Terre des Hommes e Ufopa assinaram termo de doação em definitikvo da Abaré I
Em cerimônia realizada na quinta-feira, dia 10 de agosto, a Ufopa recebeu da ONG holandesa Terre des Hommes (TDH), de forma definitiva, a posse do Abaré I. A assinatura do termo marca o início da gestão do barco-hospital pela Universidade, através do Instituto de Saúde Coletiva (Isco). “A partir dessa doação, a Ufopa instalará um conselho gestor formado por representantes da Universidade; das prefeituras de Belterra, Aveiro e Santarém; do Ministério Público do Estado do Pará (MP-PA); do Ministério Público Federal (MPF); da Secretaria Estadual de Saúde – organizações sociais e instituições públicas que, a partir de agora, conduzirão a política de uso desta embarcação”, enfatiza a reitora da Ufopa, Profa. Dra. Raimunda Monteiro.
Para concretizar a doação, Ufopa e TDH elaboraram um termo de acordo mediado pelo MPF e MPE-PA e homologado pela Justiça Federal. O documento prevê, dentre outras condições, que o programa de atendimento à saúde da população ribeirinha seja mantido. Através de repasses de verba do Ministério da Saúde, a Prefeitura Municipal de Santarém é a responsável pela gestão do programa, que atende cerca de 15 mil ribeirinhos de 72 comunidades das áreas rurais de Santarém, Aveiro e Belterra. Os recursos federais têm a finalidade de custear as equipes médicas (formadas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e odontólogos), alimentação e combustível para as viagens de assistência.
A utilização do Abaré como unidade de saúde fluvial será mantida com a continuidade das viagens, mas o barco terá seu uso ampliado. Além de barco-hospital, ele também será utilizado como barco-escola, destinando-se às atividades de ensino, pesquisa e extensão. “Para nós, da Universidade, será uma ferramenta muito importante para o desenvolvimento de trabalhos de extensão universitária. Por meio do Abaré poderemos chegar a todas as comunidades ribeirinhas da região, não só com a atenção básica à saúde dessa população, mas também com projetos de extensão em todas as áreas de conhecimento desenvolvidas em nossa Universidade”, conclui a reitora.
ICTA PROMOVE DIÁLOGO SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL NA AMAZÔNIA: A coordenação do curso de Gestão Ambiental, vinculado ao Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA) da Ufopa, realizou na quarta-feira, 9 de agosto de 2017, a segunda edição do projeto “Espaços Transversais: Perspectivas em Meio Ambiente”, que tem o objetivo de promover o diálogo acerca de temas ambientais emergentes na região oeste do Pará. O debate ocorreu a partir das 19h, no miniauditório I do prédio anexo à Unidade Amazônia da Ufopa, situado na Av. Mendonça Furtado, nº 2946, bairro de Fátima, em Santarém (PA).
Aberto ao público e à comunidade acadêmica, o evento contou com a participação do professor Paulo Roberto Cunha, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo (PROCAM-USP), que abordou o tema “Como políticas públicas são construídas e breves reflexões a partir do caos fundiário e ambiental da Amazônia”. O debate foi mediado pelo professor Antonio Pinheiro, da Ufopa.
Como o tema abordado perpassa a dimensão do planejamento territorial, além dos tradicionais cursos ligados à área ambiental, esta edição também interessa à comunidade acadêmica ligada aos cursos de Geografia, Gestão Ambiental e Gestão Pública. Gratuitas, as inscrições serão realizadas no dia da palestra e darão direito a certificação ao final do projeto.
Doutorando em Ciência Ambiental pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo (PROCAM-USP), Paulo Roberto Cunha é professor universitário de Direito Ambiental e Ciência Política da Faculdade de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta, em Jundiaí (SP). O docente pesquisa os seguintes temas: terra pública e regularização fundiária da Amazônia, ciência ambiental (interdisciplinar), análise de políticas públicas (processo decisório), direito ambiental, ciência política, direito agrário e fundiário e Código Florestal.
Após o sucesso da primeira edição, que agregou discentes de diversos cursos e institutos em um diálogo aberto com o palestrante, a organização promove uma segunda edição, com o intuito de fomentar a formação interdisciplinar e pós curricular sobre temas de interesse socioambiental. O modelo de diálogo, com apresentações mais curtas e um espaço maior para perguntas dos participantes e do professor anfitrião (mediador), abre possibilidades de discussão de assuntos ainda pouco debatidos e amplia as oportunidades de temas poucas vezes colocados em conjunto, uma vez que se apropria das vivências e saberes dos participantes. Com informações da Ascom/Ufopa.
Fonte: RG 15/O Impacto