Combate ao incêndio que destruiu madeira apreendida em Óbidos já dura mais de 24 horas

As ações de combate às chamas estão sendo realizadas por servidores municipais, já que não há brigada de incêndio na cidade. Causas do incêndio ainda são desconhecidas.

Os trabalhos de combate às chamas que destruíram mais de mil metros cúbicos de madeiras que estavam armazenadas no pátio do antigo Matadouro Municipal de Óbidos, no oeste do Pará, já duram mais 24 horas desde o início da propagação das chamas.

O incêndio teria sido provocado por duas pessoas não identificadas no início da tarde de domingo (27). Segundo relatos do vigia do antigo matadouro, o fogo iniciou do lado de fora do terreno, onde havia um acumulo de lixo, como a vegetação está muito seca, rapidamente as toras que estavam armazenadas na área ao lado, foram atingidas.

O órgão de fiscalização ambiental obidense é o fiel depositário da madeira fruto de apreensões de três procedimentos diferentes executados pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e pela Semma Municipal durante a operação “Au Revoir” deflagrada em 2015.

“Por volta de 12h50 de domingo nós fomos informados pelo secretário de agricultura [Celson Rodrigues], que estaria pegando fogo na madeira que nós temos acondicionada aqui no pátio do antigo matadouro. Quando chegamos ao local um dos lotes de Ipê que ficava próximo a cerca já estava sendo consumido pelas chamas que rapidamente se alastrou para os outros lotes que estavam no pátio. O forte vendo no local colaborou para que o incêndio ganhasse grandes proporções”, relatou Ednildo Queiroz, secretário municipal de Meio Ambiente.

Devido à inexistência de uma brigada do Corpo de Bombeiros na cidade, servidores das secretarias de meio ambiente, infraestrutura e agricultura, foram chamados para realizar o trabalho de combate ao fogo. Sem os equipamentos adequados, pouco pôde ser feito para apagar as chamas de mais de três metros de altura.

“Mesmo com todas as dificuldades nós conseguimos ainda preservar um lote e desde o domingo estamos trabalhando incansavelmente para salvar o que o fogo não consumiu. Estamos empurrando com tratores as toras que não foram queimadas, fazendo barricadas com terra, limpando a vegetação para que o fogo não se propague ainda mais, além de molhar a madeira que está intacta, já que o vento no local é muito forte e há o risco de fagulhas iniciarem um novo incêndio”, relatou Ednildo.

O trabalho na área visa também a preservação do preio matadouro, que está a poucos metros das toras em chamas. Segundo os responsáveis pelo combate ao fogo, não há risco de o prédio ser atingido.

Segundo levantamento da Semma, foram consumidas pelo fogo toras de Ipê, Maçaranduba, Fava, Cupiúba e Angelim, totalizando mais de 3 milhões de reais em prejuízos. “Parte dessa madeira ainda estava com o processo judicial em andamento, mas a maioria já estava em processo de doação para o município e seriam utilizadas para a construção de pontes e escolas na região do interior”, disse o titular da Semma municipal.

Procedimentos

A secretaria de meio ambiente produziu um relatório sobre o fato para encaminhar ao Ministério Público, Ibama, Semas, Polícia Civil e Polícia Militar.

Na manhã desta segunda-feira (28), a Semma de Óbidos solicitou apoio do Ibama Santarém para auxiliar no trabalho de combate ao fogo, mas até o início da tarde a ajuda não foi encaminhada.

Representantes do órgão ambiental aguardam a chegada do delegado de Polícia Civil de Óbidos que está viajando a trabalho, para registar o Boletim de Ocorrência (B.O).

Atualização

Na tarde de hoje as equipes de trabalho voltaram a intensificar as ações para controlar o fogo na área. O forte vento no local aumentou o fogo que passou a ameaçar o lote de madeira que havia sido salvo das chamas.

Aproximadamente 15 homens estão no local trabalhando com auxílio de carros pipas, caçambas e tratores.

Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/PMO

Um comentário em “Combate ao incêndio que destruiu madeira apreendida em Óbidos já dura mais de 24 horas

  • 29 de agosto de 2017 em 10:36
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    Responsaveis a serem punidos … nenhum !

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