DUPLA EXPLOSIVA – CRÍTICA
DUPLA EXPLOSIVA
(The Hitman´s Bodyguard)
Dupla Explosiva é uma prova de que uma fórmula batida, pode proporcionar um certo frescor se for, é claro, devidamente trabalhada por seus idealizadores. O roteiro do filme é escrito pelo pouco conhecido Tom O´Connor, responsável por filmes como Fogo Contra Fogo estrelado por Bruce Willes, mas em Dupla Explosiva não encontramos nada de novo.
Na trama, Ryan Reynolds, está de volta aos holofotes após o sucesso imensurável de Deadpool (2016), interpreta Michael Bryce, um exímio segurança, dono de sua própria empresa e equipe. No topo de seu jogo, um atentado no qual perde um importante cliente, o que o faz cair em desgraça. Essa é sua história de redenção. Desmotivado com o trabalho, o sujeito continua a fazer o que sabe, sem o mesmo prestígio e estrutura. Quando sua ex-namorada, papel da exótica francesa Elodie Yung (a Elektra das séries Demolidor e Os Defensores), reaparece em sua vida, a missão mais difícil que já encarou também se apresenta. Darius Kincaid (Samuel L. Jackson), um dos assassinos de aluguel mais temidos do mundo, finalmente foi capturado. E não apenas isso, o sujeito fez um acordo com os federais para entregar à corte Vladislav Dukhovich (Gary Oldman), ditador genocida, também sob custódia dos oficiais. O problema é que os homens do renomado criminoso de guerra não pretendem deixar Kincaid vivo para depor, e assim começa uma caçada humana. No meio de uma emboscada, Amelia Roussel (Yung) é a única sobrevivente e precisa da ajuda do ex-companheiro Bryce (Reynolds) para que o matador fique inteiro até cumprir seu dever.
Analisando essa sinopse, podemos notar que a história não tem novidades e nos vem à mente diversos filmes que já a utilizaram. Mas a graça da história está mesmo nas hilárias trocas entre os personagens, que batem um no outro com inúmeras respostas espertinhas, valorizando suas diferentes personalidades, sempre colocando ambos em colisão. Dupla Explosiva já entra para o time dos filmes que trazem protagonistas contrários, obrigados a trabalhar juntos, até aparecer uma improvável amizade, ou ao menos respeito um pelo outro. A fórmula nos remete a produções marcantes da década de 80, como a série de sucesso Máquina Mortífera (1987 a 1998).
As sequências são bem apresentadas, e a mixagem de som é cuidadosamente distribuída pelos canais de áudio do cinema. Perseguições frenéticas com helicópteros usam e abusam dos canais surround, tiros e explosões são realistas e podem ser sentidas no estômago. Somado a isso, a trilha sonora, em sua maioria composta por músicas de bandas, funciona tanto para aumentar a adrenalina, quanto para imprimir um tom irônico à cena. Como em certa parte, temos uma trilha romântica, em um cenário de extremo caos.
Patrick Hughes (Os Mercenários 3) está na direção, o cineasta faz o famoso feijão com arroz bem temperado e cheio de estilo. Entre tiros e explosões, salva-se a química dos protagonistas, esse é o ponto alto do filme e vê-los juntos é algo empolgante. Tudo flui de uma forma tão bacana, que nos faz viajar na trama junto com a dupla.
Em fim, o que podemos esperar desta produção, são muitas gargalhadas e muita, mas muita ação. Aqui tem de tudo. Os personagens são aprofundados e carismáticos. Todos os elementos de ação e humor são utilizados na dosagem certa e não queimam o filme em momento algum. É diversão garantida. Minha nota: 8,0.
DICAS NETFLIX
O ÚLTIMO CAÇADOR DE BRUXAS
(The Last Witch Hunter)
800 anos atrás, a Rainha das Bruxas conjura a Peste Negra para exterminar a Humanidade. A família de Kaulder (Vin Diesel) é morta mas ele consegue derrotar o ser maligno que, ao perceber que o guerreiro deseja a morte, o amaldiçoa com a imortalidade.
Nos dias atuais, Kaulder continua vivo e é um temido caçador de bruxas que trabalha para uma organização secreta conhecida como O Machado e a Cruz e que conseguira aprisionar e matar centenas de bruxas praticantes de magia negra. Desde que iniciara sua missão, ele é ajudado por homens religiosos conhecidos por “Dolan”. O idoso Dolan 36 resolve se aposentar e apresenta seu sucessor, Dolan 37. Mas, pouco depois, Dolan 36 é atacado e Kaulder percebe que seu ex-ajudante fora vítima de magia negra. Suspeita que os bruxos estão planejando algo e o segredo para descobrir o que é está em seu passado, que tenta relembrar usando uma poção de memória fabricada pela bruxa Chloe. Mas, os bruxos inimigos continuam com seus planos e evitam que ele use a poção até que Chloe se revela como uma “andarilha dos sonhos”, cujos poderes são capazes de descobrir o segredo do passado de Kaulder e deter as bruxas malignas. Minha nota 7,5.