Preço do botijão de gás aumenta 12,9% no Pará
Este é o sétimo reajuste que a Petrobras autoriza desde março
A Petrobras autorizou ontem (10) o reajuste de 12,9 % no preço do botijão de gás de 13 kg na refinaria. Este aumento entra em vigor no Pará e em todo o Brasil, a partir de hoje. Segundo a Petrobras, se este aumento for repassado integralmente para o consumidor final, o reajuste no preço final do botijão de 13 kg do gás de cozinha deverá ser em média de 5,1 % ou cerca de R$ 3,09 por botijão. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), esta será a sétima alteração no preço do gás de cozinha autorizada pela Petrobras. Em março, ocorreu o primeiro aumento de 9,80% no preço do produto; em junho, foi autorizada a terceira alteração, com uma redução de 4,5%; a quarta alteração ocorreu em agosto, com uma elevação de 6,9%; a quinta ocorreu no mês passado, com uma elevação de 12,20 %. Já a sexta ocorreu também mês passado, com uma elevação de 6,90%.
Estudo do Dieese, com base em dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), mostra que em Belém, no final da semana passada, antes, o preço médio do botijão de gás era de R$ 61,48 com os preços oscilando entre R$ 55,00 a R$ 70,00.
Ainda segundo o estudo do Dieese, entre os municípios paraenses, Redenção é o que vende o botijão de gás mais caro, custando em média R$ 82,40, com o menor preço a R$ 80,00 e o maior a R$ 83,00; seguido de Xinguara, com o preço médio de R$ 80,83, com o menor preço a R$ 80,00 e o maior a R$ 85,00; de Paragominas, com o preço médio de R$ 78,67 e menor preço de R$ 76,00 e o maior a R$ 80,00; de Parauapebas com o preço médio de R$ 78,33, com o menor preço a R$ 75,00 e o maior a R$ 80,00; Conceição do Araguaia com o preço médio de R$ 79,14, com o menor preço a R$ 70,00 e o maior a R$ 85,00; e de Altamira com o preço médio de R$ 78,00 com o menor preço a R$ 70,00 e o maior a R$ 95,00.
Até a semana passada, quem ganhava um salário mínimo na capital e gastava em média cerca de R$ 61,48 no consumo mês de um botijão tinha um impacto de 6,34% por mês. Se este reajuste de 12,09% for repassado integralmente ao consumidor final paraense a tendência é de um impacto bem maior no orçamento de todos.
O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) calcula que o reajuste oscilará entre 7,8% e 15,4%, de acordo com o polo de suprimento. De acordo com a entidade, a correção aplicada não repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional. Diante disso, o Sindigás estima o preço do produto para botijões até 13 quilos “ficará 6,08% abaixo da paridade de importação, o que inibe investimentos privados em infraestrutura no setor de abastecimento”.
Também hoje, entram em vigor novos reajustes para diesel e gasolina. Para o diesel, o Grupo Executivo de Mercado e Preços estabeleceu queda de 0,2%, que se soma à redução de 1,3%, em vigência ontem. Para a gasolina, foi estabelecida retração de 2,6%, após aumento de 1,5% que já está valendo desde ontem.
Fonte: O Liberal