Advogada alerta sobre golpe do falso depósito bancário
Dra. Adriane Lima orienta as pessoas que forem vítimas de estelionatários
É grande o número de pessoas que usam o falso depósito bancário para aplicar golpes em pessoas que não atentam para essa prática de crime. No Brasil todo, estelionatários utilizam o falso depósito bancário para tirar dinheiros de clientes de bancos.
Um dos golpes mais comum é o depósito em caixa eletrônico através de envelope, aonde o estelionatário faz o “depósito” de um certo valor em nome de uma cliente do banco, através do envelope, mas dentro do envelope não tem dinheiro. Após fazer o falso depósito, o estelionatário entra em contato com a pessoa que supostamente recebeu o depósito em sua conta e fala que o depósito foi feito na conta errada e pede que o cliente faça o estorno desse valor, encaminhando uma cópia do comprovante de depósito.
Em muitos casos, o golpe dá certo e o cliente devolve o valor para uma conta que o estelionatário encaminha. Só depois que puxa o extrato da conta, que verifica que foi vítima de um golpe.
A advogada Adriane Lima, da Afa Jurídica, alerta os clientes debancos sobre esse tipo de golpe. “Nós temos notícias que em Santarém está acontecendo esse golpe, e que é comum em todo o Brasil. O estelionatário faz um depósito, via envelope, em uma conta aleatória (conta da vítima), só que esse envelope está vazio. Depois o estelionatário entra em contato com o dono da conta, dizendo que fez o depósito errado e pede o estorno desse valor. Sendo que a pessoa inocentemente acaba estornando esse dinheiro, e quando vai verificar, descobre que foi enganada.O que fazer quando acontecer esse tipo de golpe? O primeiro procedimento ao receber esse tipo de ligação, é dizer que você vai fazer contato com o gerente do banco aonde tem sua conta e somente após essa consulta é que poderá resolver essa situação. Quando se trata de golpe, imediatamente você deve bloquear esse número de telefone e não atender mais, pois você não sabe quem é pessoa que está ligando. Se você receber um depósito que você não sabe do que se trata, pois todo procedimento bancário tem uma nomenclatura e quando você puxa um extrato sai uma sigla e dá para verificar se o dinheiro está bloqueado ou não, você tem de entrar em contato com seu gerente para ele explicar o que está se passando. Aí o gerente vai dizer de que se trata esse depósito e se é um golpe que está sendo aplicado”, informou.
Se a pessoa, por inocência, fizer o estorno desse dinheiro, qual o procedimento que ela deve tomar? Dra. Adriane Lima respondeu: “Ela deve procurar a Delegacia de Polícia para fazer um Boletim de Ocorrência (BO) informando para qual conta ela fez essa transferência, pois no extrato consta o número da conta, para que as providências sejam tomadas pela Polícia”.
Com relação à responsabilidade do banco, a advogada foi enfática: “Temos de verificar cada caso. Se o banco colocou no extrato que havia o depósito e que estava com restrição, pois foi feito em envelope, o banco não tem culpa. Agora, se o banco colocar no seu extrato que o dinheiro está na conta sem restrição, aí o banco tem culpa. Nesse caso, você deve acionar o banco na Justiça para poder reaver o dinheiro que foi perdido”, finalizou Dra. Adriane Lima.
GOLPE DO FGTS NO WHATSAPP: Outro golpe que está sendo utilizado por estelionatários está relacionado à liberação do saque das contas inativas do FGTS. Após diversos outros crimes virtuais relacionados ao tema, esta nova fraude utiliza informações de uma falsa notícia sobre um pagamento retroativo de FGTS de R$1.760,00 que está sendo massivamente veiculada nas redes sociais. Após informar os dados pessoais, o usuário é orientado a compartilhar a informação com 5 amigos no WhatsApp para ter acesso à lista de confirmação para o recebimento do benefício. Apesar das diversas divulgações sobre golpes que envolvem o saque do FGTS, a atual campanha já atingiu a marca de mais de 135 mil cliques. Para tornar o ato mais realista, os criminosos também mostram falsos usuários e comentários no Facebook, mesmo a vítima não realizando o login na rede social.
A fraude é praticamente idêntica às campanhas utilizadas anteriormente, considerando que é focada na quantidade de cliques realizados pelas vítimas, e que podem envolver plataformas de publicidade ou até mesmo a inscrição em serviços premium. Os cibercriminosos se preocuparam em impedir a análise do código. No entanto, ao acessar a página por meio de um navegador de desktop e, em seguida, clicar com o botão direito do mouse (para “ver o código da página” ou mesmo para salvá-la), automaticamente é apresentada a mensagem: “Desculpa, mas por questão de segurança você não pode copiar o conteúdo”. Ao tentar analisar o código do site, acessando a página por meio do WhatsApp Web, também é possível observar que ao abrir o modo de desenvolvedor (ou seja, apertando a tecla F12) aparece a seguinte mensagem: “NÃO FOI DESSA VEZ 🙂 BABACA”.
Apesar do esforço para dificultar a análise, essa proteção pode ser contornada simplesmente desabilitando o Javascript da página. Além disso, os cibercriminosos não desabilitaram a listagem de arquivos do site, o que permite ver a utilização de uma versão antiga de Apache, que possui uma série de exploits conhecidos publicamente.
DICAS DE SEGURANÇA: “Como sempre, a regra de ouro é: “para estar seguro, mantenha-se atento”. Não clique e nem mesmo abra mensagens suspeitas. Além disso, para proteger seus amigos e parentes, não compartilhe publicações deste tipo. Mesmo não realizando a propagação de um malware, esses ataques podem causar prejuízos financeiros às vítimas”, explica Cassius Puodzius, Security Researcher, da ESET América Latina. Para finalizar, utilize uma solução de segurança que seja capaz de bloquear possíveis URLs maliciosas em seu dispositivo móvel. Estas ferramentas também geram alertas para casos de phishing, que têm se tornado recorrentes e utilizam técnicas como a Engenharia Social, como forma de propagação.
Por: Jefferson Miranda
Fonte: RG 15/O Impacto