Thor – Ragnarok – Crítica
Thor – Ragnarok
(Thor – Ragnarok)
Por: Allan Patrick
Analisando o cenário de produções que compõe o Universo Estendido Marvel nos cinemas, dentre os herois, Thor até agora era considerado o que tinha menos personalidade, aqui entre nós. O homem de ferro, Tony Stark é o playboy milionário com humor ácido. Capitão América é considerado um puritano com valores incorruptíveis. Natasha, a Viúva Negra, é uma mega assassina, com um grande coração. E Hulk? É Hulk.
Os filmes anteriores do Thor derraparam e não agradaram muito o público ao entregar uma personalidade forte. Faltou aquela conexão com o público, onde surgia a pergunta: “Afinal, quem é o Deus do Trovão?”.
Dito isso, a Marvel decidiu revolucionar, chutando o pau da barraca ao criar um filme que praticamente serve como uma releitura da franquia “Thor”. Arriscando em um tom similar ao da produção “Guardiões da Galáxia”, esquecendo completamente o tom mais sério e transformando-se em uma verdadeira sátira dos filmes de super-heróis, revertendo o gênero original, divertindo e entretendo o público. Ou seja, se de fato você aprovou os dois primeiros filmes da franquia, e se de repente você espera aquele Thor introspectivo, sério, sem nenhum senso de humor, certamente você não vai gostar desse filme. Poupe seu dinheiro ou opte por outro filme.
A trama começa com Thor sendo enviado para o planeta Sakar, onde uma luta entre gladiadores o coloca para enfrentar o um ex-aliado e companheiro Vingador, Hulk. Preso do outro lado do universo e sem o seu martelo poderoso, ele se encontra numa corrida contra o tempo para voltar a Asgard e impedir o Ragnarok, a destruição do seu mundo e o fim da civilização Asgardiana. Seu povo se encontra nas mãos de uma nova e poderosa ameaça, a implacável Hela. Ele precisará recrutar um time para combater a Deusa da Morte, e impedir o fim do mundo. Louco né!?
A franquia Thor é a única produção da Marvel Studios, que obteve um diretor diferente para cada filme: Kenneth Branagh dirigiu Thor (2011) e Alan Taylor dirigiu Thor: O Mundo Sombrio (2013). Foi uma decisão certeira trazer para a direção Taika Waititi (e que diretor hein), que dirigiu o ótimo “O Que Fazemos nas Sombras”, que consegue mudar o tom da franquia ao avesso e a coloca na direção certa. O bom humor impera durante praticamente todo o filme, que na minha opinião é o mais divertido da Marvel sem sombra de dúvidas.
Aqui, Thor finalmente ganha uma personalidade própria, provando o timing cômico do ator de Chris Hemsworth em sua melhor atuação até aqui. A interação entre o Thor e Hulk é impagável, e o verdão também ganha bastante destaque como co-protagonista, apesar de vermos pouco o ator Mark Ruffalo. O elenco é simplesmente espetacular, aqui não sobra nenhum personagem. No time feminino, quem rouba a cena é Tessa Thompson como Valquíria, simplesmente maravilhosa em todos os sentidos. Cate Blanchett está caricata como a vilã Hela, e apesar de dar o melhor de si. O filho mais velho de Blanchett, Dashiell John Upton, sugeriu que ela assumisse o papel de Hela, dizendo que seria um impulso na carreira. Para preparar seu papel como Hela, estudou capoeira, nossa conhecida arte marcial brasileira. Tom Hiddleston como sempre entrega uma atuação impecável como Loki, e Jeff Goldblum está hilário e impagável como o Grão Mestre ou como Jeff Goldblum.
Embaladas pela trilha sonora radical e bem acertada de Mark Mothersbaugh e pela música Immigrant Song (Led Zeppelin) show… as cenas de ação são grandiosas e épicas. Entre batalhas de gladiadores e viagens interplanetárias, “Thor – Ragnarok” é recheado de ação o que vai agradar o público em geral.
“Thor – Ragnarok” é uma comédia escrachada, que traz um herói brincalhão com um humor ácido. Certamente vai transformar Thor em um dos heróis favoritos de muita gente, aqui mais uma vez a Marvel prova que sabe inovar e entregar filmes que fogem da sua fórmula batida, mas nunca deixando o clima épico de suas produções de lado. Me diverti muito, altas gargalhadas. Uma observação o filme tem duas cenas pós créditos. Minha nota 9,0!
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DICAS NETFLIX
O Que Fazemos nas Sombras
(What we do in the Shadows)
Seja bem-vindo à casa de O Grande Vampiro. Protegidos por crucifixos, um grupo de cineastas entra com suas câmeras para registrar a intimidade de quatro imortais que compartilham o lar em um subúrbio da Nova Zelândia. Enquanto eles lidam com os conflitos naturais da convivência, como quem lava os pratos ou o cuidado para não estragar os móveis com o sangue das vítimas, eles tentam se manter atualizados tanto com a vida moderna como com todo o século passado. Minha nota: 9,0!
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Realmente foi uma mudança radical, o que agradou em cheio, tanto o público infantil, adolescente e adulto, pois houve uma boa dosagem entre humor e ação!
Assisti aos dois anteriores, que são filmes meio nerd.