Big Pai, Big Filho – Crítica
Big Pai, Big Filho
(The Son of Big Foot)
Por: Allan Patrick
A grande massa está acostumada com as super produções dos maiores estúdios de Holywood, que há décadas dominam o mercado das animações no cinema, este público tem a chance de conhecer uma proposta diferente com a estreia do longa “Big Pai, Big Filho”.
A direção tem as assinaturas de Ben Stassen e Jeremy Degruson, tem como um de seus protagonistas o simpático garotinho Adam, que após ser criado apenas por sua mãe Shelly, verá sua história ser virada de cabeça para baixo com a descoberta que seu pai, que ele acreditava estar morto há anos, não só permanece vivo, como é portador de um enorme segredo.
A tal figura misteriosa é o Pé Grande, personagem lendário, responsável por diversas histórias tanto na literatura quanto no cinema. Para preservar sua própria vida e as daqueles que ama, no caso a esposa e seu filho, teve que abandoná-los para refugiar-se no meio da mata, longe dos olhos de quem pretendia capturá-lo para servir de cobaia para experiências.
A grande ameaça do filme fica a cargo do vilão, Wallace Eastman, empresário inescrupuloso, dono da empresa HairCo, que visa descobrir uma fórmula que prevê a extinção da calvície. Para isso, faz diversas expediências e ignora sem qualquer ética (o que significa que há a presença de animais em seu laboratório, inclusive um bisão com fios conectados por todo corpo, numa cena que me pareceu um tanto quanto forte para esse tipo de filme).
O intuito é encontrar o Pé Grande e usar seu DNA para criar a tal fórmula milagrosa, que passa a ser uma obsessão para o administrador, que fará de tudo para obter êxito em sua busca, mesmo que para isso precise colocar vidas em risco.
A parte mais interessante se dá no momento em que Adam começa a se descobrir, mais do que pés de tamanho maior ou cabelo que não se mantêm curtos por mais do que algumas horas, o jovem constatará ter outras peculiaridades incríveis como a capacidade de entender os animais, audição aguçada e até mesmo um tipo de poder curativo.
Como coadjuvantes fofos e interessantes, estão o casal de guaxinins Trapo e Tina, o urso Wilbor e o pica-pau Steve. Juntos lutarão pela preservação do local em que vivem e ajudarão pai e filho a se livrar da maldade e ganância que os impediu de conviverem juntos por tantos anos.
Mesmo com diversas mudanças na mitologia original do Pé Grande e de um roteiro bastante simples , e até mesmo previsível, a produção cumpre bem o papel de entreter, com destaque para a boa trilha sonora e um visual bem chamativo. É provável que as crianças menores sintam-se mais motivadas a assistir, e este parece mesmo ser seu público alvo, o 3D é ótimo. Vale apena conferir. Minha nota 6,5.
DICAS NETFLIX
Stranger Things
(Stranger Things)
Gente não costumo falar de seriados por aqui, mas com a estreia da 2ª temporada de Stranger Things minha empolgação foi às alturas, decidi então indicar essa ótima série de suspense, drama, ficção e terror, original da Netflix. Podemos falar dessa série como se fosse uma carta de amor aos anos 80, a trama nos leva por uma viagem nostálgica, voltando no tempo para a década favorita dos trintões de hoje (como eu… rs), nem preciso dizer que me encaixo perfeitamente nessa categoria pois arrisco que história se passa no de 1983, embora o ano específico não seja mencionado.
Stranger Things exala homenagens, mas não se prende apenas nisso. Em sua trama central, cria uma história eficiente, pra lá de assustadora e intrigante, ao mesmo tempo contendo muito coração. Stranger Things poderia ser a versão seriada do filme Super 8 (2011), dirigido por J.J. Abrams, que funciona como homenagem a todas as coisas “Spielberguianas”. Tais elementos também são muito encontrados aqui, como crianças protagonistas, uma cidadezinha, pitadas de ficção científica e o suspense do que espreita na esquina.
A trama se passa na pequena cidade de Hawkins, Indiana, o garoto de 12 anos, Will Byers desaparece misteriosamente. A mãe de Will, Joyce, torna-se frenética e tenta encontrar Will enquanto o chefe de polícia Jim Hopper começa a investigar, e assim fazem também os amigos de Will: Dustin, Mike e Lucas. No dia seguinte, uma menina psicocinética que sabe o paradeiro de Will é encontrada pelos meninos. À medida que eles descobrem a verdade, uma sinistra agência do governo tenta encobri-los, enquanto uma força mais insidiosa espreita logo abaixo da superfície. Sinceramente amei a primeira e Segunda temporada, vale apenas conferir. Minha nota 10.