Ércio Bemerguy: “Rádio Rural pertence ao povo santareno”
Ércio Bemerguy faz duras críticas à atual direção da Rádio Rural, que tirou do ar vários programas tradicionais
O santareno Ércio Bemerguy, de família tradicional de nossa cidade, funcionário aposentado do Banco da Amazônia e um dos maiores nomes que já passaram pelo rádio santareno, em Carta Aberta encaminhada à nossa redação, mostra sua tristeza e indignação com a situação por qual passa a Rádio Rural de Santarém, onde a atual direção, devido à contenção de gastos, resolveu acabar com vários programas tradicionais da emissora, como o programa esportivo “Rolando a Bola”, o programa de notícias “Jornal da Manhã” e o programa “Estação Show” apresentado por Ronnie Dantas. Ércio Bemerguy é membro da Academia de Artes e Letras de Santarém (ALAS). Leia abaixo a íntegra da Carta Aberta:
CARTA ABERTA AOS DIRIGENTES DA RÁDIO RURAL DE SANTARÉM
Tomei conhecimento de um assunto que me entristeceu bastante: “mudanças que vem ocorrendo na Rádio Rural de Santarém, com a exclusão de programas jornalísticos e esportivos e substituição de programas musicais por outros de estilos religiosos”. Por exemplo, o Rolando a Bola, tradicional programa esportivo e o noticioso Jornal da Manhã sairão do ar. O Estação Show, apresentado pelo Ronnie Dantas, “já era”…
Como ex-integrante dessa querida rádio, resolvi e meto a colher nesse angu indigesto e lamentável. Antes, confesso que não sei quem são os atuais dirigentes. Sou do tempo em que a emissora era muito bem dirigida pelo Antônio Pereira, Francisca Carvalho, Haroldo Sena, Manoel Dutra e Padre Valdir Serra, com os quais convivi bem de perto, inclusive como Diretor de Programação, além de ser locutor e apresentador de diversos programas. Nessa época, a situação financeira da Rádio Rural não era das melhores, porém, graças aos excelentes programas que eram apresentados, permitia a conquista de muitos e bons patrocinadores, o que possibilitava a cobertura de todas as despesas, como folha de pagamento, compra e manutenção de equipamentos, etc.
Lembro-me que no meu tempo (anos 60, 70, 80 e 90), promovíamos shows artísticos não só em Santarém, mas também em cidades vizinhas e nas comunidades do interior do município. Na época de carnaval e quadra junina, a emissora se tornava parceira das promoções realizadas nos clubes, nos colégios, nas ruas da cidade e, em contrapartida, faturava um bom dinheiro com a divulgação desses eventos. E, é preciso frisar, tudo isso jamais comprometeu a imagem e o conceito da Rádio Rural quanto á sua condição de ser uma “rádio católica”. Pelo contrário, desfrutávamos do apoio, participação e solidariedade do povo católico que reconhecia a necessidade dessas promoções para permitir que a rádio permanecesse no ar, sem deixar de lado, sempre priorizando, a sua missão pastoral e de educar, com as sempre lembradas aulas radiofônicas comandadas pelo Movimento de Educação de Base (MEB).
Diferentemente do que acontece hoje, a direção da emissora mantinha excelentes relacionamentos com políticos, com empresários e, principalmente, com os governantes do município e do Estado, independentemente de partidos políticos. Nas eleições, os dirigentes e os demais membros da Família Rural, se mantinham e agiam com total imparcialidade. Nos noticiários, nos comentários feitos com total liberdade pelos apresentadores de programas, governantes e políticos eram elogiados quando mereciam e criticados, sem rancor, sem ofensas, quando não agiam corretamente. A Rádio Rural, seus dirigentes e os profissionais que nela atuavam, eram respeitados porque sabiam respeitar o direito de todos, principalmente com relação às posições político-partidárias ou convicções ideológicas de quem quer que fosse.
Por fim, um recadinho aos que estão, agora, no comando da emissora: ouçam os seus colaboradores, não tenham vergonha, não deixem de copiar o que é bom, não inventem o pior. Lembrem-se que os gurus motivacionais ensinam que “é preciso ter humildade, uma ferramenta essencial para o sucesso, pois os arrogantes ficam cegos e no alto do pedestal se julgam os donos da verdade”. Coloquem em suas mentes que a Rádio Rural carece de apoio e que ela pertence ao povo santareno, porque, graças à contribuição da comunidade católica, ela nasceu com o nome de Rádio Educadora de Santarém, em 05/07/1964, fruto do esforço, da clarividência e da obstinação dos padres franciscanos, liderados pelo nosso saudoso e querido bispo Dom Tiago Ryan. Contem comigo, porque eu tenho a absoluta certeza de que colaborei muito para a Rádio Rural crescer, fazer sucesso, ser respeitada. Não queiram se tornar os coveiros de tudo isso.
Esta minha manifestação tem uma justificativa: parafraseando meu mano Emir Bemerguy, eu digo “NÃO PERMITO, SENHORES, QUE ALGUÉM GOSTE MAIS DO QUE EU, DA RÁDIO RURAL”.
FIQUE POR DENTRO: A Rádio Rural de Santarém foi inaugurada em 5 de julho de 1964, a emissora da então Prelazia de Santarém, com o nome de Rádio Educadora de Santarém. Com o prefixo inicial de ZYE-29, potência de 1 Kw em Onda Média e frequência de 1.360 kHz, assim manteve-se até 1968, quando ganhou a Onda Tropical com 5 kws. Em 1969, mudou de denominação e passou a ser chamada de Rádio Rural de Santarém. O seu público era o ouvinte que se encontrava a longa distância, nos garimpos e nos municípios vizinhos, onde a comunicação por meio do rádio, praticamente, inexistia. A Rádio Rural foi projeto defendido pelo Bispo Dom Tiago Ryan, que sempre entendeu que a então Prelazia de Santarém precisava de um veículo de comunicação próprio para difundir os seus objetivos de educação e evangelização. Juntamente com a nova emissora surgiram os programas Movimento de Educação de Base (MEB), o Correspondente Rural, a Parada Social e depois E-29 Show; o Show da Tarde; Chamada Geral; a Nossa Serenata; as Transmissões Esportivas; o Jornal da Manhã e outros programas de sucesso. Em 1976, a Onda Tropical (OT) na frequência de 4.765 kHz passou a 10 kws. Em 1981, foi a vez da Onda Média subir para 5 kws, mudando sua freqüência em 1988, de 1.360 para 710 kHz. Atualmente, a emissora da Diocese desafia a distância com uma potência invejável em sua Onda Média de 25 kws, cobrindo todo o território paraense. Os colaboradores Antônio Pereira, ÉrcioBemerguy, Edinaldo Mota, Haroldo Sena, Osmar Simões, Manuel Dutra, Eduardo dos Anjos e os padres Luís Pinto, Valdir Serra e Edilberto Sena, dentre outros, na condição de gerentes ou não, marcaram a história da emissora.
Por: Jefferson Miranda
Fonte: RG 15/O Impacto
Da próxima vez, é bom que o senhor tome conhecimento com as pessoas certas e da real situação, antes de ir a público “meter a colher”. Dá uma passadinha lá na rádio para conhecer a nova diretoria e aproveite para se interar do assunto.
Pare de viver no passado a rádio que você ouvia não deveria existir mais! Os tempos são outros. Quem vive de passado é museu!
Querem até desenterrar o Dom Tiago kkk
Parem de ser cristais e aceitem as mudanças, tudo muda. Esses que criticam ainda se dizem gostar da Rádio Rural, como diz o velho ditado: Quem ama cuida. Pelo visto vocês não amam e muito menos cuidam. Deixem de crucificar essas pessoas que só querem ajudar. Com toda certeza são profissionais e não amadores.
Um alto valor que não reflete na atual situação da Rádio Rural. Cada palhaçada kkkkk
Manter pessoas com mentes desatualizadas é isso que dá.
MUDANÇA JÁ!
Se você não está gostando desliga o rádio e para de falar mal da Rádio Rural. Acho sinceramente que Rádio Rural parou no tempo e tem que haver mudanças, o mercado é bem competitivo e caso não se adeque, estará fora e consequentemente irá fechar, a não ser que o Sr. Ércio Bemerguy mande todo mês o dinheiro para arcar com os custos de programas que ninguém ouve, nem ele mesmo kkkk
Então senhor, cuide da sua vida e se for para querer ajudar, envie dinheiro e não palavras.
Esse cara só pode estar de brincadeira kkkk a Rádio Rural já foi a melhor, acho que nem ele ouve a Rural tem que mudar mesmo para ver se eu começo a ouvir, já gostei de uns programas musicais no horário de 13h, minha mãe gosta do programa dos padres que segundo são uma bênção, acho que minha mãe que escuta hoje a rádio é quem deveria fazer esses comentários em vez desse cara aí. Vai cuidar da sua vida em vez de dá pitaco no trabalho dos outros.
kkkk isso só pode ser piada. Meu caro irmão, se você está achando ruim, vai lá e pague os custos dos programas, conta de energia, impostos e todo o resto. Com toda certeza hoje, você não investe um centavo na Rádio Rural e depois vem falar de valores que não refletem na realidade atual. MUDANÇA TEM QUE ACONTECER SIM! A Rádio Rural é uma empresa com CNPJ e tem obrigações legais a cumprir, mas se vc quer que volte os programas antiquados vai lá e pague os custos, não tenho dúvidas que a nova direção não será contrária a isso.
Se você diz que ninguém goste mais da Rádio Rural que o senhor, doe o dinheiro para os custos da Rádio Rural. Palavras não pagam as despesas! Para de criticar quem quer trabalhar, não está satisfeito FAÇA MELHOR. Rezo a Deus para que tenha misericórdia de suas palavras previamente equivocadas. Que Deus abençoe!
Ah e o Programa Sintonia na Fé é um dos melhores programas da Rádio Rural. Tire a sua dúvida ouvindo ou vendo no facebook da Rádio Rural com milhares de acesso e dezenas de comentários e todos unânimes.
Caro, Ércio é muito fácil criticar, quando não se tem noção da atual realidade da rádio rural, falando apenas por suposições e pelo o que os outros falam, assim como qualquer outra empresa a rádio também precisa de inovações não podendo continuar com programação do seu tempo dos anos (60,70,80,90). Como é de seu conhecimento a situação financeira nunca foi a das melhores e talvez hoje ainda não seja. Ao invés de vim a publico criticar e “meter a colher”, que tal sentar lá com a nova direção e ajudar dando boas idéias para o melhor crescimento da rádio? Já que não permite que alguém goste mais dela do que o senhor!